Por Marcelo Moura
Cinquenta Tons mais Escuros (2017):
Direção James Foley, Produção Dana Brunetti, Michael De Luca, E. L. James e Marcus Viscidi, roteiro Niall Leonard, baseado no livro Fifty Shades Darker de E. L. James. Elenco Dakota Johnson, Jamie Dornan, Kim Basinger, Luke Grimes, Eloise Mumford, Max Martini, Tyler Hoechlin e Rowan Blanchard, companhia produtora Focus Features, Michael De Luca Productions e Trigger Street Productions, distribuição Universal Pictures. Com orçamento de US$ 55 milhões, o filme bateu uma ótima receita de US$ 357 milhões, provando que bem investido, o filme tem uma boa história para contar. Cinquenta Tons Mais Escuros é um pseudo filme erótico americano, continuação de Fifty Shades of Grey, baseado no best-seller e livro homônimo da autora britânica E. L. James, com direção de James Foley e roteiro de Niall Leonard. As filmagens de Cinquenta Tons Mais Escuros e de sua continuação, Cinquenta Tons de Liberdade, ocorreram simultaneamente com início em 9 de fevereiro de 2016, em Paris e Vancouver e foi lançado em 9 de fevereiro de 2017 no Brasil e 10 de fevereiro nos Estados Unidos. O filme, assim como seu antecessor, recebeu críticas majoritariamente negativas, direcionadas ao roteiro, atuação e narrativa, mas apesar disso, foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 300 milhões de dólares.
Sinopse: Após os eventos do filme anterior, Anastasia “Ana” Steele tenta passar de seu relacionamento com Christian Grey. Christian a convence para retomar o romance sob as condições de Ana. À medida que eles começa seu relacionamento normal, o passado de Christian ameaça separar o casal.
Crítica: O filme possui duas versões cinematográficas, uma mais apimentada e outra mais Sessão da tarde. Eu, infelizmente, por não saber disso, acabei assistindo a Sessão da tarde e provavelmente perdi o que há de melhor no filme, as cenas picantes. Cinquenta Tons mais Escuros é um filme muito superior ao seu antecessor, por ter uma história e elementos mais interessantes e maduros do que o primeiro, fechado principalmente nos atores Dakota Johnson (Anastasia “Ana” Steele) e Jamie Dornan (Christian Grey). O diretor James Foley soube entender realmente a dificuldade de atuar do elenco principal e retirou dele esse peso, ficando mais na história do que nos atores e isso tirou um peso das costas do elenco, coisa que a diretora anterior, Sam Taylor Wood (O Garoto de Liverpool) não entendeu e acabou sendo demitida sumariamente após o resultado de bilheteria e críticas do filme.
Do elenco Jamie Doman parece mais um Bruce Wayne / Batman, do que um milionário com tendências masoquistas. O ator não achou seu personagem e vale da exploração do seu físico do que sua razoável atuação. Dakota Johnson (Como ser Solteira), deveria voltar a escola de teatro. Uma atriz que não sabe chorar e nas cenas dramáticas tem que esconder o rosto dentro do peito do Dornan deveria ter vergonha do que faz. Parece uma atriz de comédia que caiu para o papel principal. A química do elenco também não convence, ale´m da menina mimada que quer namorar um poderoso milionário, mas não aceita nada que venha deste mundo de poder. Do elenco de apoio adorei ver Kim Basinger (Nove Semanas e Meia de Amor) como Elena Lincoln / Sra. Robinson, uma homenagem a atriz pelo papel do filme citado, além d ser ótimo ver Basinger em destaque sem ser um filme do Tarantino, mas o papel não a ajudou. Outro destaque é Márcia Gay Harden (Sobre Meninos e Lobos), como a mãe de Grey, está ótima no papel e demonstra que uma boa atuação não depende de tempo ou papel.
A franquia tem uma interessante sátira, ao mesmo gosto duvidoso dos filmes, chamada 50 Tons de Negro (2016), do diretor Michael Tides, com roteiro e atuação de marions Wayans. Uma comédia de baixo orçamento e piadas duvidosas, que demonstra com simplicidade que este tipo de filme cai facilmente na banalidade por ser apelativo e sem graça, onde se compararmos ao clássico Nove Semanas e Meia de Amor (1986), do diretor Adrian Lyne e no elenco Kim Basinger e Mickey Rourke, vemos o quanto 50 Tons de Cinza tem que aprender para ser um bom filme..
Curiosidades: Sam Taylor-Johnson, diretora do primeiro filme anunciou que não irá dirigir o segundo filme por conta de brigas constantes entre ela e a autora da trilogia E.L. James durante as filmagens do primeiro longa. Em abril de 2015, a Universal confirmou que Fifty Shades Darker será lançado em 09 de fevereiro de 2017, enquanto o terceiro e último longa da trilogia, Fifty Shades Freed, fica para 9 de fevereiro para 2018. No mesmo mês, em entrevista ao Hollywood Reporter, Donna Langley, presidente da Universal Pictures, disse que a sequência de Fifty Shades of Grey, terá “um tom de suspense”, deixando de focar apenas no lado erótico da trama. Após a saída de Sam Taylor-Johnson do projeto, James Foley assumiu a direção do segundo e terceiro filme da franquia. Em setembro de 2015, em entrevista para a Empire, a atriz Dakota Johnson comentou sobre a mudança de diretor: “Estou muito empolgada. Houve um momento que tive medo, pois não tinha ideia de como seria. Tive uma experiência com Sam [Taylor-Johnson] e então tudo foi embora. Agora estou animada. Acho que James [Foley] é um cineasta talentoso”. Questionada se conheceu o diretor e se sua abordagem será diferente, Johnson respondeu: “Sim, eu o conheci. Isso você só vai ver quando o filme sair.” Em fevereiro de 2016, questionada se haveria nu frontal de Jamie Dornan no filme, Dakota Johnson respondeu: “É uma pergunta interessante, provavelmente terei problemas por essa resposta…sim. Sim, eu o deixarei completamente nu no próximo filme. Todos querem ver o de Jamie Dornan. Deveríamos começar um movimento, uma campanha”, brincou a atriz, fazendo um trocadilho entre o D do sobrenome do ator com o dong, sinônimo de pênis em inglês. Em 10 de novembro de 2016, como o primeiro filme, recebeu uma classificação R da MPAA para “conteúdo erótico sexual forte, alguma nudez e linguagem gráfica”. No Canadá, o filme foi classificado com 18A principalmente por seu conteúdo sexual em todas as províncias, exceto Quebec. Em Quebec, foi classificado com 16+ devido seu “erotismo”. No Reino Unido, o filme recebeu um certificado de “sexo forte”. No Brasil, a classificação do filme foi “não recomendado para menores de 16 anos”, devido ao sexo, nudez e violência.