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FILMES CRÍTICAS

A Noite da Virada

A Noite da Virada
  • Publicado em: dezembro 28, 2017

Úlltima semana do ano, época de fazer planos para o próximo ano e para a noite de Reveillon. Como estão seus planos por aí? Eu já estou escrevendo minhas metas para 2017 e  consciente que meu réveillon será de molho em casa, recuperando de um procedimento cirúrgico (vão tirar meus cisos).

Como ficarei de molho, já estou planejando assistir um filme sobre reveilon tomando um sorvetinho (sim, sorvete será minha ceia de Ano Novo), esse filme é “A Noite do Ano Novo” (“New Year’s Eve” – 2011).

Esse é um filme naquele estilo mosaico, sabe, que mostra várias histórias, com uma pequena ligação entre elas, no final sempre mostrando vários pontos de vista de um evento. Gosto desse estilo, já assisti sobre o Natal, o “Simplesmente Amor” (“Love Actually” – 2003; é o que tem Rodrigo Santoro) e o sobre o Dia dos Namorados dos EUA, o “Idas e Vindas no Amor” (“Valentine’s Day” – 2010).

Esse tipo de filme é interessante justamente por mostrar todos esses aspectos de um só evento em um local específico. Além disso, é uma oportunidade comercial de unir grandes nomes da indústria cinematográfica. Imagina que louca, colocar um monte de estrela em um só filme, sem estrelismo? É um prato cheio para fãs como eu.

São várias histórias e, para entender as ligações, é preciso prestar atenção. Vou falar alguns pontos interessantes citando já os nomes que constam no elenco.

O ponto principal é a véspera de ano novo em Nova Iorque, em que tem a tradicional festa no Times Square, é a famosa decida da bola (passa na Globo kkkk). Essa festa não é a tal subida, envolve algumas atrações musicais para os milhares de espectadores.

A escolhida para preparar essa festa toda foi Claire Morgan, vivida por Hilary Swank (famosa por “Garota de Ouro). Por lá ela enfrenta dois grandes problemas, um problema elétrico na bola (atração principal) e a quase falta da atração musical. O primeiro havia meio que uma solução, a volta de um funcionário antigo que havia sido despedido no dia anterior.

Enquanto isso a atração musical, o famoso cantor Jensen, vivido pelo também famoso Jon Bon Jovi (conservado no formol, lógico!), estava com o coração partido, o que o fez atrasar para o show na Times Square. A situação foi a seguinte, no ano anterior ele havia pedido a namorada, a chef de cozinha Laura (interpretada por Katherine Heigl, de “Grey’s Anatomy”), mas a abandonou no dia seguinte. Passou um ano tentando se encontrar com ela para se desculpar e pedir uma segunda chance.

Laura foi contratada para ser a chef da festa de reveillon da Gravadora Ahern, uma das mais badaladas de Nova Iorque. Essa festa é o “cenário” da história de Laura e Jensen (que também foi cantar por lá) e de mais duas, a de Sam, filho do falecido dono da gravadora, e de Paul.

Sam, vivido por Josh Duhamel (famoso pelos filmes da sequência de “Transformer’s”), precisa continuar a tradição da festa de reveillon da Gravadora Ahern dando um grande discurso, mas está tendo problemas para chegar na lá. Ele foi ser padrinho de casamento de um amigo fora da cidade, na volta ele quebra o carro e pega carona com o pastor e família, em um trailer. Além disso Sam tinha uma outra missão, rever uma misteriosa mulher com quem se encontrou no último reveillon.

Paul, interpretado por Zac Efron (o eterno, pelo menos para mim, Troy Bolton de “High School Musical”), é um entregador dos correios de olho nas festas de réveillon. Ele foi deixar uma encomenda em uma gravadora, por lá conversa com Ingrid, a secretária do chefe dessa gravadora. Qual era a encomenda? Ingressos para a festa da Gravadora Ahern, que seria o sonho de Paul para aquela noite.

Ingrid é secretária há muitos anos, muito submissa e que nunca correu atrás de suas metas de ano novo. Isso é muito curioso, já que quem a interpreta é a exuberante Michelle Pfeiffer (“Uma Lição de Amor”, “Haispray”, etc). Ela cansa da exploração que vive e pede demissão. Vai além, pega os ingressos da festa dos Ahern e, assim, contrata Paul para que ele a ajude a realizar sua lista de metas de ano novo até a meia noite. Paul faz com toda a energia e criatividade que tinha, afinal era tudo o que ele queria para aquela noite. Passa o dia tentando contactar seu amigo, o parceiro das farras, Randy.

Randy é vivido por Ashton Kutcher (ele fez a história principal “Idas e Vindas do Amor”, outro filme em mosaico maravilhoso), e é daqueles sujeitos desanimados com as festas, não vê graça nenhuma nisso. Então tira toda a decoração do corredor de seu andar e iria jogar no lixo, mas ficou preso no elevador junto com uma vizinha, Elise (Lea Michele, de Glee), que, aliás estava apressada para chegar na festa do Times Square porque iria trabalhar lá.

Paul tem ligação com outra história, a da sua irmã Kim, vivida por Sarah Jessica Parker (a glamourosa Carrie Bradshaw de “Sex and the City). Ela é mãe solteira que encara o gênio da filha adolescente (Abigail Breslin, de “Pequena Miss Sunshine”), que é uma reflexão do que ela mesma era naquela idade. A menina foge para a festa da Times Square porque quer ver seu “crush”, mesmo sabendo que a mãe havia cancelado uma celebração super especial só para ficar com ela.

Ao mesmo tempo que acontece a preparação dessas festas, um hospital vive uma dualidade, o nascimento e a morte na noite de ano novo. De um lado tem dois casais “brigando” para ver qual bebê nascerá à meia noite (ou o mais próximo possível) para ganhar uma grande prêmio em dinheiro. A graça dessa história é a obstetra, vivida por Carla Gugino (“A Múmia”), que é o equilíbrio honesto no meio da “guerra” e tem aquele ar de zen.

Por outro lado, tem um doente terminal, interpretado por Robert De Niro (não precisa de apresentações, não é?!) que se recusa a fazer qualquer tratamento, quer apenas sobreviver até a virada do ano para ver a bola da Times Square cair. Quem simpatiza com sua história que cuida dele até umas 23h30 (a hora é importante) é a enfermeira Aimee, vivida por Halle Berry (Tempestade de “X-Men”, a Mulher Gato do filme homônimo, etc).

Todas as histórias têm alguma lição por trás, mas, particularmente, a de Ingrid e Paul é a melhor. Envolve a definição de metas, a decisão de tomar de conta do rumo da sua vida em qualquer momento, além da diferença de idade. Ingrid tem o dobro da idade de Paul, mas quem aprende mais é ela, a viver a vida com mais prazer. Isso tudo com muito humor, escolheram atores perfeitos para isso, ela atinge pelo o inusitado e ele pelo quase clichê.

Pois é gente, com isso concluo esse ano de 2016, espero que continuem ligadinhos aqui no site e na coluna. Tenham um excelente ano novo, que vocês tenham alguma experiência boa como essas citadas. Beijinhos e até próximo ano!

Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

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