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Os soldados secretos de Benghazi

Os soldados secretos de Benghazi
  • Publishedjulho 9, 2016

Onze anos após o ataque terrorista do 11 de setembro, os americanos sofreram um ataque em Benghazi. E o livro 13 Horas – Os Soldados Secretos de Benghazi esclarece esse infeliz acontecimento que matou quatro americanos e deixaram outros americanos feridos na Líbia.  O ataque terrorista ao Complexo de Missão Especial do Departamento de Estado dos EUA começou no dia 11 de setembro e só teve fim treze horas mais tarde. Subestimando os radicais islâmicos e os antiamericanos do Oriente, os funcionários da CIA e da GRS trabalhavam de modo totalmente inseguro em território hostil. O que está no livro é fruto de horas e horas de entrevistas com os operadores que estiveram no ataque ao Complexo e ao Anexo em Benghazi e várias outras fontes. Esse livro é considerado como o mais esclarecedor de todos os outros livros que abordam o tema Benghazi. Esse é o relato de Mark “Oz” Geist, Kris “Tanto” Paronto, John “Tig” Tiegen, Jack Silva, Dave “D.B” Benton e Tyrone “Rone” Woods.

A leitura é carregada de adrenalina e somos obrigados a não parar de ler e seguir todos os capítulos, desejosos de que tudo aquilo — diferente da realidade — acabasse bem. Mas o livro não é de ficção e infelizmente o que lemos é algo trágico, revoltante e desolador. As perguntas e críticas feitas ao governo Obama tenta obter respostas nos relatos da Equipe de Segurança do Anexo. O fato é que os americanos foram mandados para um território claramente antiamericano sem nenhuma segurança, mesmo que com os sete operadores que eram extremamente profissionais e que já haviam lutado em outras guerras, abandonados e negligenciados por aqueles que deveriam prezar por suas vidas. O Anexo e o Complexo eram alvos fáceis, pois comparados a outros anexos e complexos existentes em outros países do Oriente, eles eram muito desprotegidos. Além de que deveriam confiar em milícias que nem sabiam de qual lado estava. Grupos ligados à al-Qaeda e a outros grupos terroristas islâmicos brigavam entre si por poder. A presença de americanos em sua terra, um lembrete claro de que o Ocidente queria dominá-los, o faziam agir com hostilidades e os levaram a atacar covardemente aqueles que estavam ali para garantir um clima de paz e tolerância. Os islâmicos, principalmente os extremistas, acreditam que todo aquele que não segue Alá e não obedece ao seu profeta Maomé, precisa ser exterminado ou convertido. E é claro que eles queriam exterminar os americanos, e quase conseguiram.

Segundo Hillary Clinton, o que tinha levado aqueles islâmicos a atacar o Complexo e o Anexo seria um vídeo antimuçulmano postado no YouTube. O trailer do filme O Muçulmano Inocente havia causado revolta no Cairo, por isso, a ex-secretária de Estado culpou o “vídeo raivoso” pelo ataque em Benghazi. E isso gerou mais críticas e do mesmo modo elogios. Para o governo Obama, o ataque não tinha ligação com à al-Qaeda e isso também foi e é motivo de duras críticas ao seu governo. Muitos o acusam por não ter previsto esse ataque e por não atender aos pedidos para reforçar a segurança no Complexo e no Anexo. Perguntado recentemente sobre qual seria seu pior erro, Obama afirmou que “Provavelmente não ter executado um plano para o ‘depois’, o dia seguinte do que foi, acredito, uma intervenção justificada na Líbia”.

13 Horas foi uma leitura angustiante e que manteve meu coração pulsando. Ao fazer uma resenha, a gente tenta ser imparcial, mas o que eu senti quando lia os relatos dos soldados secretos de Benghazi, meu pensamento só era esse: O Ocidente precisa, urgentemente, acabar com esses terroristas! E não só para o Obama, mas para seus críticos — e aqui me incluo — seu pior erro foi não ter feito uma intervenção assim que o regime do ditador Muammar Kadhafi caiu. Talvez essas treze horas não havia se passado da maneira que foi, e nenhum americano teria morrido ou ficado ferido.

Em 2016 a Paramount Pictures adaptou para o cinema esse livro. Confira o trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=Wpsqh73gB78

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