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FILMES CRÍTICAS

Crítica: Egon Schiele – Morte e donzela | Cinebiografia dirigida por Dieter Bener

Crítica: Egon Schiele – Morte e donzela | Cinebiografia dirigida por Dieter Bener
  • Publicado em: julho 29, 2018

Conhecido popularmente no inicio do século XX por reproduzir mulheres nuas em suas telas Egon Schiele ganha vida na pele do ator Noah Saavedra no longa-metragem, definido como uma cinebiografia que vai contar a história de vida do pintor e a origem do seu quadro “Morte e Donzela”. Schiele que era polêmico por ter como principal musa sua irmã Gerti (Maresi Riegner) e mais tarde por se envolver com uma menina menor de idade, em meio a tudo isso ele se envolve com Wally (Valerie Pachner) amor de sua vida e a mulher retratada no quadro Morte e Donzela.

Um filme poético e sensível da maneira que deve ser ao contar a história de um artista, mas erra um pouco tratando-se especificamente de Egon pintor fascinado pelo erotismo e polemico por seu atrevimento considerando o período em que viveu. Com roteiro de Hilde Berger e Dieter Bener, este que também assume a direção, o publico vai desfrutar na verdade de um Egon Schiele fascinado pelo nu, fissurado pela sua arte ao ponto de colocá-la em primeiro lugar na sua vida, tornando-o pouco social e empático quando o assunto é sua relação com mulheres e até com a sua irmã, com quem tinha uma relação incestuosa.

Aliás essa relação um tanto quanto peculiar entre Egon e Gerti é plano de fundo para quase toda a sua história. Pois, ela foi sua primeira modelo nu, depois que ele começou a usar outras modelos com ciúmes Gerti acaba se afastando e se envolvendo com Anton (Thomas Schubert), casa-se e vai viver com seu marido, mas mais tarde quem fica com Egon até o fim de seus dias é ela.

Por outro lado temos a relação de Schiele com Wally, seu grande amor. Egon conheceu Wally através do famoso pintor Gustav Klimt (Cornelius Obonya), que ficou atraído pelas obras de Schiele, ambos no filme tiveram contato e até uma troca de obras e ideias. Wally que era uma das modelos de Klimt acaba indo viver com Schiele.

Um filme não muito autêntico, mas ao mesmo tempo ilustrativo tratando-se de um artista jovem, que viveu por sua arte e se “atrevia”. Envolvido com polêmicas, mas não se deixou abater por isso, pelo contrário conseguiu se safar e depois esteve no auge de sua carreira. Com autos e baixos de uma personalidade única, o expectador vai poder ver uma história embora figurada a narrativa é agradável para os amantes da arte.

Nota:

Trailler

Título Original: Egon Schiele

Direção: Dieter Bener

Elenco: Noah Saavedra, Maresi Riegner, Valerie Pachner, Thomas Schubert, Larissa Aimee, Breidbach, Marie Jung, Elisabeth Umlauft, Cornelius Obonya

Sinopse: Jovem, talentoso, sedutor. Egon Schiele é um dos artistas mais provocativos de Viena no início do século 20. Sua vida e obra são impulsionados pelas mulheres que o cercam: Gerti, sua irmã e primeira musa, e Wally, seu grande amor de apenas 17 anos, imortalizada na famosa pintura “Morte e a Donzela”. Com seu estilo radical, Egon atrai artistas ousados como Gustav Klimt, mas causa um escândalo na sociedade local. Para defender sua arte, ele está disposto a sacrificar seu amor, e até sua vida.

Written By
Ana Paula

Estudante de Jornalismo, blogueira de cinema, mas apaixonada pela arte em todas as suas formas. Comunicação pra mim é essencial. Sou movida por sonhos e a esperança de que sempre há um lado bom nas coisas.

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