Crítica | Gêmeo Maligno

O filme Dirigido por Taneli Mustonen com produção e roteiro escrito por ele e dividido com Aleksi Hyvärinen. Gêmeo Maligno conta a história de uma família vivendo a dor do luto após Nathan, filho do casal e irmão do gêmeo Elliot, falecer em um acidente.

O filme que de início traz cara de filme paranormal, com possessão ou aquela aura de casa mal assombrada, além da inclusão de diversos símbolos para talvez representar alguma cultura não muito conhecida, se perde na tentativa de se encaixar em algum desses subgênero que ele poderia nem precisar passar perto se apenas focasse em um ponto principal que poderia ser o luto.
É daqueles tipos de filme que quando acaba você se pergunta se realmente entendeu a história e talvez tudo aquilo de superficial tinha na verdade uma mensagem escondida, mas que ao retornar ao início do filme para ter certeza, percebe que não, que realmente faltou desenvolvimento.

Se em momentos a fotografia traz a lembrança de Omen (A Profecia), o nome dado aqui influencia numa expectativa de tema que ao ser quebrada poderia ser realmente uma boa surpresa se não fossem os demais atos perdidos como o silêncio no escuro que deixa o expectador apreensivo para um jump scare que nunca vem e que nesse caso poderia até ter trazido ao menos uma emoção.
Não que o filme seja completamente chato, mas é que ele está sempre na ameaça de entregar algo e por mais que você espere, esse algo nunca vem.

Tive a impressão que os roteiristas assistiram a Midsommar e criaram todo o roteiro para ter apenas uma cena que não agrega em nada. É como se reunissem diversos filmes em uma panela para fazer uma sopa, mas colocaram tanta água e esqueceram do tempero.

O mais estranho é que foca no ponto de vista de um personagem e ao mesmo tempo não fica tão claro como o ponto de vista desse personagem, sem falar da solução fácil da trama que nesse caso não vai bem, porque todo o filme está sem nós.
Fica óbvio o que está acontecendo e eu implorava para que estar errada, pois ai teria uma virada de plot muito mais interessante do que a virada e revirada.
No fim o que poderia ser um interessante terror psicológico ou apenas um simples drama, se torna um filme cheio de clichês baratos de alguém que poderia ter estudado um pouco mais a construção de uma ideia.

Gêmeo Maligno estreia nesta quinta (11/08) nos cinemas.

Elenco: Teresa Palmer, Steven Cree, Barbara Marten, Tristan Ruggeri, Ergo Küppas

Direção: Taneli Mustonen

Roteiro: Aleksi Hyvärinen, Taneli Mustonen

Produção: Aleksi Hyvärinen

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