Salve NoSetManíacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um novo reboot da franquia do menino que não quer crescer mais famoso do mundo.
Peter Pan : O Inicio da lenda (2015):
Direção Joe Wright, roteiro Jason Fuchs, baseado em Peter Pan de J. M. Barrie, elenco Hugh Jackman, Garrett Hedlund, Rooney Mara, Amanda Seyfried e Levi Miller.
Sinopse:
O filme conta a história de como e quando Peter Pan, um órfão que ainda não tinha esse nome virou o menino que não cresce e chegou a Terra do Nunca. Nesta aventura, ele encontrará muita diversão, perigo e descobrirá seu destino de se tornar um herói com nome de Peter Pan, junto aos meninos perdidos.
Crítica: Com um bom orçamento de US$ 150 milhões, Pan veio com a promessa de recontar o mito tão explorado no cinema e na TV do menino que se recusa a crescer, Peter Pan. E talvez esse seja o principal problema desta nova versão que tenta virar uma franquia em um filme exageradamente marcado com efeitos especiais e até com leves pitadas de musical, a falta de um drama descente fica claro logo no início, deixando a história rasa e sem profundidade. Pan é um tema complicado de se adaptar se não for feito pela Disney pelo p´roprio apelo infantil nas mãos da fada Tinkerbell (Sininho), justamente por ser um faz de conta que já ultrapassou gerações e que gera expectativas diferentes em quem assiste. Peter Pan já amargurou fracassos em filmes bem produzidos como o clássico Peter Pan (2003) do diretor P.J. Hogan que apesar de fazer um filme grandioso, com um orçamento de US$ 100 milhões, consegue alcançar apenas de US$ 120 milhões de bilheteria. É o único filme de Pan em que Hook é assumidamente o pai dos garotos perdidos no mundo real, simbologia que ficava quase imperceptível para os desavisados, mas talvez só claro para os psicólogos de plantão. Também tivemos o sucesso de Hook, A Volta do Capitão Gancho (1991) com o trio Spielberg, Robim Willians e Dustin Hoffman, que trabalha muito bem o conceito família e envelhecer e finalmente o dramático Em Busca da Terra do Nunca (2004) de Marc Foster com Johnny Depp, um filme totalmente adulto e até teatral, mas de uma beleza única.
Voltando ao filme Pan (2015), achei Joe Wright (Orgulho e Preconceito) muito superficial em seu trabalho, não que o mesmo tenha sido um fracasso de bilheteria ou não cumpra seu potencial de entretenimento, mas como já falei, esperava um pouco mais de drama no filme e isso não ocorre. Hugh Jackman, nosso bom Wolverine, ainda vive mais da fama do carrancudo xmen do que se encontrar em um novo papel que o destaque. Aqui está engraçado, até canta, mas não é o suficiente. Rooney Mara, uma das poucas coisas boas da versão americana de Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Millennium), aqui está simplória e Garrett Hedlund (Tróia) não está à altura de um Gancho e nem se parece com o personagem. Talvez se você nunca tiver assistido um bom filem de Pan ou lido o livro, você possa sem compromisso gostar deste aqui, que foi sucesso na Europa e no Brasil, mas fracassou nos EUA e para um fã de cinema e do personagem Peter Pan, é de longe é um dos mais fracos. A piada final quanto a amizade de Pan e Gancho ser volúvel, deixa claro a intenção de uma continuação.
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