Como diz Lynch: “Acho que toda vez que você faz alguma coisa, como uma pintura ou qualquer outra coisa, você vai com idéias e às vezes o passado pode conspirar com essas idéias e colori-las, mesmo que sejam novas idéias, o passado as colore”.
Comentários dos Diretores:
Nós fomos convidados a desfrutar de uma vista privada do estúdio de pintura de Lynch nas colinas acima de Hollywood. E, enquanto Lynch relata histórias pessoais de seu passado que se desenrolam como cenas de seus filmes, personagens estranhos entram em foco, apenas para desaparecer novamente no passado, deixando uma marca indelével em Lynch, o artista.
Tornamo-nos testemunhas dos medos, mal-entendidos e lutas que Lynch superou ao longo do caminho, e fomos conhecendo as várias pessoas que ajudaram a moldá-lo. Torna-se evidente no início da vida de Lynch que ele vê o mundo de forma diferente, absorvendo suas sombras e tecendo um sonho como teias de possibilidades para envolver o mundo.
Este filme é dedicado à filha mais nova de Lynch e serve como um livro secreto de memórias de pai para filha. Levantando as cortinas do ícone artista conhecemos para descobrir o indivíduo, David Lynch.
Em 2006, Lynch estava relutante em sentar-se para entrevistas durante a confecção do LYNCH ONE, mas achávamos que ele estava se aproximando de um ponto em sua vida onde ele se tornaria mais inclinado a refletir sobre sua vida. O nascimento de sua filha mais nova em 2012 foi um ponto de virada para nós. Nos próximos 3 anos, gravamos mais de 20 conversas de áudio com Lynch em sua casa.
David Lynch, o contador de histórias, levou-nos em uma viagem através de seus primeiros anos, refletindo de volta para os eventos e as pessoas que deixaram suas marcas indeléveis nele. Aprendemos sobre a jornada que o jovem artista realizou e sobre as lutas internas que ainda o modelam até hoje. Ouvindo sobre a vida de Lynch, descobrimos como sua arte e filmes se tornaram tão coloridos por sua própria vida, refletindo idéias e estados de espírito que se originaram de suas experiências pessoais. Jon colaborou na trilogia LYNCH (um), LYNCH 2 e DAVID LYNCH A VIDA DA ARTE. Ele também co-produziu David Lynch Presents Entrevista Projeto Alemanha.
Olivia se formou na Escola Nacional de Cinema Dinamarquês em 2013. Trabalhou como editora freelancer em vários longas-metragens dinamarquesas e internacionais, documentários, videoclipes e projetos comerciais. Olivia estreou como roteirista no Premiado filme, VICTORIA.
Sinopse: Da sua criação idílica em uma pequena cidade até as sombrias ruas da Filadélfia, acompanhamos David Lynch pelos acontecimentos que moldaram o seu enigmático cinema. O documentário infunde Lynch em sua própria arte, sua música e seus primeiros filmes, lançando luz nos cantos escuros de seu universo, dando ao público uma melhor compreensão do cultuado diretor enquanto homem e artista.
Crítica: David Lynch, vencedor da Palma de Ouro em Cannes por Coração Selvagem (1990) e de Melhor Diretor por “Mulholland Drive” (2001), leva o público em uma viagem através de seus primeiros anos, refletindo sobre eventos e as pessoas influentes em sua vida.
Aprendemos sobre a jornada que o jovem artista realizou e sobre as lutas internas que ainda moldam seus quadros e suas obras surrealistas do cinema. Desenvolvendo um estilo surreal e de humor negro que une imagens de sonhos e desenho sonoro para gerar os piores efeitos no público como a irracionalidade e a estranheza.
Antes de estrear no cinema com Eraserhead, o diretor teve uma trajetória cheia de altos e baixos. Desde a infância itinerante pelo Meio-Oeste americano até o nascimento da primogênita Jennifer. O documentário feito durante três anos, gravado com mais de 20 conversas de áudio em seu estúdio de pintura nas colinas acima de Hollywood tendo incluído fotos de família, filmagens caseiras, vídeos experimentais e pinturas ao longo da vida.
O elenco é composto pelo artista plástico e sua filha caçula, Lula Lynch, a quem a biografia é dedicada.
A produção custeada por uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter foi comandada pelo entusiasta do cineasta Jon Nguyen junto com o roteiro de Olivia Neergaard-Holm (Victoria, 2006) e Rick Barnes.
Tornamo-nos testemunhas dos medos, mal-entendidos e lutas superadas ao longo do caminho e passamos a conhecer as várias pessoas que ajudaram a moldá-lo. Os raros amigos de infância, o seu mestre de artes visuais, residentes peculiares de Filadélfia. Tudo isso nos é apresentado pelos relatos do próprio Lynch e ilustrado com fotografias.
Seu interesse por pintura e artes visuais veio durante a juventude por meio de um pintor pai de um amigo, os conflitos com os pais, experimento com drogas, desilusão com a Escola Museu de Belas Artes de Boston, sua viagem de três anos pela Europa que durou quinze dias. Toda sua trajetória registrada ao logo das suas pinturas. Como diz Lynch: “Acho que toda vez que você faz alguma coisa, como uma pintura ou qualquer outra coisa, você vai com idéias e às vezes o passado pode conspirar com essas idéias e colori-las, mesmo que sejam novas idéias, o passado as colorem”.
Assim, o público tem uma coerente explicação da visão de mundo do diretor.
Antes de ser um simples documentário, The Art of Life é uma aula sobre a construção do cinema pelos olhos de um diretor único, influenciado por suas pinturas e a própria vida. David Lynch é um artista plástico e um artista cinematográfico, dono de uma visão ímpar que resulta em filmes controversos e encantadores. Não há unanimidade na obra dele como diretor, mas isso é reflexo de um trabalho destinado a levar o espectador a refletir, sentir e ser impactado pelo diferente, contrariando o modismo e a falta de ideias que afligem o cinema mundial.
A diferença é a fonte para buscarmos a reflexão e fugirmos do lugar-comum…
