O diretor e roteirista de Café, Cristiano Bortone teve como inspiração as falas dos sommeliers que dizem que o café possui três sabores: amargo, azedo e perfumado. Baseado nisso, Bortone nos apresenta a três histórias que se passam em três lugares do mundo, mas ambas com uma coisa em comum: o café.
Na Bélgica, acontecem alguns protestos repletos de tumultos e, em meio a esse cenário Iraqi Hamed (Hichem Yacoubi) tem a sua loja saqueada e lavam uma espécie de bule de café que está na sua família a gerações e vale cerca de vinte mil dólares. Hamed decide fazer justiça com as próprias mãos ao descobrir o autor do furto. Na Itália, Renzo (Dario Aita) é um barista, mas que ao ser demitido, se envolve no roubo de uma fábrica, mas as coisas saem do controle. Na China, Ren Fei (Fangsheng Lu) é gerente de uma fábrica, ele é enviado a um vale devido a uma ameaça de poluição de uma das fabricas região que faz fronteira com o Laos e coincidentemente onde Rei viveu sua infância.
O roteiro que é assinado por Cristiano Bortone, Annalaura Ciervo, Minghua Shi e Matthew Thompson abordam histórias que apesar de distintas, são bem realistas e demonstram problemas sociais que estão ou podem estar presentes no mundo inteiro, como: os protestos, o desemprego e diferenças sociais e a má distribuição de renda e o que isso ocasiona na vida das pessoas que buscam ter uma vida melhor.
O problema de Café está apenas na organização dessas ideias que poderiam ser mais bem desenvolvidas, no primeiro ato o filme é muito lento, arrastado e até confuso e quando as coisas começam a fazer sentido já chegamos ao fim de cada uma das histórias e faltou aprofundamento nos personagens também, isso deixa o longa-metragem a desejar.
Nota:
Trailler
Título Original: Caffè
Direção: Cristiano Bortone
Elenco: Dario Aita, Hichem Yacoubi, Miriam Dalmazio, Ennio Fantastichini, Fangsheng Lu, Zhuo Tan, Yimo Li, Arne de Tremerie, Qiuge Zhang, Koen De Bouw, Michael Schermi, Giovanni Galati
Sinopse: Três histórias, passadas em três lugares do mundo, ligadas por um elemento simbólico. Na Bélgica, a loja do iraquiano Hamed é saqueada e seu precioso pote de café é roubado. Na Itália, um sommelier apaixonado se envolve em um assalto a uma fábrica de café. Na China, um jovem gerente é convidado a cuidar de uma fábrica que corre o risco de poluir um vale em Yunnan.