Sete Minutos Depois da Meia-Noite (2016):

Salve Nosetmaníacos. Moura assistiu ao filme e indica.

A Monster Calls (2016): Direção Juan Antonio Bayona, produção Belén Atienza, Mitch Horwits e Jonathan King, roteiro Patrick Ness, história A Monster Calls de Patrick Ness, elenco Sigourney Weaver, Felicity Jones, Toby Kebbell, Lewis MacDougall e Liam Neeson. Companhia produtora Apaches Entertainment, Telecinco Cinema, Peliculas La Trini, Participant Media e River Road Entertainment, distribuição Focus Features. A Monster Calls é um filme de drama-fantasia anglo-espanhol-estadunidense escrito por Patrick Ness, baseado em seu romance homônimo.

Sinopse: Conor é um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um câncer em fase terminal, a avó é uma megera e ele é maltratado na escola pelos colegas. No entanto, todas as noites Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto. Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades através do mundo da fantasia.

Crítica: Com uma mistura de drama, com pitadas góticas, aquarelas, animações e conto de fadas, o ótimo diretor Juan Antonio Bayona (O Impossível) segue os mesmos passos de trabalhos cinematográficos que já são clássicos e abusaram de efeitos especiais e visuais para contar um drama infantil com os olhos de uma criança de treze anos para contar uma história. Filmes como Ponte de Terabítia (2007 – Diretor húngaro Gábor Csupó), Onde Vivem os Monstros (2009 – Diretor americano Spike Jone) e O Labirinto do Fauno (2006 – Diretor mexicano Guilhermer del Toro)  são o melhor exemplo de filmes bem sucedidos da onde o bom drama segue também efeitos especiais impressionantes e um roteiro de sucesso.

Não tive como não lembrar do trabalho de Del Toro neste filme, com estilos bem semelhantes nas histórias, a sensação de respeito de quem está vendo um grande trabalho e fácil de se sentir. Com um orçamento de US$ 43 milhões, o espanhol diretor Bayona abusa do talento do mini ator inglês Lewis MacDougall, mantendo a química de sucesso com a voz do mega ator Liam Neeson, que já tinha feito trabalho semelhante na trilogia Narnia, com a voz do leão Aslam, deixando sua voz impressionar tanto que esquecemos que é um personagem digital, muito parecido com o Groot da Marvel, diga-se de passagem. O filme é um drama pesado, daqueles bem tristes, mas com uma qualidade tão grande, que mais parece uma obra de arte entre as lindíssimas aquarelas, principalmente as duas primeiras que contam a principio uma história de reis e magos, um conto a parte do filme, mas que com o andamento demonstra que nada mais é do que o conteúdo do próprio filme e seu roteiro, dentro dos sentimento pessoais do personagem principal. Bayona não nos deixa desligar do filme e esse é o segredo de seu belo trabalho, transformar um drama em um entretenimento que não queremos perder nenhum detalhe, a verdade e a fantasia no filme se completam.

Sigourney Weaver (Avó de Conor) faz quase uma ponta no filme, mas seu talento é tão grande que se destaca demais, principalmente quando tem que lidar com a filha moribunda, o neto revoltado e um pai ausente. Sigourney, mais conhecida por filmes como Aliens e Caça Fantasmas, se tornou uma grande atriz de dramas ao aceitar desafios como A Montanha dos Gorilas, Êxodos, A Vila, entre outros provou que a atriz tem talento sobrando. Felicity Jones ( Lizzie O’Malley) e Toby Kebbell (Pai de Conor) são a parte fraca do filme, mas não comprometem.  Kebbell que fracassou no seu remake de Ben Hur aqui está passável, mas se destaca menos por seu  talento e mais pelas decisões de seu personagem.  Tudo a volta converge para a grande imaginação e sentimentos de Conor e sua visão de como lidar com tanta dor e perdas.  O filme foi muito premiado no Goya Awards, mas no Oscar 2017 passou longe das indicações.

 

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SetCast 71 – Sete Minutos Depois da Meia-Noite!

Att.

Marcelo The Moura

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