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FILMES CRÍTICAS

La vie d’Adèle – Azul É a Cor Mais Quente (2013):

La vie d’Adèle – Azul É a Cor Mais Quente (2013):
  • Publishedjulho 4, 2016

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um interessante filme dramático, adaptado em livro e HQ.

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La vie d’Adèle – Azul É a Cor Mais Quente (2013):

Direção Abdellatif Kechiche, elenco Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. La vie d’Adèle é um filme francês de drama, dirigido por Abdellatif Kechiche. Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013. Baseado no romance gráfico (vulgo HQ) Le Bleu est une couleur chaude de Julie Maroh. Apresenta um drama na vida de uma mulher que se descobre apaixonada por outra, e todas as dificuldades e preconceitos com o amor entre Adèle (Adèle Exarchopoulos) e Emma (Léa Seydoux).

Sinopse: Adèle é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma, sua primeira paixão por outra mulher. A relação sofre alguns percalços que acompanham o amadurecimento e as frustrações de Adele.

Crítica: Com um orçamento de Orçamento € 4 milhões, este premiado e polêmico filme de 3h do ator, diretor e roteirista turco Abdellatif Kechiche, fez com que muita gente torcesse o nariz ao seu estilo de trabalho, por vários motivos, mas principalmente por causa das cenas de sexo reais e exaustivas que os atores tiveram que passar, ou pelo contexto extremamente sensual que o filme passa com tantas cenas da atriz Adèle deitada na cama. Leia o texto abaixo sobre Controvérsias que o próprio diretor e elenco não se entendem sobre o assunto. Indicação do meu amigo Jack, o filme é um excelente drama sem começo ou fim, sem respostas ou soluções, é a vida real onde somos o que somos e temos que trabalhar isso da melhor maneira possível. Azul fala sobre aceitação pessoal e social, até que ponto estamos dispostos a assumir nossas escolhas dentro de casa, com os amigos e com a sociedade. Neste ponto, devo dizer que o filme é excelente e dá um banho em filmes comerciais hollywoodianos, mas mesmo assim o filme é extremamente cansativo por não levar a lugar nenhum e terminar da mesma maneira que começou. Apesar das fortes cenas sexuais, não achei a preocupação do diretor, que postou em várias matérias sobre o excesso de sexo no filme, válida sobre afastar o público, mas uma desculpa dele para o possível fracasso, que não ocorreu. O que acho importante é para quem o filme está sendo feito, mas opinião é opinião. Gostei muito da premiada atriz Léa Seydoux, já conhecida do cenário cinematográfico com filmes como Missão Impossível (2011), Hotel Budapeste (2014), Bastardos Inglórios (2009) e agora em 007 contra Spectre (2015). Léa Seydoux e seu personagem são a evolução e marca do tempo no filme. Sua mudança de interpretação, sutilmente marcada pela ausência do cabelo azul no meio do filme é simplesmente fantástica e dá o tom do que vem pela frente. A novata Adèle Exarchopoulos, mesmo ganhando a Palma de Ouro por seu papel, fica muito a sombra de Léa Seydoux, apesar de concordar que Adele se entrega de corpo e alma para que a trama se desenrole, mas fica claro quem é melhor atriz, em minha opinião. Se você gostou de Ninfomaníaca (2013) de Lars Von Trier, este drama de 3h será um prato cheio. Se o máximo que você já viu do assunto foi O Segredo de Brokeback Mountain ou 50 Tons de Cinza, saia fora daqui rapidamente.

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Controvérsia: O filme não passou sem controvérsia. Em entrevista ao site francês Télérama, o próprio diretor manifestou o seu arrependimento na concepção do filme: “O filme não deveria sair. Ele é muito sujo”. Kechiche admitiu que ao ganhar a Palma de Ouro só lhe trouxe um “breve momento de felicidade” e acrescenta: “Logo de seguida senti-me humilhado, uma rejeição da minha pessoa. Vivo como se estivesse sob uma maldição”. Para o cineasta, o sexo real impedirá que o espectador assista ao filme “com o coração limpo e com um olhar atento ao seu trabalho”. “Eles [o público] vão dizer, ‘será que esse homem não abusou dessas atrizes? Será que elas também não gostaram [de fazer sexo] e não querem falar?'”, desabafou. As próprias atrizes manifestaram a sua frustração face às dificuldades sentidas durante as rodagens: “Kechiche é um génio, mas torturado. Ela [Léa Sey­doux] estava me batendo tantas vezes, e [Kéchiche] gritava: Bate nela! Bate nela outra vez!”, disse Adéle Exarchopoulos ao Daily Beast. Também Léa Seydoux, em entrevista a Folha de S.Paulo, reconheceu-se explorada pelo realizador, pelas formas como este conduzia as filmagens. Kechiche respondeu entretanto, acusando Léa Seydoux de “não estar medindo as consequências desastrosas das suas palavras”. Na entrevista à Télérama o diretor considerou que “as suas declarações são piores do que cuspir na sopa, é uma falta de respeito por uma profissão que considero sagrada. Se realmente viveu o que conta, então por que foi a Cannes chorar, agradecer, passar dias experimentando vestidos e joias? Ela tem a profissão de atriz ou de artista de gala?”

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Written By
Marcelo Moura

Moura gosta de Cinema, Tv, Livros, Games, Shows e HQ´s, do moderno ao Cult. Se diverte com o Trash, Clássico e Capitalista. e um pouco de tudo isso você vai encontrar aqui. Muitos dizem que quem escreve é a sua esposa ou mesmo seus três filhos. É ler para crer....

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