Robin Williams: 5 anos sem um gênio do humor.

Quem me acompanha há algum tempo sabe que sou fã incondicional de Robin Williams. Apesar de não ter acompanhado a série Mork & Mindy (ainda assistirei), vi praticamente todos os filmes e alguns de seus shows. Emocionalmente, estou vinculado a seus papéis tais como: Adrian Cronauer (Bom dia, Vietnã), Rei da Lua (As Aventuras do Barão Munchausen), John Keating (Sociedade dos Poetas Mortos), Dr. Malcolm Sayer (Tempo de Despertar), o Gênio (Aladdin), Mrs. Doubtfire (Uma Babá Quase Perfeita), Alan Parrish (Jumanji), Sean Maguire (Gênio Indomável), Hunter “Patch” Adams (Patch Adams), Andrew Martin (O Homem Bicentenário), Dr. Know (I.A. – Inteligência Artificial), Walter Finch (Imsonia), Seymour ‘Sy’ Parrish (Retratos de uma Obsessão), Theodore Roosevelt (Uma Noite no Museu), entre outros.

Não foram poucas as vezes em que o ator me convenceu que a realidade era aquilo interpretado por ele em seus filmes. Eu me emocionei com muitas de suas obras, e ainda me emociono. Alguns de seus trabalhos, para mim, são atemporais.

Mas nem tudo são flores na vida deste astro norte-americano. Apesar de ter recebido destaque por suas atuações e ser um gênio do improviso, a vida de Robin começou a degradar em função de vários problemas de saúde que, consequentemente, também foram importantes no processo de diminuição do prestígio de Robin no mercado cinematográfico. Nós, o público comum, não tínhamos ideia dos males que o rodeavam e, gradualmente, minaram sua vontade de viver e atuar. Somado a isso, Hollywood tende a pôr de lado seus astros conforme envelhecem ou apresentam problemas pessoais (talvez uma tentativa de não vincular a imagem dos estúdios ao indivíduo problemático), e Robin apresentou por um longo período de sua vida problemas com álcool e drogas. Enquanto ele estava no auge, os estúdios o “aturaram”, mas essa paciência acabou quando sua fama diminuiu.

Uma parcela dos problemas de Robin Williams foi desvendada com o programa Autópsia de Famosos, da Discovery Channel, onde tornou-se público que o ator sofria com dívidas, depressão, Parkinson e demência. Todos esses fatores somados (a demência não era de conhecimento do ator), incluindo o afastamento de grandes produções, o afetaram negativamente e, infelizmente, no dia 11 de agosto de 2014 nós perdemos Robin através do suicídio.

Uma faceta pouco divulgada de Williams era a caridade. Boa parte de sua vida foi dedicada às causas sociais e ele esteve à frente de várias iniciativas em prol da ajuda ao próximo, esteve no Comic Relief e foi fundador da Windfall Foundation, onde arrecadava fundos para diversas instituições de caridade.

Pouco mais de cinco anos se passaram, mas é impossível não lamentar essa perda, principalmente se levarmos em questão as entrelinhas que conduziram o astro a essa senda triste. Seja como for, deixo aqui meus sinceros agradecimentos a um indivíduo que distribuiu alegria por intermédio de seus filmes, marcou a história do cinema e comprovou que o humor é uma das artes que mais requer inteligência e tato.

Espero que ele esteja bem, em paz e trazendo um pouco de humor e luz nessa nova vida que está trilhando…

 

 

Mais do NoSet