Lar – “Descender”

Em um mundo tomado pelos robôs, onde a vida humana se tornou “mal-vista”, uma verdadeira ameaça para os seres de metal, um android busca um humano que tinha como um irmão, seguindo a última lembrança que teve dele.

Esse é o ponto de partida do segundo volume da série “Descender”, intitulada de “Lua Mecânica”. A série é assinada por Jeff Lemire (o mesmo de “Family Three”) e Dustin Nguyen, sendo o primeiro responsável pelo roteiro e o segundo pelas artes, acompanhado pelo letrista Steve Wands.

O livro chega ao Brasil pela publicação da Inrinseca, com tradução de Fernando Scheibe, preparação de Marcela Ramos e Thais Entriel e diagramação de Antônio Rhoden.

Nessa segunda fase Tim-21, o android que se parece um menino humano, fruto da série de robôs de companhia para crianças que habitavam perto das minas do CGU, segue em sua busca por Andy, humano a quem ele fazia companhia e quem ele considerava um irmão.

Tim-21 está com a capitã Tesla e com o cientista criador de sua série, Quon. Eles estão a bordo da nave de Psius, um robô que lidera uma movimento anti-humanos, desejando a dominação dos seres de metal. Aparentemente eles não eram prisioneiros, mas tudo era muito suspeito para Tesla, que era humana e anti-tecnologia.

Do outro lado do universo estava Andy, hoje em dia um sucateador solitário, matador de robôs. Ele também está em busca de Tim-21, mas não fica claro quais suas reais intenções ao encontrar o android que um dia foi seu irmão.

No caminho ele forma uma pequena equipe, contra sua vontade. Tem Blugger, último sobrevivente de um ataque na Lua de Dirishu-6, tem o Perfurador Matador, um agente da CGU e Bandit (android pet). Os três últimos estavam com Tim-21, Tesla e Quon quando eles chegaram no planeta Gnish, mas Psius atacou e matou o rei de lá e, na confusão, separou-os daqueles que faziam a proteção de Tim-21.

Agora a nova equipe de Andy tentará reconstruir os passos dos antigos companheiros para conseguirem se encontrar, enquanto isso Tim-21, Tesla e Quon tentarão fugir de Psius e de seus planos malignos para os humanos.

Para quem já leu o primeiro volume a estória pode fazer mais sentido. Quem, assim como eu, não leu o primeiro volume, tem alguns pontos bem confusos, mas é possível perceber as discussões “reais” por meio das alegorias criadas para esse universo, como a consciência quase humana de Tim-21 e os medos arraigados no adulto Andy, herança de traumas da infância, envolvendo o irmão robô.

Até Mais!

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