Menina-árvore – “Family Tree – Volume I”

As teorias do fim do mundo podem estar totalmente erradas, o início desse evento temido por todos pode ter ocorrido no dia 14 de março de 1997, quando a menina Megan começa a se transformar em árvore.

Essa é premissa da história de “Family Tree”, que, em seu primeiro volume, intitulado “Nascimento”, apresenta aos leitores a família de Megan e os mistérios envolvendo essa bizarra transformação.

Essa HQ é assinada pelo escritor Jeff Lemire e pelos designers gráficos Phill Nester, Eric Gapstur e Ryan Cody. A diagramação das letras é de Steve Wands e a edição de Will Dennis. O volume chega ao Brasil graças à Intrinseca e a tradução de Fernando Scheibe.

A história é rápida de ser lida e entendida.

Loretta é uma mãe dessas trabalhadoras, que fazem o que podem para dar de conta de tudo que dois filhos precisam, Josh e Megan. Há um ano ela foi abandonada pelo marido, Darcy, sem razão alguma, desde então ela tem enfrentado os problemas de Josh na escola.

Mas no dia 14 de março foi Megan quem preocupou, a garota começou a apresentar uma irritação na pele sem um motivo aparente, rapidamente sua pele começa a se parecer com a superfície de uma árvore. Em alguns pontos do corpo ela já tinha galhos e folhas saindo de si.

Na busca de ajuda, eles são atacados por pessoas totalmente estranhos (talvez alienígenas, pelas imagens secundárias) e são salvos pelo avô, Judd. Acontece que esse avô nunca foi presente, Loretta sabia que Darcy não se dava bem com o pai, ao ponto de ele nunca ter conhecido os netos.

Agora é Judd que trás as repostas, tanto da transformação de Megan quanto do sumiço de Darcy, além da perseguição e do ataque que eles sofreram. Judd leva a família para uma curandeira em Nova York, na esperança de conseguir explicar tudo a uma nora nada aberta a conversa, dado ao histórico de brigas familiares.

Só que para saber mais é preciso ler o segundo volume de “Family Tree” … Mais uma vez uma HQ me surpreende, deixando gostinho de curiosidade neste colunista que vos fala.

A história é sombria e o tema não me agradam muito, não seria algo que eu escolheria ler, contudo, é muito bem conduzida dentro das poucas páginas do livro, dando a entender que há uma trama complexa, cheia de nuances, que vão além dos clichês de terror.

Isso e o fato de terminar em uma “cena” agonizante fez minha curiosidade funcionar, agora eu quero saber o que realmente representa a tal transformação da menina-árvore.

Até Mais.