Missão: Impossível – Efeito Fallout. O sangue da vingança nunca seca.

O primeiro fato que precisa ser observado sobre os filmes onde Ethan Hunt é o protagonista está na manutenção da qualidade. Todos os filmes da série foram muito bons, mas Missão Impossível: Efeito Fallout chegou a outro patamar. Sigam comigo neste post e vou explicar tudo minuciosamente. Antes, vamos ao trailer!

Um roteiro comum com atuações incomuns.

Filmes com reviravoltas e cenas de prender o espectador à poltrona não são incomuns. Entretanto, mesmo diante de algo bem próximo ao já visto em outros filmes da franquia, esse teve uma trama muito bem amarrada. Os elementos apresentados vão se encaixando e ganham coerência com o decorrer do longa-metragem sem que isso se torne maçante. Estamos diante de um filme de espionagem que leva o termo “tudo pode mudar” a outro patamar.

Para melhorar a história, as cenas de ação (e vamos falar mais sobre isso) deixam o espectador (eu me incluo) em um estado de nervos absurdo. A tensão se amplia e nos prende a ponto de sentirmos a emoção das cenas como se estivéssemos realmente vivendo-as.

Todos os elementos acima ganham essa magnitude em função do ótimo desempenho de todos do elenco com o óbvio destaque para Tom Cruise que, novamente, se mostrou um profissional com dedicação muito acima do normal.

A trama tem a ousadia de trazer elementos de outros filmes para encerrar um ciclo e iniciar outro, fato que me agradou bastante. Essa abordagem poderia ser uma armadilha para um roteirista menos apto, fato que não ocorreu em função da ótima trama escrita por Christopher McQuarrie que também produziu e dirigiu o longa (ele é o primeiro diretor a atuar ao lado de Tom Cruise pela segunda vez, já que também dirigiu Missão: Impossível – Nação Secreta).

Na produção também temos os nomes de J. J. Abrams e, claro, Tom Cruise.

O efeito Fallout.

O subtítulo do longa tem duas conotações. A primeira é o nome dado aos resíduos que se espalham após uma explosão nuclear, por alguns chamados de chuva negra. A segunda conotação está nos efeitos (os estragos) que acontecem após as escolhas do passado de Ethan. Nada acontece por acaso…

O sangue da vingança nunca seca.

A história mostra que Ethan Hunt (Tom Cruise) continua atuando como agente da IMF (Impossible Mission Force) e o perigo ainda espreita a humanidade. De forma silenciosa (ou quase), o agente e seus parceiros Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) unem forças à CIA para evitar que uma nova ameaça nuclear assole o planeta. O detalhe está no fato de que essa ameaça só existe por causa de um erro de Ethan, o que leva a diretora da CIA Erica Sloane (Angela Bassett) a exigir a inclusão de um agente dela nessa missão de resgate das ogivas nucleares, o assassinos August Walker (Henry Cavill).

Com o aval de Alan Hunley (Alec Baldwin que retorna à franquia), a equipe parte para negociar a compra das ogivas. Só não contavam com a presença do homem que atormentou a IMF em Nação Fantasma, o frio e letal Solomon Lane (Sean Harris). Solomon é a força-motriz de uma vingança que trará reviravoltas e traições em profusão nesse filme. Ele não descansará até ferir a alma de Ethan e destruir tudo que ele ama.

Trama enxuta.

Muitos elementos da franquia se repetem ao longo dos seis filmes. Efeito Fallout, entretanto, mesmo com certas passagens já conhecidas (como as corridas de Tom, as máscaras, os perigos mundiais, traições, etc) consegue prender a atenção do espectador por possuir coerência na sequência dos fatos e por ter uma ação quase ininterrupta.

Basicamente estamos diante de uma ameaça nuclear que precisa ser neutralizada sem que haja maiores sequelas. É nesse ponto que a união de forças, ex-parceiros, e tecnologia servirá para evitar uma catástrofe.

A equipe do Screen Junkies lembrou há algum tempo dos elementos que estão presentes na franquia. O vídeo é bem divertido e não tem o propósito de desprezar os filmes, apenas fazer humor com elementos presentes nas tramas.

Mais drama.

O humor existe na franquia e também está presente em certos trechos de Efeito Fallout, porém esse filme priorizou a ação e o drama. Ao trazer pessoas que são importantes para Ethan, o roteirista quis acrescentar ao personagem a fragilidade de ter alguém que ama por perto. Suas decisões precisam ser lógicas, mas isso se torna cada vez mais difícil quando o elemento sentimental está embutido na história.

Opções terão que ser feitas desde o início do longa até o fim, o que provoca uma tensão maior na plateia. Não bastassem as cenas de ação brutais, as locações de tirar o fôlego e quedas de matar qualquer um com acrofobia, o drama está bem mais intenso nesse sexto filme da franquia.

Essa carga dramática foi muito bem aplicada ao trazer elementos dos filmes anteriores para dificultar a atuação do agente secreto. Esses elementos são, na verdade, pessoas caras ao agente Ethan Hunt, além de inimigos antigos e novos.

Traição.

Esse é um dos mais comuns itens de filmes de espionagem. Assim, o diretor e roteirista Christopher McQuarrie optou por manter o público em dúvida sobre quem está ao lado de quem. Isso também faz com que pensemos sobre quem são os “heróis” e “vilões” da trama.

Na verdade, os dilemas e motivações de cada um servem para ilustrar que todos têm potencial para o bem e para o mal. As escolhas é que fazem a diferença.

And… action!

Ação. Isso não falta em um único momento do filme. Missão: Impossível – Efeito Fallout é uma obra-prima do gênero Ação, não apenas por contar com locações magníficas e uma equipe capaz de coordenar e captar cenas inimagináveis sem efeitos especiais. A verdade é que por várias vezes a vida de Tom Cruise e de outros do elenco foram postas em risco real.

Para entregar cenas capazes de convencer o público, novamente o ator e a equipe de produção optaram por encarar a morte. Mesmo com muito planejamento, controle e a segurança dos melhores equipamentos, sempre há o risco de um erro ou fatalidade.

Eles correram esses riscos e nos entregaram um dos melhores filmes de ação já vistos. Vejam os vídeos a seguir e entendam os porquês.

 

 

 

Mulheres.

Missão: Impossível teve várias mulheres marcantes. Desde a antiga série até a chegada da franquia cinematográfica, foram muitas as mulheres que brilharam ao atuar. O diferencial nesse sexto filme está no peso e na força das mulheres que estão na vida de Ethan.

A chefe da CIA interpretada por Angela Bassett se mostra uma mulher forte, determinada e astuta. A traficante de armas Viúva Branca (Vanessa Kirby) é linda, letal, sedutora e perigosa em muitos sentidos. Já a também lindíssima agente inglesa Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) comprova que é tão eficiente e perigosa quanto o próprio Ethan Hunt. Por fim, Julia (Michelle Monaghan) sai do papel de mulher frágil para assumir a posição de uma médica competente e destemida, ciente dos perigos que a rondam quando Ethan está por perto.

A força feminina veio com tudo para melhorar ainda mais a franquia. O vídeo deste tópico mostra bem isso…

Notas finais.

Certamente eu poderia ser bem mais abrangente sobre a trama, os personagens e tudo que compõe Missão: Impossível – Efeito Fallout, porém isso seria uma desserviço. O melhor do filme é acompanhar gradualmente as histórias, reviravoltas e a ação, sem que os elementos principais sejam revelados.

Por isso, despeço-me por aqui e volto a afirmar: esse é o melhor filme da série. Imperdível!

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