O longa metragem O Grande Circo Mistico do cineasta Cacá Diegues é o representante nacional para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Califórnia, EUA. A direção é do próprio cineasta e o roteiro é compartilhado com George Moura e inspirado no poema de 47 versos contido no livro A Túnica Inconsútil (1938), de Jorge de Lima.
Ao todo foram 22 longas-metragens brasileiros concorrendo a representante do país, a seleção foi feita pela comissão estabelecida entre o Ministério da Cultura e a Academia Brasileira de Cinema – ABC. O júri incluiu nomes da cultura brasileira como a atriz Barbara Paz.
“O principal motivo para escolhermos esse filme dentre muitos tantos foi a sua poesia visual e sonora mostrada na tela do cinema” ressalta a produtora Lucy Barreto “sem contar o modo como representa a cultura brasileira através do mundo circense e da vivência dos personagens”
Jefferson De ressaltou também a influência da última conquista de um dos fundadores do Cinema Novo: se tornou o novo imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha e pelo fundador da ABL, Valentim Magalhães. “Quem sabe, um dia, ele não integra a Seleção de Futebol” brinca.
Sinopse: O filme conta a história de cinco gerações de uma mesma família proprietária do circo. Da inauguração do Grande Circo Místico em 1910 até os dias de hoje, o público vai acompanhar, com a ajuda de Celavi, mestre de cerimônias que nunca envelhece, as aventuras e amores da família Kieps, do seu auge a sua decadência, até o surpreendente final. Um filme que mescla realidade com fantasia em um universo místico.
FICHA TÉCNICA
Direção: Cacá Diegues
Roteiro: George Moura e Cacá Diegues
Elenco: Jesuíta Barbosa, Mariana Ximenes, Bruna Linzmeyer, Rafael Lozano, Catherine Mouchet, Antônio Fagundes, Vincent Cassel
Distribuição: Downtown Filmes
Coprodução: Globo Filmes
Se tudo der certo, estará entre os cinco indicados na cerimonia de premiação do Oscar e assim quebrar os vinte anos de ausencia do país na categoria, deixado por O Que é isso, Companheiro? de Bruno Barreto.