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FILMES CRÍTICAS

Naftalina: Krull

Naftalina: Krull
  • Publishedmarço 20, 2017

Ah, os anos 80… anos inesquecíveis que marcaram uma geração. Nunca uma época foi tão nostálgica. Quem viveu aquela época, seja criança ou adulta, se lembra com muito carinho (e vergonha) das roupas estranhas, cabelos e penteados, músicas rock-pop-trash, além dos desenhos, brinquedos, e, obviamente, filmes. Esta coluna tem por objetivo resgatar a memória de quem assistiu a melhor fase da sessão da tarde, cinema em casa, entre outros. Em uma decisão arriscada, decidi rever a maior parte possível dos clássicos que marcaram essa década e que guardo com carinho em minha memória. Alguns deveriam ser assistidos sempre. Outros deveriam nunca mais ser vistos… Vou falar das histórias, atores, personagens e trilhas sonoras dos filmes. Consideramos que o prazo de validade da palavra spoiler já está vencido. Este é o Projeto 80 – Naftalina!

O filme de hoje é KRULL (1983). Além do nosso tempo e universo, existe um planeta chamado Krull, assediado por invasores alienígenas. Ali, um jovem rei precisa salvar sua jovem esposa das garras da Besta ou arriscar o fim do seu mundo.

O filme se passa no planeta Krull e mostra a aventura do jovem príncipe Colwyn para salvar sua noiva, a princesa Lyssa, sequestrada por um monstro conhecido como a Besta no dia de seu casamento. Segundo uma profecia antiga, uma bela princesa se uniria a um jovem príncipe de outro reino, tornando-se rainha dos dois reinos e seu filho iria governar a galáxia. Com medo de perder o seu poder, a Besta envia seus assassinos, Slayers, que soltavam um grito estranho quando morriam e iam pra debaixo da terra, para matar a todos na cerimônia. Colwyn é ferido e acaba sendo deixado como morto. O príncipe, ajudado pelo velho Ynyr, parte para um jornada rumo ao resgate de Lyssa.

Lyssa é aprisionada na Fortaleza Negra, que muda de lugar a cada dia. Então também será necessário encontrar videntes ou feiticeiros que consigam descobrir sua localização, e nessa busca Colwyn conhece Ergo – O Magnífico, um atrapalhado aprendiz de feiticeiro que se transforma em animais (como patos, cachorros e tigres), e um vidente cego acompanhado por um garoto chamado Titch. Também juntam-se à equipe um grupo de mercenários fugitivos liderados por Torquil e o ciclope Rell. Os ciclopes deram um olho a um feiticeiro para ter o poder de ver o futuro, mas foram enganados e o único futuro que conseguem ver é o dia de sua própria morte.

Antes de combater a Besta, Colwyn também precisa encontrar uma lendária arma mítica que é símbolo do seu reino, a Glaive (ou em outras traduções chamada de Gladius), uma espécie de bumerangue de cinco pontas com lâminas. Mais personagens vão aparecendo durante a aventura, como a viúva da teia, presa em uma caverna vigiada por uma aranha branca, e as éguas de fogo, que viajavam mil léguas em um único dia.

Parte do elenco atua até hoje. Colwyn foi intepretado por Ken Marshall, que tem poucos filmes no curriculum e desde 2003 não aparece. A princesa Lyssa foi vivida pela americana Lysette Anthony (e DUBLADA pela inglesa Lindsay Crouse. Oi ?!?). A atriz atua até hoje em filmes de pouca expressão. O “velho” Ynyr é Freddie Jones, ainda na ativa aos 89 anos e com participação em vários filmes conhecidos como Duna, O conde de Monte Cristo, O homem elefante, etc. Alun Armstrong (Torquill) está atualmente na série Frontier e participou de filmes como Coração Valente e A lenda do cavaleiro sem cabeça. David Battley (Ergo) faleceu em 2003. Participou de filmes como A Fantástica Fábrica de Chocolate. Apesar de ter atuado em Krull como um jovem mágico, já tinha 48 anos quando filmou o longa. O ciclope foi vivido por Bernand Bresslaw, que faleceu em 1993. A viúva da teia é Francesca Annis, que também participou de Duna e atua em filmes e séries até hoje. O vidente foi o último trabalho de John Welshm que faleceu pouco tempo depois. O diretor do filme é Peter Yates. Uma das maiores surpresas é Kegan, um dos membros do grupo de mercenários. Seu intérprete, na época com 31 anos, praticamente um estreante, era ninguém menos que Lian Neeson, que imagino hoje dispensar apresentações.

Uma mistura de ação, aventura, magia e fantasia que durante muito tempo prendeu minha atenção e foi muito bom poder revê-lo após mais de 30 anos. Hoje em dia é claro que os efeitos especiais são datados, a Besta é pior do que qualquer máscara de carnaval e as lutas hoje não são mais empolgantes quanto na época, mas ainda assim é uma boa pedida pra uma sessão nostalgia.

Written By
Leonardo Casillo

Professor (computação), músico (teclado), blogueiro (leocasillo), nordestino (Mossoró-RN), nerd (que a Força esteja com você!) e cinéfilo (menos terror).

1 Comment

  • “Não há amor nessa forma!”
    “Eu dou a minha vida para aquela que tem o meu nome!”
    “Eu precisava de alguém para descontar meu ódio!”

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