Troy: Fall of a City – Troia: A Queda de uma Cidade (Crítica 1a Temporada).

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos e mais uma série de época da Netflix. Troia: A Queda de uma Cidade foi produzida pela BBC britânica, foi exibida em fevereiro de 2018 no Reino Unido e atualmente está disponível na Netflix. A série, em 8 episódios de cerca de 1 hora de duração, conta a história do cerco de 10 anos da cidade de Troia, no século 13 a.C. Na trama, em busca da mulher prometida por Afrodite, o pastor Páris descobre sua verdadeira identidade e se apaixona por Helena de Esparta, desencadeando a Guerra de Troia.

Sinopse: Uma história épica de amor e guerra, intriga e traição. Quando Helena e Paris se apaixonam, eles desencadeiam uma série de eventos que ameaçam suas famílias e a cidade de Tróia. Os mitos que cercam a Guerra de Tróia têm mais de 3.000 anos, mas possuem raízes emocionais e temas atemporais de identidade, amor e vingança. Troia: A Queda de uma Cidade fundamenta esses mitos primordiais da vida e explora as questões universais da existência humana – como as pessoas lutam para manter seu amor e humanidade em meio ao caos e à devastação da guerra.
Crítica: Sempre fui fascinado por livros, filmes e séries que falam sobre a mitologia e aventureiros, de Hercules, Perseu e Teseu, passando pelas Ilíadas, Odisseia, Romulo e Remo e os Argonautas, todos tem um lugar no meu coração pois me encantaram na infância antes dos super heróis surgirem na minha vida. Principalmente as que envolvem os deuses Greco romanos, porque são ligados a heróis simples e puros, com histórias motivadoras sobre livre arbítrio, com monstros e vilões lendários e épicos que nos remetem ao cerne do escuro e o sombrio da mente humana, fantasioso e abstrato, o medo mais puro. Quando alguém grita:” Soltem o Kraken, não importa a onde esteja, sou levado a minha infancia naquele mesmo momento.”
Já nos cinemas sou de tantos filmes sobre o assunto como na “trilogia” Fúria de Titãs (1981, 2010 e 2012), Imortais (2011) e das adaptações de Troia (1961 e 2004) e os Helena de Tróia (1956 e 2003), então não podia passar em branco com esta nova adaptação para uma série da Netflix, e realmente achei incrível, cheia de detalhes sobre os personagens do clássico livro que tive o prazer de ler, assim como sua continuação Odisseia contando a aventura pós guerra de Ulisses.
Nesta versão da Netflix sobre Troia: A Queda da Cidade (2018), mesmo com um ritmo lento e interpretações que deixam a desejar, o que borbulhava na versão de 2004 com o sarado e dourado Brad Pitt e o Orlando “Legolas” Bloom, aqui os detalhes da produção são “divinos” e me lembram até outra interessante série chamada Roma, principalmente nos detalhes políticos e egocêntricos dos seus personagens principais. Se em Roma o homem já é o centro do universo, aqui em Troia são os deuses que dão as cartas e quando as deidades apresentadas. logo no início, cada deus grego é representado como uma união de povos ou religiões, cada um representa uma raça diferente que povoa a Terra, e assim como Zeus é interpretado por um ator negro, Artêmis tem traços asiáticos e Afrodite é ruiva lembrando muito o povo irlandês.
No começo essa ousadia me deixou intrigado mas depois, assim como Idris Alba hoje é o meu Heimdall e não vejo outro autor fazendo o personagem em Thor, essas diferenças quando bem interpretadas passam desapercebidas pelas belas inserções, principalmente nas batalhas onde os deuses parecem jogar xadrez, usando os humanos como peões em uma batalha de ego, ódio e violência. Talvez uma crítica para a série está na falta de talento tanto do diretor quanto do elenco para tratar os sentimentos humanos, como as paixões e relacionamentos entre os personagens na trama, dando mais trato aos momentos políticos com os humanos e os deuses.
Mesmo que queira achar que Helena (aqui bem mais velha que as antecessoras) manipulou Paris a seu bel prazer para fugir de um tratado e um marido odioso (estou me baseando no livro), nesta versão em nenhum momento senti esta interpretação como convincente pela atriz principal ou por todo o elenco, se a Helena de Troia de 2004, assim como suas antecessoras, eram apenas um rosto bonito, nesta versão colocaram na como uma mulher madura e decidida. Só que mesmo assim, com a impressão de pura economia de tempo, com uma filmagem rápida e reta, já que o interessante vem na batalha e não no que causou ela, essas passagens não tem nenhum impacto no roteiro ou na história.
No elenco estão Louis Hunter (O Circulo Secreto) como Páris; Bella Dayne (Cursed: A Lenda do Lago) como Helena de Troia; David Threlfall (Chumbo Grosso) como Primo; Tom Weston-Jones (Contos de Charles Dickens) como Hector; Joseph Mawle (Game of Thrones) como Odisseu; Chloe Pirrie (O Gambito da Rainha) como Andromache; Johnny Harris (Londres Proibida) como Agamenon e o brasileiro Alfie Enoch (Harry Potter e How to Get Away with a Murder) no elenco.

Gostou da matéria, é só seguir o meu instagram para acompanhar lançamentos e opinar: https://www.instagram.com/marcelo.moura.thor/

 

Mais do NoSet