Crítica: Mulan Live Action 2020 no Disney+

Salve Nosetmanicos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais um parceiro do Noset, a Disney+ e seu novo lançamento Live Action Mulan. Mulan é um filme americano de 2020, dos gêneros fantasia, aventura, drama, guerra e ação, dirigido por Niki Caro com o roteiro de Elizabeth Martin, Lauren Hynek, Rick Jaffa e Amanda Silver, e produzido pela Walt Disney Pictures. É uma adaptação em live-action do filme de animação homônimo da Disney de 1998, que por sua vez é uma adaptação da lenda chinesa de Hua Mulan. O filme é estrelado por Liu Yifei como a personagem-título e conta também com os atores Donnie Yen, Tzi Ma, Jason Scott Lee e Jet Li.

Sinopse: Em Mulan, Hua Mulan (Liu Yifei) é a espirituosa e determinada filha mais velha de um honrado guerreiro. Quando o Imperador da China emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial, Mulan decide tomar o lugar de seu pai, que está doente. Assumindo a identidade de Hua Jun, ela se disfarça de homem para combater os invasores que estão atacando sua nação, provando-se uma grande guerreira.

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Crítica: Eu particularmente adorei Mulan 2020, muito superior a versão também live action chinesa de 2009, esta produção em exibição na Disney+  respeita todo o conteúdo de Walt Disney, a lenda chinesa e ao mesmo tempo todo o trabalho belíssimo de adaptação de uma animação de 1998 para 2020. Mulan tem o mesmo cuidado visto na transposição de Aladdin e com a grandiosidade que só a casa do Mickey tem de se contar uma boa história e mesmo que com pequenos erros na produção, isso não diminui a beleza visual e obra da ótima diretora neozelandesa Niki Caro (O Zoológico de Varsóvia). Ao final do filme me senti satisfeito com o que vi e a sensação que, mesmo não sendo um musical ou tendo as liberdades de uma animação, o filme foi bem representado como ação e poeticamente interpretado com a Fênix entre outros exemplos o que o tornam a altura de filmes como O Tigre e o Dragão (2000).

Talvez, a falta de profundidade dos personagens, que passam sem um background interessante seja o maior pecado do roteiro de Elizabeth Martin, Lauren Hynek, Rick Jaffa e Amanda Silver, que parecem ter dificuldade de tornar todos os personagens da historia interessantes. O maior exemplo está em Jason Scott Lee (O Livro da Selva), que se esforça muito para criar um vilão violento e forte, mas ainda vingativo pela morte do seu pai, mas que no fundo parece uma criança mimada que quer algo que não tem direito. A presença de Jet Li e quase esquecível, sendo um coadjuvante caríssimo em uma produção que não precisava dele a não ser para homenagear o ator. Gong Li tinha um papel central na trama como a contra parte de Liu Yifei, mas só no final do filme se mostrou interessante. E para terminar a lindíssima Liu Yifei, que se entrega de cabeça ao papel e tem um desempenho até louvável, mas sua caracterização masculina só é comparável aos óculos do Superman, de tão questionável o fato de ela ser invisível a todos como mulher.

Termino a crítica dizendo que mesmo com estes pequenos problemas, Mulan é um filme que facilmente assistiria novamente, e que assim como seu original na animação, tem todos os méritos para se tornar memorável e ter uma continuação no mesmo nível. 

Recepção da crítica mundial: No site Rotten Tomatoes, o filme mantém taxa de aprovação de 75% baseada em 253 análises, com média de 6.8/10. O consenso crítico do site afirma que “o filme poderia ter contado sua história clássico com maior profundidade, porém a adaptação live action de Mulan é uma maravilha visual que serve como uma renovação enérgica ao seu predecessor.” No site Metacritic, o filme possui média avaliativa de 76/100, baseada em 51 análises, indicando “críticas majoritariamente positivas”.

Richard Roeper, do Chicago Sun-Times concedeu ao filme 3.5 de 4 estrelas, elogiando “o elenco refinado, ação excitante e visuais espetaculares” e escreveu que “é um belo filme, com maravilhosos cenários e ação deslumbrante e cores tão vibrantes que poderiam impressionar uma fábrica da Crayola, ainda será bem exibido em nossos monitores. Há ótimos tons de laranja e magenta, azul e amarelo, é como se estivéssemos vendo tais cores pela primeira vez.” Kate Erbland, da revista IndieWire, deu ao filme uma nota “B+”, considerando-o “uma ação marcante que marca seu próprio caminho” e acrescentou que “Mulan talvez seja o melhor exemplo de como unir o original com o novo.”

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