Rede CNT, Rede Brasil e Rede 21: As Redes Quase Fantasmas!

Globo, SBT, Record, Band, Rede TV!, Gazeta e Aparecida, eis as emissoras de televisão, voltadas ao público geral que fazem por merecer suas concessões. Ainda que grande parte da programação da Gazeta e Rede TV! seja destinada a programação comercializada a terceiros. Entretanto alguns fatos vem chamando atenção, as emissoras que possuem concessão de rede nacional e que na verdade estão ás moscas, ou melhor, aos fantasmas.

Quando foi a última vez que você assistiu a Rede CNT? Se você ficou se perguntado, qual é a CNT, ou, isso é um canal? Bem! Você não é o único, a emissora que possui a cabeça da rede na capital do estado do Paraná, dedica em torno de 90% de sua programação a produções de terceiros, ou seja, vende esses horários, a grande maioria para igrejas.

A Rede CNT, hoje entregue aos fantasmas, já passou por seus áureos tempos, quando contava com nome de peso como Luciano Huck, Clodovil, João Kléber, Carlos Massa (Ratinho), o personagem infantil Fofão, e até deteve a transmissão exclusiva dos jogos Panamericanos de Mar Del Plata.

Segundo o relatório do Ibope, referente ao período de janeiro a novembro de 1996, a audiência dos canais abertos se distribuía assim, na grande São Paulo, o maior mercado consumidor do país: Rede Globo (55%), SBT (21%), Record (6%), Band (6%), TV Cultura (6%), Rede Manchete (3%) e CNT (3%). Quem dera hoje a emissora que não sai do traço chegar nem que seja perto de 1%.

Já a Rede Brasil, também conhecida como RBTV, tem a cabeça da rede em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e conta com estúdios em São Paulo. A Emissora que vende a maior parte de suas manhãs e parte das tardes a concessionários até vem investindo em melhorias para sua programação, conta com nomes como Nani Venâncio, Décio Piccinini e Amanda Françoso em seu casting de apresentadores.

Ampliou a cobertura de rede para mais de 500 municípios, alcançando 20 milhões de lares, em canal aberto UHF e VHF, além dos canais a cabo espalhados por todas as regiões do território nacional, o que assegurou pluralidade a rede que ainda assim tem dificuldade para sair do traço no Ibope da praça São Paulo. A emissora ainda detém os direitos de exibição de excelentes filmes e séries, porém investe pouco em ampliar o número de afiliadas e na divulgação de seus programas.

A Rede 21 mesmo datando sua estreia em meados de 1996 não tem história. Pertencente ao Grupo Bandeirantes de Comunicação o canal vende 22 das 24 horas de transmissão diárias a Igreja Universal, e durante as outras duas horas reprisa jornais do Grupo Bandeirantes para cumprir a norma legal que obriga as emissoras de televisão a ter no mínimo 5% ou 72 minutos de sua programação ocupada por jornalismo.

O Fato é que por se tratarem de concessões públicas, CNT e Rede 21 deveriam ser retiradas do ar, pois apenas geram renda a seus proprietários sem reverter benefício algum a população, o que claramente não é o caso da Rede Brasil, que apenas participa desta coluna pelo fato de ser praticamente invisível ante os olhos dos telespectadores.

Aliás, Rede Brasil que na maioria das vezes sequer responde os jornalistas que desejem cobrir sua programação, como se não precisassem de mãos estendidas a fim de lhe retirar do traço no Ibope, ou mesmo, do fundo do poço.

Por Patrick Canterville

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