Crítica: O Legado Explosivo (Honest Thief)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais um filme com o mega astro de ação Liam Neeson, repetindo exatamente o papel que recebeu em seus últimos filmes do anti herói carrancudo que vence a todos e distribui bordoadas.

Honest Thief é um thriller de ação americano de 2020 dirigido por Mark Williams, a partir de um roteiro de Williams e Steve Allrich. O filme é estrelado por Liam Neeson, Kate Walsh, Jai Courtney, Jeffrey Donovan, Anthony Ramos e Robert Patrick, e segue um ex-assaltante de banco, que arrependido, pretende se entregar as autoridades.

Com um orçamento de US$ 30 milhões e uma bilheteria de pandemia de US$ 30,9 milhões, Honest Thief foi lançado nos cinemas, inclusive em IMAX, nos Estados Unidos em 16 de outubro de 2020, pela Open Road Films e Briarcliff Entertainment. O filme recebeu críticas mistas dos críticos que elogiaram o desempenho de Neeson, mas notaram a familiaridade do filme.

Sinopse: Tom (Liam Neeson) é conhecido como uma lenda entre os criminosos, mas tudo muda quando ele se apaixona por Annie (Kate Walsh) e decide deixar seu legado no crime para trás. Disposto a mudar de vida, Tom aceita se entregar para a polícia em troca de uma sentença reduzida, mas ele não imaginava que seria enganado por agentes corruptos do FBI que o obrigarão a fazer justiça com as próprias mãos.

Crítica: É sempre bom ver um filme do truculento, ranzinza e até charmoso Liam Neeson. Foi tempo que fazia filmes interessantes como A Lista de Schindler (1993), a franquia Busca Implacável (2008 – 2014), Star Wars (1999), Batman (2005), Esquadrão Classe A (2010), Cruzada (2005), Narnia (2005) e Fúria de Titãs (2010 e 2012), além de dezenas de filmes menores por todo a sua carreira marcaram o ator como carismático e implacável nos seus papéis.  Infelizmente a última década tem limitado o ator a personagens que até se desconectam com sua idade, 68 anos, com sempre um personagem aposentado disso e daquilo que precisa retornar a ativa para salvar alguém ou a sai mesmo de alguma situação. Foi assim em Desconhecido (2011), Busca Implacável (2008), Sem Escalas (2014), Vingança a Sangue Frio (2019), O Passageiro (2019), A Perseguição (2011), Caçada Mortal (2014) e Silencio (2016), que algumas diferenças ideológicas, repetem quase a mesma sinopse.

O diretor novato Mark Williams até tem boa vontade de contar uma história rasteira de amor e ação, mas se perde demais ao abrir vários buracos no roteiro com situações inexplicáveis, apenas para que a história possa avançar e deixar o herói pronto para o terceiro ato. Cenas como quando os personagens cairam do terceiro andar de um prédio e saírem andando normalmente sem sentir dor, quebrar nada e sem pelo menos causar um espanto dos que estão em volta são inadmissíveis, o mesmo vale para um hospital com uma vítima\cumplice de assassinado que não possui uma escolta policial e que se pode entrar e sair a qualquer momento da cama para fugir de lá. Pontos como esse, entre outros, se repetem demais para o roteiro funcionar, como no caso do Agente Meyers, que é responsável indiretamente pela morte do policial agente Ramon Hall, ao dar apoio para que Carter cometesse sua vingança é surreal, “Olho por Olho, Dente por Dente”, assim como o fato de isso ficar sem nenhum questionamento no filme. Não há profundidade nos personagens, nos seus questionamentos, nas situações apresentadas e nas decisões que são tomadas. Todos são extremamente focados em apenas um sentimento, O Ladrão Honesto que é enganado (O anti herói), a Namorada Fiel que aceita tudo que a vida lhe entrega (donzela em perigo), O Policial Corrupto que precisa de dinheiro para se aposentar (O vilão), O Policial Influenciável que tem 3 filhos (O Indeciso) e o Agente Incompetente (O Comissário Gordon do filme) que não segue as leis e regimento do FBI e muda de lado esquecendo o que ele representa para apoiar um vigilante.

No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme tem uma classificação de aprovação de 39% com base em 100 resenhas, com uma classificação média de 5/10. O consenso dos críticos do site diz: “Culpado de esbanjamento de primeiro grau, Honest Thief devolve Liam Neeson ao modo de thriller de ação do período tardio, mas se esquece de fornecer uma grande história.” No Metacritic , tem uma pontuação média ponderada de 46 de 100, com base em 21 críticos, indicando “críticas mistas ou médias”. De acordo com a PostTrak, 75% dos membros do público deram ao filme uma pontuação positiva, com 53% dizendo que definitivamente o recomendariam.

Owen Gleiberman da Variety elogiou Neeson por sua performance, mas escreveu ” Honest Thief não é incompetente (para um certo tipo de fã de ação popular, ele fornece apenas o suficiente), mas é um caso clássico de um filme de ação que segue os movimentos. ” Escrevendo para o The Hollywood Reporter , Frank Scheck disse que o filme “entrega exatamente o que você espera” e escreveu: “Executando um elegante arco de 90 minutos antes dos créditos rolarem, Honest Thief é certamente eficiente, se não exatamente original, com o escritor / diretor Williams infundindo-o com toques peculiares do personagem – como Tom reclamando mal-humorado do quanto ele odeia seu apelido de “O Bandido Fantasma”, para distrair do sentimento derivado de tudo. ”

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