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Sala Verde (Green Room, 2016): Show de horror psicológico

Sala Verde (Green Room, 2016): Show de horror psicológico
  • Publicado em: maio 11, 2017

Quando eu menos esperava ver o Professor Xavier sendo ruim, ele vai lá e me desmente completamente!

Calma galera, não estou trazendo vislumbres de um novo filme dos X-Men, agora trazendo um Professor Xavier do mal. Estou falando de um filme em que Patrick Stewart fez em 2015, selecionado para o Festival de Cannes daquele anos, mas só foi lançado no EUA agora, em que ele é a representação do mal com um emblema calmo e tranquilo.

O filme é “Sala Verde”, ou “Green Room”. É um obscuro filme classificado como horror e thriller baseado em “princípios” neonazistas, tem muito terror psicológico e um ritmo um pouco lento até, mais ou menos, a metade, depois só falta matar um do coração com as cenas seguintes.

https://www.youtube.com/watch?v=04OgwtJuMAA

A trama do filme fala sobre uma banda de punk rock ralando para dar certo, e isso quer dizer, em muitos casos, inclusive no deles, andar de cidade em cidade com um carro caindo aos pedaços, que serve tanto para o transporte quanto para a hospedagem, celebrando os poucos sucessos.

Essa banda consegue uma promessa de show em uma cidade longe da deles, eles foram com a esperança de ser a chance deles. Chegando lá eles encontram o que seria o produtor que arranjou o show. O show acaba sendo cancelado, ele ainda consegue marcar outro show, numa lanchonete.

Agora imagina, uma lanchonete calma, na hora do almoço, ao som de uma banda de punk rock, daquelas que você nem consegue entender a letra!

Além desse ele ainda consegue uma outra proposta através de um primo. Como eles estavam topando tudo, foram para o endereço indicado e se depararam com um bar bem obscuro, super escondido e os clientes com aquele ar bem mafioso, que aspira medo. O show deu certo, apesar do começo um pouco turbulento, porque o público não tinha se agradado de primeiro.

Depois do show eles não voltam para o camarim, um guarda-costas os encaminha para a saída já com as bagagens deles mãe, porém a baixista da banda lembrou que tinha deixado o celular carregando dentro do camarim. O moço mais quietinho e gentil da banda foi quem se ofereceu para ir pegar o celular, só que ele acaba presenciando um assassinato neonazista.

A partir daí eles ficam retidos nesse camarim, que é a tal sala verde que o título sugere. Era para eles ficarem por lá até que os donos do bar encobrissem o crime e despistassem a polícia. Porém o pessoal da banda acaba reagindo àquela situação, querendo que eles se entregassem.

Porém quem é o chefão é Darcy, personagem de Patrick Stewart, um homem sem escrúpulos, logo pouco se importa se algo de ruim acontecesse com qualquer um que estava dentro daquela sala.

Aí começa a parte mais emocionante e que eu quase não consegui assistir de tão fortes que são. Detalhe, não se apegue a ninguém, não prometo que alguém vá sobreviver. O filme não ameniza em nada as cenas de assassinato, mas também não exageram, como nos filmes de Tarantino, é o mais parecido com o real (que eu imagino, porque nunca presenciei, e espero nunca presenciar!).

O único ator que conheço é Patrick Sewart, e nem preciso dizer o quanto o admiro. Poucos atores seriam capazes de fazer aquele personagem, que precisava não aparentar nenhum sentimento enquanto fazia as maiores atrocidades.

O protagonista, Pat, que era o mais gentil de todos, foi o que mais me surpreendeu. Mesmo aparentando ser o alvo fácil da turma, Pat foi teve as ideias mais ousadas e se comportou como um verdadeiro líder.

Uma curiosidade nada feliz, poucos meses depois do filme ter sido lançado, Anton Yelchin, que interpretou Pat, sofreu um acidente e morreu imediatamente. Ele era russo, tinha 27 anos e estava com a carreira em ascensão, já era conhecido pelo filme “Star Trek”.

Se fosse curte filmes de ação, suspense e violência, e procura por um filme bem diferente dos comerciais, “Sala Verde” é a sua escolha!

Já assistiu? Comente o que achou!

Beijinhos e até mais.

Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

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