Salve Nosetmaníacos, sou o Moura e hoje faremos uma viagem aos anos 80 com o fabuloso O Jogador Número 1 do mestre Steven Spielberg.
Ready Player One – Jogador Nº1 (2018)
Direção Steven Spielberg, produção Steven Spielberg, Donald De Line, Dan Farah e Kristie Macosko Krieger, roteiro Zak Penn e Ernest Cline, baseado em Ready Player One de Ernest Cline. Elenco Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn, T. J. Miller, Simon Pegg e Mark Rylance, Efeitos especiais Industrial Light & Magic, cinematografia Janusz Kamiński, companhias produtoras Warner Bros. Pictures, Amblin Partners, Amblin Entertainment, Village Roadshow Pictures, De Line Pictures e Farah Films & Management, distribuição Warner Bros. Pictures. Lançamento nos Estados Unidos em 11 de março de 2018, com o alto orçamento de US$ 175 milhões e uma bela receita de US$ 575 milhões, Ready Player One é um filme de ação, aventura e ficção científica americano de 2018, produzido e dirigido por Steven Spielberg. As filmagens ocorreram entre julho e setembro de 2016 em Birmingham, na Inglaterra. Ambientado em Ohio, nos Estados Unidos, outras regiões da cidade de Birmingham foram utilizadas nas filmagens, como a área central Jewellery Quarter, o albergue Hatters e a antiga área industrial de Digbeth. A pré-estreia de Ready Player One ocorreu no South by Southwest, em Austin, no dia 11 de março de 2018. Estreou no Brasil e em Portugal em 29 de março de 2018, sendo lançado no mesmo dia nos Estados Unidos nos formatos convencional, RealD 3D, IMAX e IMAX 3D. Recebeu críticas geralmente positivas, destacando-se o visual, efeitos visuais, ritmo e direção. Para alguns, apesar de uma melhora em relação à obra escrita por Ernest Cline, peca pela “falta de desenvolvimento de caráter”. Em consenso, críticos relatam que Ready Player One possui a nostalgia que marcou os filmes dos anos de 1980 e 1990 que consagraram Spielberg, podendo ser o novo clássico do currículo do diretor.
Sinopse: Situado numa Terra distópica do futuro, a população gasta a maior parte do tempo em um espaço virtual interconectado chamado OASIS. Quando o fundador do OASIS morre, ele deixa a propriedade do programa para a primeira pessoa que encontrar o tesouro escondido nele (um Easter Egg), jogando e resolvendo enigmas para conseguir as três chaves (Bronze, Jade e Cristal). Uma corrida segue entre um jovem (Wade Watts) e seus amigos, porém uma megacorporação maligna disputa também pelo controle do OASIS.
Crítica: Que Spielberg sempre foi um gênio, isso ninguém discute. Posso citar facilmente dez filmes dos anos 80 e 90 que amo e admiro do mega diretor, sem cair no gênero excessivo família ou final feliz, que me fez afastar dos recentes trabalhos dele. Filmes como Tubarão (1975), Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), Indiana Jones (Trilogia), Poltergeist (1982), De Volta para o Futuro (Trilogia), A Cor Púrpura (1985), entre outros marcaram minha paixão e amor do cinema. Com tudo isso posso dizer que muito do que Spielberg fez e produziu no século XXI não me agradou, não pela qualidade do trabalho, mas por ser Spielberg a onde eu esperava mais conteúdo do que a fórmula de fazer dinheiro. Filmes como Transformers (Franquia), Guerra dos Mundos (2005), Eu sou o Número Quatro (2011) e principalmente Lincoln (2012), provaram na minha opinião que a preocupação do diretor era voltado a bilheteria, a academia e ganhar muito dinheiro para financiar outros projetos do que fazer algo inovador, até agora. Com esta premissa, o fantástico Jogador Número Um me surpreendeu, achava que seria mais um filme infantil ou mesmo aqueles adolescentes como Eu Sou o Número Quatro, com aquela premissa família que me dá tanto sono ou mesmo uma aventura sem pé nem cabeça como os Transformers. E que surpresa ao ver uma grande salada cultural, uma mistura de tecnologia avançada, animação futurista e um retrô forte na cultura dos anos 80, o filme me conquistou já em seus primeiros quinze minutos. Desde Duran Duran até van Halen, passando por Akira, King Kong até Speed Racer, a cultura pop de todo planeta desta década está graciosamente presente neste filme. Uma das melhores sequencias, que inclusive assisti mais de uma vez, foi a referência ao filme Iluminado, do diretor Stanley Kubric, baseado no livro de Stephen King, é de arrepiar em toda sequência. Só que o filme vai avançando e em determinado momento o mundo virtual e real se misturam, brincando com quem assiste e em dois momentos você fica impressionado quanto a como foi feito.
Spielberg brinca com o público em seu novo trabalho e surpreende com um mundo que agrada crianças, adolescentes e adultos. Uma pena que o filme ficou somente com uma bilheteria de US$ 575 milhões, não que seja ruim, mas merecia mais crédito pelo excelente trabalho, uma crítica social e politica por baixo de um plano futurista. Talvez a divulgação do filme não teve a força de um filme da Disney ou Warner, mas merecia mais, com certeza. Do elenco Elenco Tye Sheridan (X Men Apocalipse) está melhor na sua versão digital do que real, mas o filme foca exatamente isso, então se sai bem nesta mistura, sem comprometer. Olivia Cooke (Motel Bates) tem as mesmas características de Tye e seu personagem digital é tão descolado que ofusca sua versão real, mas também não compromete. Talvez Ben Mendelsohn (Rogue One) foi o ator que mais me irritou. Eu amo vilões bem elaborados, que nos fazem amar ou torcer contra, mas Mendelsohn não me motivou a sentir algo nem no personagem real nem no virtual. Parecia perdido sem saber como fazer o filme e isso foi crucial para que a história tivesse um contra poder forte. Mesmo assim, Jogador Número Um é um filme que facilmente eu veria de novo, principalmente pelos milhares de Easter Eggs dos anos 80 que o filme apresenta, além de uma tecnologia e visual cinematográfico que me surpreendeu, e só me lembro de ter esta sensação quando vi Avatar.
Curiosidades: Em 18 de junho de 2010, foi anunciado que a Warner Bros. e De Line Pictures haviam vencido o leilão da Paramount, Fox e Temple Hill Entertainment dos direitos do filme para o romance Jogador Nº 1 de Ernest Cline, que ainda não havia sido publicado. Cline foi definido para escrever o roteiro do filme, que Donald De Line e Dan Farah iriam produzir. Eric Eason reescreveu o roteiro de Cline e Zak Penn foi contratado para reescrever os rascunhos anteriores de Cline e Eason. A Village Roadshow Pictures veio a bordo para co-financiar e co-produzir o filme com WB. Steven Spielberg assinou contrato para dirigir e produzir o filme, que Kristie Macosko Krieger também iria produzir junto com Line e Farah. Três atrizes foram as principais corredoras para o papel de Art3mis: Elle Fanning, Olivia Cooke, e Lola Kirke; Em setembro de 2015, Cooke foi anunciado como o papel principal feminino. Ben Mendelsohn foi escalado para o filme para desempenhar o papel de vilão como um executivo da corporação designer de Internet do Oásis. Tye Sheridan foi confirmado para o papel principal de Wade no final de fevereiro de 2016. Em meados de março de 2016, Simon Pegg entrou negociações finais para se juntar ao elenco no papel de Ogden Morrow, co-criador do Oasis. Mark Rylance se juntou ao elenco como James Halliday, o criador do Oasis. Em junho de 2016, T. J. Miller estava no elenco do filme como um jogador online com nome de usuário i-R0k, Hannah John-Kamen foi escalado para um papel não especificado, e o cantor e ator japonês Win Morisaki foi escalado como Toshiro Yoshiaki, também conhecido como Daito. A produção estava programada para começar em julho de 2016. O roteirista Zak Penn twittou em 1 de julho de 2016, que a primeira semana de filmagem havia sido concluída.Em agosto e setembro de 2016, as filmagens ocorreram em Birmingham, na Inglaterra, que incluía a Livery Street na área do Jewellery Quarter, que também utilizou o albergue Hatters para as filmagens internas; Outros locais da cidade incluíam a antiga área industrial de Digbeth. O filme é ambientado em Ohio. As filmagens terminaram em 27 de setembro de 2016. Spielberg trabalhou com a Industrial Light & Magic (ILM) para supervisionar os efeitos visuais do filme, encontrando-se com a ILM por 3 horas três vezes por semana. Ele afirmou que “este é o filme mais difícil que eu fiz desde O Resgate do Soldado Ryan”.
Referências culturais: Como no livro, o filme homenageia a cultura popular principalmente das décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010. Entre os personagens licenciados do filme estão o personagem titular do O Gigante de Ferro, o RX-78-2 Gundam de Mobile Suit Gundam, vários personagens da DC Comics e da série de filmes O Senhor dos Anéis, Freddy Krueger de A Hora do Pesadelo, Duke Nukem, Tracer de Overwatch, Ryu, Blanka e Chun-Li de Street Fighter, Lara Croft de Tomb Raider e Chucky de Brinquedo Assassino. Uma enorme corrida de carros no jogo inclui veículos como a máquina do tempo de De Volta Para o Futuro (equipada com K.I.T.T. de A Super Máquina), o Mach 5 do Speed Racer, o carro Plymouth Fury ’58 possuído de Christine, a van de Esquadrão Classe A, o Ford Falcon modificado usado em Mad Max, o caminhão monstro Bigfoot e a motocicleta de Kaneda de Akira. Referências adicionais a RoboCop: O Policial do Futuro, Jurassic Park: Parque dos Dinossauros, King Kong e 2001: Uma Odisseia no Espaço também foram identificadas em materiais promocionais Spielberg reconheceu que seus filmes passados eram uma parte significativa da cultura popular dos anos 80 citada no livro, e para evitar ser acusado de “vaidade”, ele optou por evitar usar a maioria das referências a seus próprios filmes. Em 9 de junho de 2016, a Variety afirmou que o colaborador regular de Spielberg, John Williams, estava planejando compor a partitura do filme. No entanto, em julho de 2017, foi relatado que Williams deixou o projeto para trabalhar em The Post: A Guerra Secreta, outro filme do Spielberg, em vez disso, com Alan Silvestri contratado para assumir a responsabilidade da partitura para Jogador Nº 1.
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