Local: Espaço Unimed, Dia 13/09/2024
Performance: O último show do Deep Purple foi uma exibição magistral do que a banda faz de melhor: misturar a energia do rock com a sofisticação musical de seus integrantes experientes. A formação atual, com Ian Gillan nos vocais, Roger Glover no baixo, Don Airey nos teclados, Ian Paice na bateria, todos com seus quase 80 anos de idade e 60 de carreira, tem nas suas duas últimas turnês a companhia de Simon McBride, de 45 anos. E mesmo com menos de dois anos junto da banda, já demonstrou uma química notável, mantendo a essência do som clássico da banda. Além disso, McBride é um destaque durante o show, pois segura em seus solos de guitarra, momentos de pausa para os integrantes mais experientes.
Porém, Ian Gillan continua sendo o destaque. O vocalista de 79 anos, apesar de demonstrar sua idade, ainda alcança notas cabulosas e tem seus momentos de destaque durante a apresentação. Sendo como um maestro da banda no palco e do próprio público.
Setlist: A banda começou seu show com o hit “Highway Star” que colocou todo mundo pra cantar no Espaço UNIMED. O grande destaque durante a apresentação após isso realmente foram os solos de guitarra e de teclado, que são a marca da banda, e antes do bis a banda emendou “Space Truckin'” com o “Smoke on The Water” para o delírio de seus fãs que estavam no local. As versões ao vivo dessas músicas continuam a mostrar a destreza técnica da banda e sua habilidade em reimaginar o material clássico com grande energia e novas improvisações.
Aspectos Visuais e Áudio: O cenário e a iluminação foram bem planejados para complementar as músicas. Os efeitos no telão ajudavam a sensação psicodélica que a banda, por vezes, imprime em seu trabalho. Essa produção visual, embora não excessivamente elaborada, serviu para realçar a performance sem sobrecarregar o público. O som foi claro e bem equilibrado, permitindo que cada instrumento fosse ouvido claramente e que a energia do show fosse transmitida de maneira eficaz.
Público e Atmosfera: A interação com o público foi calorosa e engajadora. Ian Gillan, conhecido por sua presença de palco carismática, manteve o público animado com suas interações e o entusiasmo contagiante. O baterista Ian Paice também teve seus momentos de levantar o público, mas os clássicos teclados de Don Airey foi, com certeza, o que mais emocionava o público.
Conclusão: Deep Purple continua a ser uma força poderosa no Rock n’ Roll, oferecendo uma performance que é ao mesmo tempo uma homenagem ao seu legado e uma demonstração de relevância contínua. Para os fãs de longa data e novos ouvintes, o show foi uma prova do porque a banda permanece uma das mais respeitadas no gênero.
