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FILMES CRÍTICAS

No limits to Bruce – “Loucos e Perigosos”

No limits to Bruce – “Loucos e Perigosos”
  • Publicado em: dezembro 7, 2017

A idade não significa muita coisa para alguns, sempre terão aquela energia de seguir com a vida, mesmo que seja cometendo os mesmo erros até quebrar a cara de vez.

Quebrar a cara Steve, no filme “Loucos e Perigosos” (“Once Upon a Time in Venice” – 2017), já quebrou muito, mas nunca aprenderá a lição. Ele é um detetive desonrado da polícia de Los Angeles que se tornou detetive particular, e gosta de se sentir uma grande figura local.

Agora ele tem dois casos que têm elementos pessoais. Um é do grande empresário do ramo imobiliário que comprou a casa da família de Steve, um pichador está fazendo suas artes indecentes em seus prédios, o que os têm desvalorizado, e ele quer encontrar o moço para interromper as pichações. O pagamento é a casa da família de volta.

Do outro lado, a casa da sua irmã e sobrinha foi assaltada, eles levaram tudo de valor de lá, inclusive o cachorro, que está na família desde que Steve era criança, é o grande amigo dele. Ele descobre que o responsável é o traficante Spyder, com quem ele já tem uma treta, porque roubou o carro que ele já tinha roubado de um amigo de Steve, que cobra o esse “favor” para o salvar de outra treta.

Agora entenderam por que não existem limites para esse jovem senhor? Para todos os lados ele tem treta, e para resolver um ele faz outra, as vezes pior ainda!

Como ele se preocupa mais com o cachorro, deixa o pichador com seu assistente, John, que é quem narra a história. John é esforçado, mas não tem malícia para o ramo, acaba se apaixonando no meio do caminho (pela moça que estava saindo com Steve), atrapalha-se com algumas pistas. Ainda assim consegue descobrir quem é o rapaz.

Enquanto John fica de tocaia, Steve vai procurar por Spyder e tem que pensar em como voltar vivo. Eles fizeram um acordo, Steve pagaria alguns mil dolares para Spyder devido ao carro e outros objetos quebrados no dia seguinte, e aí devolveria o cachorro.

O que Steve faz? Pede empréstimo para alguém decente, que não ofere riscos nenhum? Lógico que não, ele vai atrás do agiota Yuri, que dá o prazo de 24h para o pagamento, ameaçando o cliente com uma tortura com requintes de crueldade.

Steve paga a Spyder, mas a namorada dele foge com o cachorro e a maleta com as drogas que ele deveria vender, então manda Steve ir atrás dela dizendo que paga o triplo do que ele pagou, ele aceita. Vai atrás dela, encontra o cachorro, mas não a maleta, nem consegue pegar o amiguinho.

No dia seguinte Yuri cobra a dívida, que ele paga com o dinheiro emprestado do amigo que está se divorciando (que era para ter feito desde o início), já que ainda não resolveu o caso de Spyder.

Com muita confusão, Steve consegue encontrar a maleta, que já estava quase fazia, recuperar o cachorro, encontrar o pichador e descobrir o plano do rival do seu cliente corretor e a casa da família de volta.

Esse é um filme para assistir num final de noite, depois daquele “dia de adulto”, que você só lida com coisas extremamente sérias e precisa rir de besteiras. Não diria que é um besteirol porque tem toda uma estratégia por trás as ações loucas de Steve, então tem conteúdo, mas os outros elementos estão lá.

Steve é vivido por Bruce Willis, esse jovem senhor de 62 anos conhecido pelos filmes de ação, uns sérios, outros com pitadas de comédias. Esse jovem senhor, que está conservado no formol, protagonizou uma cena enorme de perseguição em que ele está completamente PELADO e andando num skate!

Não sei se fiquei chocada por causa da idade, se ficava preocupada dele andando no meio do trânsito só com um skate ou se torcia para ele correr o máximo possível para não ser pego. De todo jeito, um ator que tem essa coragem merece nosso respeito, palmas Bruce, não existem limites.

Mas não é só Bruce que está no filme. O traficante Spyder é interpretado por Jason Momoa, o Aquaman, aquele que é o segurança de seus seguranças. Porém ele está caracterizado de forma esteriotipada, para causar humor, com um bigode bizarro, uma bandana velha na cabeça, um óculos bem cara de contrabando e uma camisa branca colada, beeeeeeem diferente do Aquaman. Mas lindo do mesmo jeito, porque isso num muda.

O amigo de Steve que está deprimido com um processo de divórcio difícil, Dave, é interpretado por John Goodman, o Fred Flinstone da minha infância (geração Sessão da Tarde vai entender), o pai de Becky Bloomwood, a voz original de Pacha, da “Nova Onda do Imperador da Disney”, e tantos outros papeis mais ou menos sérios, mas nada comparada a esse. Melhor parte de Dave é quando ele se mete a ajudar Steve na trata com Spyder.

A irmã de Steve, Katey, abandonada pelo marido e sem muitas perspectivas de futuro, além da filha e da possível volta do marido, é vivida por Famke Janssen. Sim senhoras e senhores, outra heroína jogada nas confusões de Steve, ela fez a Jean Grey por quem Logan se apaixonou nos primeiros filmes dos “X-Men”.

Dá para perceber que é bem divertido, né? Recomendo de verdade!!

Beijinhos e até mais.

Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

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