Batman: The Dark Knight Returns (Influências de Frank Miller no UCD)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de Batman e a influencia do Mago das HQs Frank Miller.

The Dark Knight Returns

The Dark Knight Returns (O Cavaleiro das Trevas) é uma minissérie em quatro edições publicada entre fevereiro e junho de 1986 pela editora de HQs americana DC Comics. Escrita e desenhada por Frank Miller, fazendo sua fama mundialmente e trazendo novos olhares sobre o personagem Batman e principalmente sobre a indústria dos quadrinhos. A série narra uma história de Bruce Wayne, que aos 55 anos de idade retorna da aposentadoria para combater o crime e enfrenta a oposição da força policial de Gotham City e o governo dos Estados Unidos. A história apresenta Carrie Kelley como o novo Robin e culmina com um confronto contra o Superman. Quando a série foi coletada em um único volume no final daquele ano, o título da história da primeira edição foi aplicado a toda a série.

Quando de sua publicação, The Dark Knight Returns chamou a atenção de toda a indústria de quadrinhos. Esta obra ajudou a introduzir uma era de quadrinhos adultos no mundo fantasioso dos super-heróis, chamando a atenção da mídia para um gênero que até então era considerado entretenimento infantil. Até o formato do impresso era especial, diferente dos usados na época.

O Início: No início da década de 1980, a DC Comics promoveu o editor de HQs Dick Giordano como diretor editorial da empresa. O escritor e desenhista Frank Miller foi recrutado para criar The Dark Knight Returns. Giordano disse que trabalhou com Miller na trama da história, e disse: A versão que foi finalmente feita era sobre seu quarto ou quinto projeto. O enredo básico era o mesmo, mas havia um monte de desvios ao longo do caminho.” Durante a criação da série, o escritor e desenhista John Byrne disse a Miller, “Robin deve ser uma menina”, e Miller compilou. Miller disse que a trama da série de quadrinhos “foi inspirada por Dirty Harry, especificamente o filme Sudden Impact, de 1983, em que Dirty Harry retorna ao combate ao crime após uma convalescença longa. Miller também disse que seu próprio aumento da idade foi um fator na trama. A série empregou uma grade de 16 painéis para suas páginas. Cada página era composta por uma combinação de 16 painéis ou em qualquer lugar entre dezesseis e um painel por página. Giordano deixou o projeto em meio a causa de desentendimentos sobre os prazos de produção. O historiador de quadrinhos Les Daniels escreveu que a ideia de Miller de ignorar prazos foi “o ponto culminante da busca para a independência artística”. As edições de The Dark Knight Returns foram apresentadas em embalagens que incluiram páginas extras, encadernado e papel brilhante para destacar as pinturas em aquarela do colorista Lynn Varley.

A História: The Dark Knight Returns conta uma história que começa 10 anos após a aposentadoria do vigilante mascarado Batman. Os heróis no mundo estão extintos por lei e Superman, o último em atividade, é um agente secreto americano, uma super arma usada em casos de guerra ou crise internacionais. O aumento de criminalidade em Gotham City, com a gangue chamada de “mutantes” aliado a um incomum senso de justiça de Bruce Wayne, fazem o homem-morcego sair das trevas da aposentadoria e enfrentar os criminosos da cidade. Batman é representado por Miller como um homem traumatizado e atormentado pelo seu passado, que usa inteligência e força para fazer justiça de maneira muito mais bruta e violenta em relação às suas atividades anteriores, tendo porém como limite o princípio de nunca matar os criminosos.

O renascimento do vigilante coloca o mundo em polvorosa. Batman desperta opiniões opostas; ao mesmo tempo em que é chamado de fora-da-lei e é acusado de violar os direitos humanos, ganha o apoio de inúmeros admiradores, os quais apreciam sua luta pela retomada da ordem, paz e justiça. Um novo e polêmico Robin surge, uma adolescente que acrescenta mais lenha à fogueira da mídia. O Coringa, catatônico no Asilo Arkham, desperta quando assiste à volta do Cavaleiro das Trevas, sentindo-se motivado a retornar à ativa. Parte numa onda de crimes e insanidade sem limites: agenda uma entrevista televisiva, mas assassina toda a plateia com seu gás do riso; torna-se foragido, procura, manipula e espanca Selina Kyle, a antiga Mulher-Gato (que agora dirige uma agência de acompanhantes), para chegar a um membro do alto escalão e instigar um ataque nuclear; sai pela cidade ferindo e matando pessoas até conseguir se encontrar com o Batman para fazê-lo perder o controle e romper com seus princípios. Harvey Dent, o Duas-Caras, aparentemente livre de sua psicopatia e curado fisicamente através de operações plásticas brilhantes, retoma a carreira do crime ao ver Batman em ação. O elo psicológico entre Batman e seus dois principais adversários é colocado à vista por Miller.

É quando o Governo americano coloca o Homem-de-aço no encalço do herói mascarado, protagonizando uma luta épica entre os dois personagens, com Batman lançando mão da inteligência e sagacidade para equilibrar o confronto com um inimigo superpoderoso com visão de calor, força extrema e invulnerabilidade. Embora Batman jamais tenha sido uma figura tão obsessiva e poderosa como Miller o retrata aqui, sua obra foi tremendamente influente; desde que foi publicada originalmente, a caracterização de Miller para o personagem como uma figura sombria e obsessiva têm dominado a maioria dos projetos de Batman sempre com algum nível de intensidade.

A história é situada em um futuro alternativo do Universo DC, então não é considerada definitiva. Entretanto, certos elementos do conto de Miller acabariam aparecendo nas páginas da DC, mais notavelmente o pano-de-fundo da série. Por exemplo, o Batman de Miller é atormentado pela morte do segundo Robin, acontecimento que seria incorporado mais tarde com a morte de Jason Todd, assim como a explicação de Miller de como o Arqueiro Verde perdeu um braço (embora aqui a continuidade tenha sido ligeiramente desviada).

Curiosidades: Considera-se que esta história, assim com Watchmen, de Alan Moore, publicada no mesmo ano, e Maus, de Art Spiegelman (1988), teriam ajudado a elevar o universo das HQs a um nível mais maduro de literatura, o qual se distanciaria dos “quadrinhos para crianças”. Os críticos acusaram The Dark Knight de inaugurar a era do “grim and gritty”, algo como “durão e amargo”, que assolou as histórias de super-heróis no final dos anos 80 até o começo dos anos 90, quando os HQs começaram a lidar com muitos temas adultos, especialmente situações de sexo e violência, nos “limites da decência”. Essas histórias motivaram as empresas de quadrinhos a investir em temas adultos e escritores alternativos. Personagens foram remodelados e a superficialidade começava a sumir das prateleiras. Grandes obras posteriores surgiram, como Asilo Arkham e Sandman, e personagens banais como o Homem-Animal, se tornaram palco para análises psicológicas e filosofia. Autores como Neil Gaiman ou o próprio Frank Miller se tornaram escritores e diretores de cinema.

Snyder e Nolan com seu Batman no cinema: Na San Diego Comic-Con de 2008, o cineasta Zack Snyder expressou seu amor por The Dark Knight Returns em uma resposta a uma pergunta sobre a maturidade das adaptações de quadrinhos. Michael Uslan, produtor da franquia de filmes do Batman, expressou interesse em uma possível adaptação. No filme The Dark Knight Rises, de 2012, o diretor Christopher Nolan usou um número de histórias, incluindo The Dark Knight Returns como influência para o filme, que também dispõe de um mais velho e aposentado Bruce Wayne retomando o papel de Batman. Batman v Superman: Dawn of Justice, de 2016, apresenta Batman e Superman juntos pela primeira vez em um filme live-action. Diretor Zack Snyder afirmou ainda que o filme é visualmente inspirado em The Dark Knight Returns, mas conta com uma premissa original.

Batman: O Cavaleiro das Trevas (2012 e 2013):

Direção Jay Oliva, produção Benjamin Melniker, Michael Uslan, Alan Burnett e Bruce Timm, roteiro Bob Goodman, elenco Peter Weller, Ariel Winter, David Selby, Wade Williams, Michael Emerson e Mark Valley, distribuição Warner Home Video. Batman: The Dark Knight Returns é uma animação que saiu direto para vídeo e é baseado na série limitada da DC Comics de nome The Dark Knight Returns, que conta a história de um Batman mais velho que retorna da sua aposentadoria para combater o crime em Gotham City tomada por ladrões e assassinos conhecidos como Mutantes. O herói precisará da ajuda da jovem Kelley que se tornará a nova Robin. O filme é o 15º de uma linha de filmes chamada DC Universo Animado, em parceria da Warner Bros. Animation e a Warner Premiere, porém o filme não tem ligação com Batman: Year One de 2011.

Sinopse: 10 anos após a aposentadoria como Batman, Bruce Wayne encontra uma Gotham City corrompida por crime e assassinatos cometidos pelos cruéis terroristas conhecidos como mutantes, liderados por um misterioso líder assassino. O herói encontra até mesmo um mundo sem heróis que só o Superman age. O Cavaleiro das trevas acha também um mundo corrompido pela injustiça , e precisará deter o Líder mutante e um mais louco Coringa e enfrentar o Homem de Aço, para impor sua lei novamente a sociedade.

Crítica: Clássico dos quadrinhos dividido em Parte 1 (2012) e Parte 2 (2013), é baseado na Graphic Novel do magnífico Frank Miller e é referência para vários autores e roteiristas, principalmente se falando da relação moderna de amizade e desconfiança entre Clark Kent e Bruce Wayne. Miller recriou os personagens a partir dessa história colocando um conteúdo muito mais atual, com influências governamentais, rebeliões populares e uma polícia corrupta e presa no seu próprio sistema. Uma referência clara ao mundo moderno, deixando para trás as fases de Ouro e Prata dos quadrinhos onde o bem e o mal eram claros e não se tinha segundas intenções.

Referências não faltam neste Dvd, como um Bruce Wayne com todo estilo do ator Clint Eastwood, a primeira Robin mulher, que se adapta muito melhor ao uniforme tradicional do eterno Dick Grayson, Superman totalmente Clark Gable, o Comissário Gordon que para mim é um prelúdio do fantástico trabalho de Garry Oldman no papel e finalmente, não podendo faltar o Coringa, totalmente inspirado em um ensandecido Jack Nicholson.

A melhor cena está no combate final entre o Coringa e Batman, onde o cavaleiro das Trevas reconhece seu erro ao deixar por tantos anos o Palhaço do Crime vivo e tnatas pessoas que morreram por isso. “Todas as pessoas que eu matei, deixando você viver.”

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