Editora Intrínseca lança “Terra Americana”, de Jeanine Cummins

Lydia Quixano Pérez e seu filho Luca, de oito anos, são os únicos sobreviventes de um massacre que deixou dezesseis de seus familiares mortos durante uma festa de quinze anos em Acapulco, México. Entre as vítimas está o marido, Sebastián, um respeitado jornalista local que assinou uma reportagem comprometedora sobre Javier, chefedo cartel de drogas mais poderoso da cidade. Lydia não tem dúvidas de que o homem é o mandante do crime e sabe que se não fugir imediatamente seus dias e os de seu filho também estarão contados.

O poderoso thriller de Jeanine Cummins, que chega ao Brasil pela Intrínseca, teve grande repercussão mesmo antes do lançamento nos Estados Unidos, em janeiro. Stephen King considerou a obra “extraordinária”. Don Winslow, outro reconhecido autor americano de crime e mistério, a comparou com o clássico As vinhas da ira, de John Steinbeck, vencedor do Pulitzer. Terra americana também foi selecionado para o clube do livro de Oprah Winfrey e saudado por autores de ascendência latina, como Sandra Cisneros, que chamou a ficção de “o grande romance das Américas”.

Certa de que sua vida e a de seu filho correm perigo, Lydia dá início a uma longa e agoniante jornada de fuga para os Estados Unidos. Tudo porque a protagonista acredita que tem uma parcela de responsabilidade sobre a tragédia ocorrida na família. Antes da chacina, Javier era frequentador assíduo da livraria administrada por ela. O interesse por literatura conectou os dois, e Lydia, num primeiro momento, não fazia ideia de que aquele sujeito gentil com quem compartilhava bons momentos na loja era um dos narcotraficantes mais perigosos do país. À medida que se juntam às inúmeras pessoas que tentam uma vida melhor fora do México, e enfrentam todos os perigos da viagem que deixa uma infinidade de vítimas pelo caminho, Lydia percebe que todos ali estão fugindo de algo.

Terra americana teve os direitos de publicação negociados para 27 países e, desde o lançamento, está no topo da lista dos best-sellers do The New York Times. A obra também teve seus direitos de adaptação cinematográfica adquiridos pela Interative Entertainment.

Nascida nos Estados Unidos, de ascendência porto-riquenha, Jeanine Cummins passou cinco anos pesquisando e escrevendo o livro. Viajou pelo México visitando orfanatos e casas que dão abrigo a migrantes no longo caminho até os Estados Unidos. Também fez trabalho voluntário em restaurantes que servem os viajantes, e conversou com quem tentava a difícil entrada clandestina no país do norte. Durante o período, perdeu o pai — o maior incentivador de sua carreira de escritora. O luto foi um processo custoso, mas ela afinal conseguiu emergir da depressão determinada a concluir a obra. Dessa dor tão particular, nasceu um livro sobre o sofrimento e a esperança de uma mãe latina que, para salvar a si mesma e ao único filho, é forçada ao risco de atravessar a fronteira até um país que ergue muros para afastá-la.

JEANINE CUMINS é autora dos romances The Outside Boy e The Crooked Branch, além do livro de memórias A Rip in Heaven. Mora com o marido e os dois filhos em Nova York, Estados Unidos.

“Uma trama brilhantemente construída com elementos atemporais: o pesadelo do luto, o valor da gentileza, o poder do amor. Cummins prova que a ficção pode ser um veículo para a empatia.”