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Crítica: Medo Profundo | Profundamente Raso

Crítica: Medo Profundo | Profundamente Raso
  • Publicado em: março 15, 2018

O que era pra ser uma viagem bacana e divertida entre as irmãs Lisa e Kate (Mandy Moore e Claire Holt, respectivamente) torna-se o pior dia de suas vidas. Elas conhecem Louis (Yani Gellman) e Javier (Chris J. Johnson), que após uma noite amigável indicam a elas o mergulho para observar tubarões brancos em alto mar. Para Kate, habituada a viajar e viver grandes aventuras essa é uma oferta inegável; já para Lisa soa como algo muito arriscado. Mas, ambas resolvem embarcar juntas nessa aventura.

Escrito e dirigido por Johannes Roberts (com colaboração no roteiro de Ernest Riera), a tensão de Medo Profundo começa a partir do momento que elas mergulham, e por azar o cabo que sustenta a gaiola de observação se rompe e elas ficam presas e submersas a 47 metros de profundidade. O oxigênio também vai acabar em algum momento, mas como manter a calma diante dessa situação¿ Mesmo submersas, Kate e Lisa não ficam paradas em momento algum, na luta pela sobrevivência, resultando em muita ação, o que no final é previsível e insatisfatório.

Ao todo o filme é uma sequência de clichês de filmes que envolvem ataques animais. Geralmente os envolvidos sabem que em determinado lugar estão protegidos, e se saírem  serão atacados, sendo exatamente isso que acontece na maior parte do tempo. No longa-metragem, Kate e Lisa são orientadas a não saírem de dentro da gaiola de observação, mas é exatamente a primeira coisa que elas fazem. Diante do desespero para sobreviver elas saem inúmeras vezes para fazer contato com o barco, quando uma vez teria sido o suficiente. Isso torna as personagens duas cabeças de vento.

Da parte técnica, os efeitos visuais funcionam apenas em alguns momentos; por exemplo  quando aparecem os tubarões, que são bem realistas, causando ainda mais pânico a quem assiste. Mas quando se trata das cenas delas mergulhando os efeitos são bem ruins.  Já a trilha funciona na parte em que as coisas vão bem, mas não funciona na parte de tensão que é o foco do filme.

Por essas e outras que o diretor e roteirista errou na mão, por mais que seja um tema ultrapassado, a abordagem é atual, só não foi bem executada. Ele tinha todos os elementos pra fazer um bom longa-metragem e no final que você pensa “ah, bacana”, não, a decepção é ainda maior e termina de maneira bem previsível. Provavelmente pra alguns o que salva é ver Mandy Moore e Claire Holt em cena, ou nem isso.

Nota: 

Direção: Johannes Roberts

Elenco: Mandy Moore, Claire Holt, Mattew Mondine, Yani Gellman, Chris J. Johnson

Sinopse: De férias no México, duas irmãs estão prestes a passar pelos momentos de maior tensão em sua vida: presas em uma gaiola de tubarões a 47 metros de profundidade no oceano, eles terão que lutar contra o tempo para permanecerem vivas. Mas com apenas uma hora de oxigênio e com tubarões brancos rondando o local, as chances se tornam cada vez menores.

Written By
Ana Paula

Estudante de Jornalismo, blogueira de cinema, mas apaixonada pela arte em todas as suas formas. Comunicação pra mim é essencial. Sou movida por sonhos e a esperança de que sempre há um lado bom nas coisas.

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