Ninfomaníaca de Lars von Trier (2014 / 2014):

Salve Nosetmaniáco, eu sou Marcelo Moura e hije falamos do complicado filme de Lars. 

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Lars von Trier (Copenhague, 30 de abril de 1956) é um cineasta dinamarquês. A partícula “von” foi adotada por Lars von Trier durante o período em que esteve na Danish Film School. O motivo para sua inclusão no apelido foi a alcunha que os seus amigos da época lhe deram. Lars ficou conhecido após fundar, junto com Thomas Vinterberg, o manifesto Dogma 95, no qual há 10 regras para a produção de filmes, como: não usar cenários, não usar banda sonora, usar apenas câmera de ombro etc. O seu único filme que segue essas regras é: «Idioterne» ou, Os Idiotas. Seu projeto mais ambicioso é um projeto pessoal em que roda três minutos de filme todos os anos em diferentes locais na Europa. A sua intenção é realizar este trabalho durante 33 anos e, como ele teve início em 1991, a previsão é de que o filme seja lançado, apenas, em 2024. Lars é conhecido por seu estilo e palestras polêmicas, principalmente no Festival de Cannes onde em uma conferência de imprensa do Festival de Cannes (edição 2011), o diretor afirmou: “Eu entendo Hitler, embora saiba que fez coisas erradas. Sei disso. Só estou dizendo que entendo o homem, não é o que chamaríamos de um bom homem, mas simpatizo um pouco com ele”. Com esta declaração, o diretor foi banido do evento em 2011 e declarado, naquele ano, persona non grata pelo conselho dirigente do festival. Em 2013, no entanto, o diretor dinamarquês foi bem-vindo novamente ao festival.

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Seus Principais filmes são: 2014 – “The Nymphomaniac 2”, 2013 – The Nymphomaniac, 2011 – Melancholia, 2009 – Anticristo, 2006 – Direktøren for det hele (O Grande Chefe), 2005 – Manderlay, 2003 – Dogville, 2003 – De fem benspænd (As Cinco Obstruções), 2001 – D-dag – TV, 2000 – Dancer in the Dark (Dançando no Escuro), 2000 – D-dag – TV, 2000 – D-dag – Lise – TV, 1998 – Idioterne (Os Idiotas), 1997 – The Kingdom II – TV, 1996 – Ondas do Destino (Breaking the Waves), 1994 – Riget – TV, 1991 – Europa, 1988 – Epidemic, 1987 – Medea (Medeia) – TV, 1984 – Forbrydelsens element, 1982 – Befrielsesbilleder, 1981 – Den Sidste detalje – Curta, 1980 – Nocturne – Curta, 1979 – Menthe – la bienheureuse – Curta, 1977 – Orchidégartneren – Curta.

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Prémios: (1996) Prémio César, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, por “Ondas do Destino”, (1991) Melhor Contribuição Artística, no Festival de Cannes, por “Europa”, (1991) Grande Prémio do Júri, no Festival de Cannes, por “Europa”, (1996) Grande Prémio do Júri, por “Ondas do Destino”, (2000) Palma de Ouro, no Festival de Cannes, por Dançando no Escuro,(1986) Prémio Técnico, no Festival de Cannes por “Forbrydelsen Element”, (1991) Prémio Técnico, no Festival de Cannes por “Europa”, (2000) Prémio Goya de Melhor Filme Europeu, por “Dançando no Escuro”, (2000) Prémio Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro por “Dançando no Escuro”, (1996) Indicação ao Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, por Ondas do Destino (1986), (2000) Indicação ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original por “I’ve seen it all”; trilha sonora de Dançando no Escuro, (2000) Indicação ao prêmio César na categoria de Melhor Filme Estrangeiro po “Dançando no escuro”, (2000) Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original, por “I’ve seen it all”, música da trilha sonora de Dançando no escuro.

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Ninfomaníaca (2014):
Direção e roteiro Lars von Trier, elenco Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Young Joe, Shia LaBeouf, Christian Slater, Jamie Bell, Uma Thurman, Willem Dafoe, Mia Goth, Sophie Kennedy Clark, Connie Nielsen e Michael Pas.

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Sinopse: Bastante machucada e largada em um beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele a leva para sua casa, onde possa descansar e se recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida para Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê de sua autoavaliação.

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Curiosidades: Ninfomaníaca é dividido em duas partes, sendo que a sua segunda, lançada em março de 2014 com mais de 2 horas de duração. O filme veio causando bastante polêmica pelo o tema abordado, e claro, pelas cenas de sexo explícito com a atriz Charlotte Gainsbourg e vários atores do elenco do filme. Algumas críticas foram bem positivas como a feita por “Francisco Russo”, crítico do site AdoroCinema.com: “Ninfomaníaca é encantador, nem tanto pelo tema abordado, que acaba se tornando menor diante do que von Trier tem a dizer, mas especialmente pela forma como é retratado. É verdade que Ninfomaníaca traz várias cenas de sexo, de nudez frontal e algumas explícitas, com direito a penetração, mas elas são apenas o meio através do qual a mensagem principal é transmitida: a busca de sentir algo, seja lá o que for. É esta eterna ambição que fez com que Joe tivesse sua sexualidade tão exacerbada quando ainda jovem. Da mesma forma, o não sentir algo fez com que se arriscasse cada vez mais, sem medir consequências, como se estivesse em uma busca ensandecida por algo vital que jamais encontraria, ao menos não da forma como sempre procurou. Extremamente provocador, não apenas pelo tema mas também pelo formato, como demonstram os minutos iniciais onde o espectador é obrigado a aguardar o início tardio do filme, Ninfomaníaca Volume 1 encanta pela ousadia. Ao explorar um tema tabu, ao trazer uma profunda análise emocional sobre algo que poderia facilmente ser banalizado, ao fazer graça em momentos surpreendentes, ao tirar o espectador do conforto de sua poltrona. Ou por momentos tão sutis, como o breve sorriso sacana de Stellan Skarsgård ao vislumbrar o passado de Joe. Trata-se de um filme ambicioso que deixa uma expectativa enorme para o que vem a seguir, por mais que as cenas do próximo volume, presentes ao término da sessão, deem uma certa ideia do que acontecerá. Seu único pecado é o episódio Delírio, pela sensação de gratuidade que transmite em relação à história como um todo. Um grande filme, que exige que o espectador se dispa de preconceitos e moralismos para captar a essência da história – por mais que von Trier, ainda bem, adore uma boa polêmica.”

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Crítica: O problema de você assistir a um filme que foi extremamente discutido por seus amigos e elogiado como vanguarda do cinema é que você cria uma expectativa imensa sobre o mesmo e a decepção pode ser avassaladora. Com um orçamento baixíssimo de 6,7 milhões de Euros, um elenco estelar e todo meu amor ao Cinema Europeu, este aqui ficou muito aquém do que eu esperava. Ninfomaníaca é um filme extremamente lento, chato e que só empolga nos primeiros trinta minutos, após isso é uma repetição de sexo com culpa, depressão e desgraças emocionais sem fim. Esta repetição cansa e provoca uma falta de atenção ao filme que faz com que você sinta vontade de desistir e sair de frente da TV em vários momentos, se perguntando se falta muito para acabar. O filme só me serviu para entender o que não gosto de ver no cinema, não importa a nacionalidade. Ninfomaníaca pode ser um grande trabalho masoquista e provocador para Cannes, e isso foi o melhor que vi nele, fugindo totalmente de filmes hollywoodianos e seu diretor além não segue clichês americanizados de herói e vilão, mas me lembrou do meu tempo de faculdade onde me sentava com os intelectuais e tinha que ouvir aquele papo que este e aquele diretor são vanguarda, que o mercado ainda não está pronto para isso, aquilo e por aí vai, mas sempre me perguntei se isso é filosofia cinematográfica ou apenas uma fuga para um filme mais emocional concreto, com seres com defeitos reais. É sempre bom lembrarmos para quem é feito o cinema, para que público e porque diretor. Não se entra em um cinema sem saber a onde você quer ir, é como entrar em um bairro da periferia porque você gostou do nome do local, e se você entra no cinema só porque acha que Ninfomaníaca vai te dar horas de prazer, se enganou feio meu amigo. Parei de assistir o primeiro filme em exatamente aos 100 minutos de seus 122 totais e ainda tenho que ver este final e seus mais 122 minutos do segundo filme Ninfomaníaca Parte 2, mas deixa isso para um dia que eu estiver de mal com o mundo e sem vontade de viver, porque do contrário não vai mais.

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