Review: O Atirador (Série Netflix) — S01E01
A Netflix encontrou em 2016 seu ano mais produtivo. Foram mais de vinte títulos que chegaram para fazer peso na categoria de originais do serviço, isso sem contar os filmes e documentários cotados à concorrer o Oscar em 2017 e que não estrearam ainda (vide A 13a Emenda, novo filme de Ava DuVernay.)
Entre as séries, a Netflix parece querer aproveitar o sucesso temático de House of Cards e diversificar tramas políticas entre suas histórias. Designated President é uma dessas séries e Shooter, ou O Atirador aqui no Brasil, é outra. E é essa segunda que iremos acompanhar episódio por episódio aqui no NoSet.
O Atirador é uma série baseada no filme homônio de 2007 dirigido por Antoine Fuqua e protagonizada por Mark Wahlberg, que hoje produzem o seriado. A trama da série, se comparada ao filme, foi levemente alterada para atender às prováveis necessidades dos roteiristas em criar extensões de conflitos e interesses dos personagens.
Na série, o personagem Bob Lee Swagger que já foi interpreado por Walhberg, é agora trago a vida por Ryan Phillippe (Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, 1997.) Bob Lee Swagger é um ex-atirador da marinha americana e que vive afastado da cidade com a mulher e filha depois de perder um amigo em um conflito no Oriente Médio. Swagger ainda mantém o tiro como hobby e eventualmente é procurado pela segurança nacional americana para ajudar a proteger o presidente durante um discurso à céu aberto. Swagger decide ajudar quando fica sabendo que existe a possibilidade de um ataque ao presidente.
A partir daí, o piloto da série cai na mediocridade. A trama se desenrola de forma previsível demais, mesmo para quem não ainda não tenha assistido ao filme que originou a série. Os personagens, apesar da evidente tentativa do roteiro em causar comoção e empatia, falham em comunicar o que realmente está acontecendo naquele momento especifico da vida deles.
Antoine Fuqua (um dos produtores da série) não é um diretor que me agrada muito. É alguém que possui um quê de Michael Bay, mas que não assume a carapuça, ora passando a impressão de querer fazer arte, ora passando a impressão de abraçar a glória de filmes ação com explosões, tiros e shots rápidos demais. A direção do piloto fica a cargo de Simon Cellan Jones que cumpre seu papel evitando alguns vícios de Fuqua.
O problema de O Atirador é realmente o roteiro. O senso de emergencia do piloto é um erro que pode afetar a série inteira. Logo no começo da trama, entendemos que Swagger deve ajudar os agentes da segurança nacional a preverem a posição ideal para um atirador inimigo abater o presidente. Essa era a deixa perfeita para que toda uma construção interessante sobre Swagger pudesse ser feita. Poderíamos entender melhor seus traumas, poderíamos ver o quão bom ele é no que faz, poderíamos entender o momento político dos EUA com o atual presidente e por que alguém iria quere-lo morto.
Mas ao invés de extender isso tudo para um segundo episódio, diminuir a velocidade da trama e aproveitar para entrar na cabeça dos personagens, o piloto mostra tenta mostrar isso tudo (traumas, o quão bom Swagger é, e motivações do atirador) em cinco minutos. E claro, não funciona.
O Atirador carrega a mesma característica da obra original, o plot é bom, parece que pegaram Jason Bourne, colocaram em outra trama que ele é peseguido e pronto: Está dado um motivo para mortes, tiros, bullet times, perseguições e explosões. Mas apesar disso, o plot ser apenas “bom” não é o problema. O Atirador (filme de 2007) é afetado seriamente pela necessidade de amarros de trama e sua duração de apenas duas horas. Essa é a chance desenvolver tudo o que não pode ser feito no filme. E não é isso que vemos no começo da série.
17 Comments
Ficou uma bosta. Mil vezes mais o filme
Opinião precipitada e muito mal escrita
Eu gostei demais destes dois primeiros episódos que passaram. Espero os próximos. E caiu como uma luva para o Ryan Phillipe, gostei do ator também em Secrets and Lies (Segredos e mentiras), um seriado curto que ele também é perseguido, e acusado de um assassinato e que no final temos uma surpresa difícil para o personagem e bastante dramática. E com esse novo seriado há uma pitadinha do que vi no outro seriado. E só me faz gostar, parece que o personagem já nasceu sendo do Ryan Phillipe.
Exatamente Barbara, opinião precipitada e muito mal escrita desse site. Assisti os 3 episódios e são muito bons !
Opinião precipitada demais! Também assisti os 3 episódios e é excelente, me prende no sofá querendo ver o próximo episódio!
O cara escreve errado e sem concordância,”trago ” eu só vejo em cigarro.
Eu assisti 4 episódios e continuo gostando do seriado. Os episódios estão trazendo algo novo, um estilo diferente de outros trabalhos na mesma linha. E agora ele está procurando aliados, está entrando no passado lá no Afeganistão em que ele foi um fuzileiro e seu inimigo no governo agora, naquela época era um amigo, mas já demonstrava sinais do que ele viria a ser, Mas alguns elementos em branco para entendermos melhor porque ele veio a ser tão ao extremo um perigoso e terrível inimigo inflitrado no governo. O protagonista em alguns momentos demonstra intensa indignação e decepção com esse antigo amigo, e agora estamos descobrindo porquê. Uma coisa que eu gosto, que a séria que mostra a grande habilidade do protagonista em ser um atirador sem igual, e cheio de caminhos para se esconder, não mostra ele em alguns momentos como um súper homem mas conjuga isso também com sua vulnerabiliade humano, seus perigos, suas dificuldades também, o que torna mais real e também mais suportável assistí-lo e apreciar esse trabalho por essas tantas estratégias usadas na narrativa do seriado.
(corrigindo meu segundo texto de avaliação)
Eu assisti 4 episódios e continuo gostando do seriado. Os episódios estão trazendo algo novo, um estilo diferente de outros trabalhos na mesma linha. E agora ele, o protagonista, está procurando aliados, está entrando no passado lá no Afeganistão em que ele foi um fuzileiro e seu inimigo no governo, agora, naquela época, era um amigo, mas já demonstrava sinais do que ele viria a ser, Mas alguns elementos permanecem em branco para entendermos melhor porque esse antigo amigo veio a ser tornar tão ao extremo um perigoso e terrível inimigo inflitrado no governo. O protagonista em alguns momentos demonstra intensa indignação e decepção com esse antigo amigo, e agora estamos descobrindo porquê. Uma coisa que eu gosto, é que a série que mostra a grande habilidade do protagonista em ser um atirador sem igual, e cheio de caminhos para se esconder, e assim o mostra em alguns momentos como um súper homem, ainda assim consegue conjugar isso também com sua vulnerabiliade humana, seus perigos, suas dificuldades também, ( o que o perfil do ator ajuda, mesmo com toda a sua habilidade, e os seus criadores se aproveitam dessas características a favor do seriado) o que torna mais real e também mais agradável assistir o seriado e apreciar esse trabalho por essas tantas estratégias usadas na sua narrativa.
EU QUERO A TRILHA SONORA DO EP 3 E 6, SE ALGUÉM TIVER ! POR FAVOR ME FALE !
Achei a série sensacional e a análise precipitada. Na verdade, o texto poderia deixar claro que a review foi baseada com base na visão de quem a escreveu. Acho que poucos vão concordar, mas enfim. Desconsiderei completamente a review. A explicação da historia em 5 minutos, deu sim muito certo.
Trago? Meu Deus!
Primeiro, a crítica para ter credibilidade é necessário no mínimo uma concordância em frases e expressões, além de uma boa escrita no geral, requisitos estes que não estiveram presentes durante toda a avaliação ou review como preferir. Segundo, muito previsível? Eu assisti o filme, não uma, mas várias vezes e na série fui pego de surpresa com vários acontecimentos, então este seu argumento não se torna válido. E muitas das críticas foram do seu ponto de vista, dos seus gostos e não de itens técnicos, então acho melhor pensar e analisar seus conceitos para avaliar as demais séries. Os demais comentários definem minha revolta com o autor do review.
Assisti todos os episódios. Ótimo. Muito bom mesmo.
“Precipitada” foi muita delicadeza e boa vontade sua Barbara…rsrs…O cara é de um pedantismo patético…fiquei constrangida… Amigo, seu trabalho é comentar a série…ninguém quer saber se você gosta do roteirista ou do diretor.. Não estamos nos anos ’70, você não é francês e não estamos falando das pentelhices da Nouvelle Vague…vai divagar sobre sobre Godard em algum café hipster e deixa o espaço pra alguém mais ‘humilde’e profissa comentar uma série de ação e polítca…meu Deus…
Também achei a crítica precipitada e, por vezes, até beirando um certo desdém preconceituoso. Temos de examinar um trabalho à partir de sua proposta e não do que achamos que deveria ser. E esta é bem cumprida e de forma bastante honesta. Pode melhorar? Muito, mas comecei a assistir sem a menor pretensão e fui surpreendido por boas atuações e um enredo que cumpre bem o seu papel de entretenimento. Espero que melhore mas, se mantiver o nível, já está bastante razoável.
O crítico faz uma análise bastante completa da série, e aponta vários erros da mesma. Não vou discutir opiniões, contudo da mesma forma tenho que apontar vários erros na redação desta crítica e são de português. Há várias palavras repetidas e vários erros de grafia, alguns graves, que mesmo para quem não é versado no vernáculo pátrio, não os comete mais, porque se apoia no corretor ortográfico, que ou não foi utilizado pelo crítico ou não estava habilitado. Desde palavras escritas completamente erradas como “homônio” ao invés de homônimo, “interpreado” ao invés de interpretado, “peseguido” ao invés de perseguido, até estender com “x” no lugar do “s”, e emergência sem acento.
Tem também “quere-lo” na frase “…alguém iria quere-lo morto”. O que é isso? Mais fácil e correto dizer: alguém o iria querer morto.
Não bastasse esses erros ainda tem invenções de palavras. No final do texto a invenção “…amarros de trama…”. Amarros?
E a pior delas lá no 4º parágrafo: O erro crasso e infelizmente não incomum, a conjugação totalmente equivocada do verbo trazer em “…é agora trago a vida por Ryan…”. Trago pode ser de cachaça, ou de cigarro; mas o correto seria dizer: trazido a vida…. O crítico deve ser capixaba, pois este é um erro comum no ES onde muitos gostam de dizer: Eu tenho trago…Mas é um erro e vicio de linguagem, palavra esta que sequer existe em qualquer tempo verbal de TRAZER, pois sequer tem relação com este verbo e sim com outro, TRAGAR.
Perdoe-me, mas como se pode fazer uma crítica ao trabalho alheio, com vários erros na língua da própria crítica, e sem ao menos fazer uma simples revisão, antes de publicá-la?
O roteiro é meio superficial sim. Mas acho que eles não tinham a pretensão se fazerem mais que isso. O orçamento parece meio limitado, e isso explicaria muita coisa. Ficou uma série leve de assistir. É até uma séria boa pra quem não curte séries hehe.