Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de uma continuação de um ótimo filme de Zumbis da Coréia do Sul.
Invasão Zumbi: Península (2020): Dirigido por Yeon Sang-ho, produzido por Lee Dong-há, escrito por Park Joo-Suk e Yeon Sang-ho, estrelando Gang Dong-won, Lee Jung-Hyun e Lee Re. Produção Next Entertainment World, RedPeter Film e New Movie, distribuído por Next Entertainment World (mundial) e Well Go EUA. Data de lançamento 15 de julho de 2020 (Coreia do Sul), tempo de execução de 116 minutos, orçamento de US$ 16 milhões e bilheteria mundial de US$ 32,9 milhões.
Trem para Busan 2 ou Peninsula, também conhecido no Brasil como Invasão Zumbi 2: Península, é um filme de ação e de zumbi sul-coreano de 2020, sequência de Train to Busan de 2016, dirigido por Yeon Sang-ho. Sua apresentação foi originalmente agendada para o Festival de Cannes, mas foi cancelada devido à pandemia do COVID-19, estreando na Coréia do Sul em 15 de julho, enquanto para o resto do mundo foi adiado indefinidamente.
Relembre do primeiro filme, ouça nosso podcast!
https://noset.com.br/podcast/setcast-invasao-zumbi-train-to-busan/
Sinopse: Faz quatro anos desde que o surto de zumbis foi desencadeado no trem para Busan e se espalhou por toda a Coréia. Jung Seok (Kang Dong-won), um ex-marinheiro que conseguiu escapar naquela ocasião com o remorso de ter perdido seus entes queridos, é recrutado junto com seu cunhado Chul-min em Hong Kong para recuperar um saque oculto de um milhão de dólares na península coreana infectada. No entanto, sua caminhada é atormentada por perigos cheios de ação, onde eles não apenas enfrentarão hordas de zumbis, mas sobreviventes selvagens que não os deixarão escapar tão facilmente.
Crítica: Decepcionante, Península, continuação direta do ótimo filme de terror Trem para Busan (2016) peca ao se esquecer do que fez seu antecessor um sucesso, a renovação do estilo de Zumbis, para cair na mesmice de tudo que vemos em Hollywood.
Se na crítica do seu antecessor falei que o filme era muito superior a filmes do mesmo estilo como Guerra Mundial Z (2013), Residente Evil (2002) e Eu sou a Lenda (2007), com cenas incríveis, zumbis frenéticos e assustadores, um ritmo alucinante e um roteiro surpreendente, sua continuação parece ter esquecido tudo, mudando completamente a formula de sucesso, parecendo uma mistura The Walking Dead (2010) e filmes B, principalmente a franquia Extermínio (2002).
O filme é todo ruim, não, não é, só que temos a sensação o tempo todo de já vimos as sequencias de ação ou perseguição em outros filmes de Zumbis ou em filmes de ação como Mad Max (2015) ou Velozes e Furiosos (2001). A impressão que temos é que o diretor Yeon Sang-ho não quis se repetir, o que é louvável, mas errou na nova formula esquecendo o que o público e a crítica amaram em seu primeiro filme. Não há nenhuma cena épica com Zumbis, não há nenhuma cena onde acreditamos que o herói não escapará, todas as cenas são mornas e sem a sensação de medo.
Não vou falar do elenco e dos personagens, é tão superficial juntamente com o roteiro sem profundidade que nem dá para me prolongar, não há química ou motivações compartilhadas.
Do roteiro há até uma crítica social no início do filme referente aos refugiados da pandemia que vão para outros países e vivem em condições sub humanas, mas dura pouco e todos decidem jogar sua vida fora em uma aposta obviamente inexplicável, já que confiar na máfia local e invadir um pais onde a maioria morreu de uma pandemia criando criaturas extremamente mortais, são motivações muito naturais para se ganhar um dinheiro e sair da miséria, apenas uma desculpa para o roteiro funcionar.
O final é simplesmente inexplicável, a uma questão motivacional da personagem principal e com isso as distancias entre os objetos são manipulados de acordo com a necessidade da situação (em momentos longos e em outros curtos), a quantidade de zumbis também variam de acordo com o drama (dezenas quando ela está com medo e apena dez quando decide fugir), elipses inexplicáveis (tempo de espera entre a heroína e a equipe de resgate), além das questões de sobrevivência são totalmente esquecidos para criar o clima final. Não entendi o porquê daquele helicóptero na cena (o que levou-o a estar ali), além da postura da enfermeira do exército, ora tentando salvar as crianças dos zumbis, ora torcendo pela heroína e se esquecendo da situação, além de uma helicóptero gigante com pessoas armadas que nem saíram de dentro dele (também não sairia com tantos zumbis), como falei, pura poesia motivacional, inexplicável.
Curiosidades: O filme foi selecionado para ser lançado no Festival de Cannes como parte da Seleção Oficial, no entanto, devido ao cancelamento do evento devido à pandemia global pela COVID-19, sua exibição foi cancelada. O filme foi lançado na Coréia do Sul em 15 de julho, com um total bruto de US$13 milhões em sua primeira semana de exibição.
No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme tem um índice de aprovação de 51% com uma classificação média de 6,11 / 10, com base em 75 resenhas. O consenso dos críticos do site diz: “Embora uma sensação decepcionante de familiaridade ameace descarrilar Train to Busan Presents: Peninsula, os fãs do original podem achar que é uma viagem emocionante.” No Metacritic, o filme tem uma pontuação média ponderada de 51 de 100, com base em 23 críticos, indicando “críticas mistas ou médias”.
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