Chesapeake Shores: a família como ela é, numa série deliciosa de assistir

Chesapeake Shores: aquela cidade que lembra interior, comida de mãe, natal, alegria… onde as intrigas são apenas intrigas comuns de família, onde não há uma “trama do mal” para derrubar alguém ou um vilão. Não. Lá existem pessoas reais, em vidas reais e com dilemas reais. Uma mãe recém-divorciada, que tem que escolher entre voltar para sua família ou continuar em Nova Yorque, e ser uma super ocupada executiva, sem tempo pra nada. Um pai que tem vários filhos que ama, mas não sabe como se conectar a eles. Uma mãe que foi embora com os filhos ainda pequenos, porque sua vida se tornou insustentável ao lado do marido. Um soldado que volta da guerra com lembranças tristes e tenta recomeçar. Uma escritora que não sabe como encontrar sua voz. Uma filha jovem que quer provar a todos que sabe se virar sozinha e para isso abre uma pousada. Uma avó. A tradicional. Aquela que sempre tem bolinhos e leite. Uma casa onde parece sempre domingo.

Fora esse ambiente de família do interior, temos também as estonteantes paisagens locais. Cheasapeake Shores é uma cidade com uma natureza deslumbrante e construções, idem. Aquele café da Sally, que fica numa esquina onde todos se encontram de manhã, a livraria da cidade. Um ar rústico mas com cada detalhe muito bem pensado.

E os romances? Ah! Um ex-namorado que reaparece, uma noiva que desaparece, um boêmio que se apaixona… e duas teimosas que demoram a se entregar ao amor. Ficamos torcendo por eles, para que se encontrem finalmente.

Mas Cheasapeake não é uma novela. Não parece uma novela. Como eu disse, se um homem está conversando com a ex, e ela o agarra e beija à força, e explica a ela que não quer nada, nesse momento não “brota do nada” a atual. Aliás, ela confia nele. Ela tem medo, mas confia. Não existem as tramas armadas para gerar suspense, ou aquelas coisas absurdas que assistimos e dizemos: “Ah, isso é impossível! Só podia ser filme mesmo.”

Essa série ao mesmo tempo que não tem os elementos apelativos de qualquer trama, nos prende. Precisamos saber o que vem depois. Quer “maratonar”. Mas não dá porque os capítulos são longos. Uns 40 minutos ou mais em média. Ela nos prende, justamente porque não nos assusta. Porque os conflitos são muito parecidos com os que vivemos todos os dias e, saber como o personagem se saiu ou resolveu a situação, nos ajuda a entender o que nós mesmos sentimos. É uma série para refletir, se divertir, chorar, se emocionar e amar!

Se começar e ficar na dúvida, dê mais uma chance à série. Assista alguns capítulos e me diga se ela não te laçou, como fez à mim? E pense: quem sou eu em Chesapeake Shores? Eu já sei quem sou, sei que história é a minha. É a história de cada um dos personagens. Sou um pouco Abby, um pouco Jess, muito Bree… e sei que você também vai se enxergar nela. Bem vindo à história da vida real, ao mesmo tempo simples e surpreendente.

A série está no catálogo de lançamentos da Netflix, com duas temporadas. Confira o trailer ao final da postagem. 

Sinopse: Abby O’Brien Winters retorna à Chesapeake Shores quando recebe um telefonema apavorado de sua irmã Jess, que renovou a encantadora pousada em Eagle Point. A cidade Maryland, que seu pai construiu, tem muitas lembranças tristes e Abby, graças à sua carreira exigente, divórcio e filhas gêmeas pequenas, não teve tempo de sobra para ajudar. Salvando o negócio da família, significa lidar não só com a sua família fraturada, mas também com Trace Riley, o homem que ela deixou há dez anos. Trace inicialmente coloca um obstáculo, mas torna-se um aliado inesperado e uma segunda chance de encontrar o amor. Baseado na série de livros de Sherryl Woods.

 

Trailer, temporada 1:

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