Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um estranho filme com um estranho contexto,
Demônio de Neon (2016): Direção Nicolas Winding Refn, produção Lene Børglum, roteiro Nicolas Winding Refn, elenco Elle Fanning, Karl Glusman, Jena Malone e Bella Heathcot. The Neon Demon é um filme americano de terror psicológico de 2016 dirigido e escrito por Nicolas Winding Refn. Teve sua primeira aparição no Festival de Cannes 2016 em 24 de julho. O longa foi um fracasso de bilheteria, arrecadando um pouco mais de 3 dos 7 milhões de dólares do orçamento, além de ser extremamente criticado por cenas violentas e necrofilia.
Sinopse: Jesse, de 16 anos, acaba de se mudar de uma cidade pequena para Los Angeles. Sua primeira sessão de fotos é feita por Dean. Ela conhece a maquiadora Ruby, que apresenta outros modelos mais antigos Sarah e Gigi. As três mulheres estão intrigadas com a beleza natural de Jesse, bem como curiosas sobre suas proclividades sexuais.
Crítica: O diretor dinamarquês Refn não é conhecido por ter um estilo hollywoodiano ou criar seus processos cinematográficos de maneira fácil para o público apreciar. Me lembro de já ter assistido O Guerreiro Silencioso de 2009, com o fabuloso Mads Mikkelsen (Dr. Estranho e 007) no elenco e achado o filme super difícil de se entender, principalmente porque o diálogo não é o principal no filme, mas sim as atitudes e a relação conceitual e psicológica que o diretor tenta passar em seus trabalhos.
Demônio de Neon brinca com a boa vontade de seu público e exige uma vontade superior para reparar no que o diretor tenta retratar em seu projeto. Visualmente, o filme é perfeito, mas pena que é só isso mesmo. Um roteiro contado somente nas imagens, que tenta levar o público através de situações psicológicas e interpretativas para as vidas de modelos, comparadas com zumbis ou seres sem vida, até um tipo de vampiro ou bruxa, com um final difícil de não se reclamar. Cenas de sexo, necrofilia, bruxaria, assassinato e ciúmes são retratados de maneira “poética”, mas não tem este efeito simples que deveria.
No elenco, Elle Fanning (Jesse), que fez Malévola e A Lei da Noite, não atua, apenas desfila fazendo caras e bocas no filme, mais culpa de seu papel que a transformou em uma boneca sem sentimentos do que de sua atuação. Jena Malone (Ruby), de Jogos Vorazes e Superman vs Batman, parece ser a única personagem que em determinados momentos tem alguma atuação, mas muito pouco para um filme tão grande. Keanu Reeves (Hank), de Matrix, está cada vez mais fazendo papéis fracos e sem expressão, e aqui não é uma exceção.
Curiosidades: Owen Gleiberman, da Variety deu ao filme uma revisão mista: “um filme de terror é o que The Neon Demon é. Ele está definido no mundo da moda de Los Angeles e é o tipo de filme em que as modelos se parecem manequins. Os cadáveres de filmes slasher e cadáveres se parecem com objetos de amor. A beleza mistura-se com a carne mutilada e cada imagem delicadamente lisa parece ter saído de Twin Peaks: Fire Walk With Me, The Shining ou uma versão muito doente de um comercial da Calvin Klein. Cada cena, cada plano, cada linha de diálogo, cada pausa é tão hipnoticamente composta, tão luxuosamente deliberada, que o público não pode deixar de supor que Refn sabe exatamente o que ele está fazendo: está nos preparando para a matança. No entanto, não se você estiver à procura de um filme que faça sentido.” Glenn Kenny do The New York Times criticou o filme chamando de “ridículo e pueril”, e opinou: “O Sr. Refn compõe imagens impressionantes, mas elas são todas de segunda mão: Fellini falso, David Lynch falso e assim por diante.” No Rotten Tomatoes tem uma classificação “podre” de 57% com o consenso: “The Neon Demon é sedutoramente elegante, mas o olho assegurado de Nicolas Winding Refn não consegue compensar um enredo subdesenvolvido e personagens finamente escritos”.
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