Roma: Série da BBC e HBO (2005 a 2007)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma das mais marcantes séries de TV adaptadas da história.

Roma: Primeira e segunda temporada.

Criadores John Milius, William J. MacDonald e Bruno Heller, produtores John Milius, William J. Macdonald, Bruno Heller, Franck Doelger, Anne Thomopoulos e John Melfi. Elenco Kevin McKidd, Ray Stevenson, Polly Walker, Kenneth Cranham, Tobias Menzies, Max Pirkis, Indira Varma, Kerry Condon, Lindsay Duncan, James Purefoy e Ciarán Hinds. Emissora original no Reino Unido BBC e Estados Unidos na HBO.

A série apresenta um enorme elenco de personagens, muitos dos quais são baseados em figuras reais de registros históricos, mas os principais protagonistas são, em última instância, dois soldados chamados Lúcio Voreno e Tito Pulo, que encontram suas vidas entrelaçadas com eventos históricos importantes. Roma foi um sucesso de classificação para a HBO e a BBC. A série recebeu muita atenção da mídia desde o início e foi homenageada com inúmeros prêmios e indicações.

Roma é uma coprodução rodada nas proximidades da atual cidade de Roma e nos antigos estúdios de Cinecittà, em uma superfície de mais de 20.000 metros quadrados, com a participação de 350 pessoas. Por conta disto, é considerada uma das séries mais caras da história da televisão, com um gasto médio de 100 milhões de dólares.

Sinopse: A série se inicia em 52 a.C., quando o general romano Júlio César derrota seu inimigo Vercingetórix na batalha de Alésia. Seu êxito desequilibra a batalha pelo poder contra o cônsul de Roma, Pompeu, que representa a luta entre o povo, que apóia César, e os patrícios, que apóiam Pompeu. A série trata dessa luta de poderes, na qual César, triunfante tenta transformar a República Romana em um Império. Este objetivo, entretanto, somente será conseguido por seu sobrinho-neto, Otávio Augusto, no ano de 27 a.C.

Para ambientar esta troca histórica, a série se baseia não apenas nos líderes desse período, como César, Pompeu e Otávio, mas também nas vidas dos legionários Lúcio Voreno e Tito Pulo, personagens mencionados no livro V dos Comentários sobre a Guerra das Gálias. Obviamente trata-se de um drama fictício baseado nos fatos históricos relevantes do período.

Crítica: Roma foi a primeira série de  TV baseado em fatos reais e históricos que me influenciou muito a gostar do estilo em 2005, com um adaptação impressionante para época, principalmente em questão dos costumes e política, Roma me fez todo domingo as 22h ficar ligado na HBO sem piscar os olhos. Talvez, sem o mesmo carisma e paixão de Gladiador (2000) de Ridley Scott, Roma tinha um pulso diferente contando o dia a dia de várias classes sócias romanas e como a luta pelo poder e sobrevivência era a base de um império, era algo até então somente visto em documentários na televisão ou nos filmes para o cinema. Roma quebrou um tabu de que séries de tv não eram lucrativas ou não poderiam ter uma produção e principalmente, o mesma qualidade visual imposta para os cinemas.

Eu, que no máximo era apenas apaixonado por séries como Xena e Hércules (1995), por causa dos deuses e mitos greco-romanos e do humor que a série passava, passei a sentir uma paixão por séries históricas e por ai segui com Spartacus (2010), Vikings (2013) e O Último Reino (2015), todos com a mesma qualidade que fez de Roma um marco na história da TV. Não posso deixar de citar, já fugindo da janela histórica, a série Game of Thrones (2011).

Sua primeira temporada foi um esplendor, o início da queda de Julio Cesar, o exército romano, as influência de Roma por toda a Europa e o Senado Romano e sua politicagem e luta pelo poder foi algo inédito e muito bem explorado pela BBC e HBO.

Do elenco de Roma alguns atores foram destaques e saíram direto para Hollywood, como Ray Stevenson (Tito Pulo) que logo após atuou uma sequencia de Blackbusters como Rei Arthur (2004), O Justiceiro (2008), Carga Explosiva (2015), Thor (2011), Os Três Mosqueteiros (2011), GI Joe (2013) e Divergente (2014).

Após um a primeira temporada surpreendente e uma segunda morna, a caríssima Roma acabou fechando um ciclo na tv e terminando sua jornada épica pela história romana, mas deixando sua marca em séries históricas até hoje.

Curiosidades de Produção: 

Primeira temporada: É baseada em acontecimentos históricos na antiga Roma entre os anos 52 e 44 a.C. Inicia com a vitória de Júlio César na batalha de Alésia e acaba com seu assassinato. Na primeira temporada são 12 episódios nos quais a Antiga Roma é retratada com a maior precisão possível baseada no conhecimento histórico disponível, incluindo a cultura, os costumes e as crenças dos antigos romanos. Destaca-se o final do último episódio, no qual Julio César é assassinado por um grupo de senadores no próprio Senado.

Segunda temporada: O bravo Júlio César foi cruelmente assassinado e a agora a guerra civil ameaça destruir a República. Numa disputa de egos, inúmeros sucessores pleiteiam o cargo deixado por César. É então que Marco Antônio tenta consolidar seu poder se aliando a Atia. O conspirador Brutus tenta ganhar a simpatia do povo, que antes o condenou como assassino. Enquanto isso, Tito Pulo se esforça para tirar seu amigo, Lúcio Voreno, da escuridão que envolveu sua vida após uma tragédia pessoal. Otavio, sobrinho de César, ao descobrir que é o herdeiro de Júlio César, começa a sua busca pelo poder.

Críticas: Roma obteve avaliações principalmente positivas. Sean Woods, da Rolling Stone, chamou a série de “magistral” e “épica” e deu a série uma nota de 3.5 de 4.Alessandra Stanley, do The New York Times, disse: “Mas, por trás de toda aquela miséria, a glória que Roma perdeu”, ao rever a temporada 2. Lisa Schwarzbaum, da Entertainment Weekly, deu a temporada 2 uma nota B e classificou o design das roupas como “espetacular”. Michael Ventre, da revista Variety, foi positivo em relação à série e ficou intrigado com o caráter “complexo” da personagem Atia dos Julianos. James Poniewozik, da revista TIME, comentou sobre o “início lento”, mas afirmou ainda que a série “atrai você” para a antiga cidade de Roma.

A crítica da revista do Empire, Helen O’Hara, disse: “Não tão boa quanto Gladiador, mas talvez com uma história mais e razoavelmente precisa” e deu a temporada 1 de Roma quatro de cinco estrelas. Robert Bianco, da USA Today, chamou a temporada 2 de “a queda de Roma”, comentando que esta temporada não foi tão boa quanto a primeira, citando “caracterizações falsas e absurdos na trama”. Linda Stasi, do The New York Post, disse que era uma “escrava” do programa. Melanie McFarland, da Seattle Post-Intelligencer, classificou a segunda temporada como “no topo da sua forma” e disse que foi tão boa quanto a temporada anterior. O historiador Robin Lane Fox, escrevendo no The Guardian, chamou a série de “esplendidamente ambiciosa”. Eric Neigher, da Slant Magazine, chamou a temporada 1 de “boa arte” sobre Roma. Robert Abele da LA Weekly chamou de “a série dramática mais prodigiosa” já lançada pela HBO.

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