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Crítica: A Cabana (2017) | A adaptação de um fenômeno religioso mundial.

Crítica: A Cabana (2017) | A adaptação de um fenômeno religioso mundial.
  • Publicado em: abril 5, 2017

Quem nunca passou por momentos de tristeza na vida, não é? Seja uma tragédia familiar ou até mesmo individual, são nessas horas que enquanto alguns culpam a si mesmos ou até a Deus, outros procuram entender o motivo pelo qual tal infâmia ocorreu, buscando através da fé no Grande Eu Sou, a resposta para a cura, tanto pessoal quanto espiritual. Em A Cabana, novo filme de Stuart Hazeldine, somos introduzidos na vida de Mackenzie Allen Phillips e conduzidos a uma jornada que trata justamente sobre este assunto: a superação de um infortúnio na vida de um homem qualquer, que por meio de um encontro com o Pai Celestial, teve sua existência mudada para sempre. O longa, baseado no livro de William P. Young, estreia essa semana nos cinemas de todo o Brasil e só de ver o trailer, já foi possível ter uma noção de que coisa boa vem aí. O NoSet já conferiu e traz uma matéria especial voltada a esta grande produção que promete encantar o público!

Na trama, temos uma história que nos leva à viagem de elevação espiritual de um pai. Depois de sofrer uma tragédia familiar, Mack Phillips entra em uma depressão profunda, que o faz questionar suas crenças mais íntimas. Enfrentando uma crise de fé, ele recebe uma carta misteriosa que o convida a ir até uma cabana abandonada no coração de uma floresta do Oregon. Apesar de suas dúvidas, Mack viaja até a cabana e encontra um trio enigmático de estranhos liderados por uma mulher chamada Papai. Por meio deste encontro, Mack descobre importantes verdades que transformação sua compreensão de sua tragédia e mudarão sua vida para sempre. Primeiramente, vale ressaltar os aspectos mais básicos: este foi um filme baseado no romance de fenomenal sucesso, do autor William P. Young (o mesmo de A Travessia), que em sua estreia, permaneceu na lista de Best-Sellers no New York Times em 1º lugar por mais de 1 ano e 6 meses. As críticas positivas e apaixonadas logo propeliram o livro até as mãos de leitores do grande mercado, os as suas vendas ultrapassaram a marca de 22 milhões de exemplares vendidos, tirando o fato de que atualmente ele está publicado em 40 idiomas diferentes.

Admito que ainda não li o livro (apesar de ser o próximo da minha lista), mas confesso que o enredo da fita foi profundamente inspirador, pois trata em particular sobre a força do espírito humano em meio a uma perda inimaginável (pasmem, quem já passou por isso irá se identificar ainda mais), quando um pai de luto enfrenta a mais difícil decisão de sua vida – perdoar o imperdoável. De acordo com o produtor, Gil Netter, o impacto que o livro causou era tão grande, mas tão grande, que milhares de pessoas além de quererem participar do projeto, tinham seus próprios motivos particulares, e isso foi algo incrível. Aliás, o elemento-chave para fazer dele um filme genuinamente hollywoodiano, consoante os responsáveis pela realização, era escalar um elenco perfeito que entendesse e se identificasse com o material abordado, mas que também tivesse disposição para se abrir e explorar as profundas e comoventes mensagens.

Não obstante, essa escolha tomou forma em um elenco excepcional que inclui o ator Sam Worthington (Apenas uma Noite), que de longe, teve uma de suas performances mais convincentes, a vencedora do Oscar Octavia Spencer (por Histórias Cruzadas) em uma atuação sensacional como Papai/Deus (já até prevejo a enxurrada de comentários negativos para a figurante que ela representa, o Pai Celestial), a linda Radha Mitchell (Terror em Silent Hill) no papel da mãe de Missy, o vencedor do Prêmio Grammy, Tim McGraw (Um Sonho Possível) como Willie, vizinho e amigo de Mack, e Alice Braga, ótima como sempre e que, embora tenha tido uma breve aparição, estava fantástica dando vida a bela personagem Sabedoria. Juntamente com estreantes no cinema, Sumire (como Sarayu, o Espírito Santo) e Avraham Aviv Alush, interpretando o Filho, Jesus. Notaram como a trindade (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) aqui se forma?

Enfatizando Alice Braga (Elysium), a atriz brasileira declarou que já havia ouvido falar do livro por meio de amigos e estava curiosa para ver como o roteiro abordaria o material sem pontificar ou ser exageradamente religioso. “Interpreto a Sabedoria… adoro falar isso porque nunca tive o papel de uma personagem como ela”, Alice revela. “Estava realmente interessada em ver como você pode falar de julgamento e de Deus sem que pareça um sermão. A Sophia é realista e se conecta com o Mack de uma maneira muito humana, ela está tentando levá-lo para um lugar de compreensão para que ele consiga se desencarcerar e ficar livre, no sentido de abrir mão do passado – e para que entenda que a vida segue, mesmo quando você sofre uma perda terrível”. Completando o elenco, há um grupo impressionante de jovens talentos: Gage Munroe (Josh), Megan Charpentier (Kate) e a estreante de oito anos de idade Amelie Eve (Missy). Tanto com atores renomados quanto novos rostos que os produtores encontraram em Tel Aviv e Tóquio, contamos ainda com uma trilha sonora poderosa, que inclui o excelente single Keep Your Eyes On Me, interpretado por Tim McGraw e sua esposa, Faith Hill; faixa que serve de tema do filme e pode ser ouvida junto do trailer. Foi a primeira música de coautoria do casal. No entanto, temos também bandas célebres, como por exemplo, for KING & COUNTRY, Lecrae, NEEDTOBREATHE, Francesca Battistelli, Lady Antebellum e Hillsong United.

Outrossim, com uma duração que passa um pouco de 2 horas, o interessante também é que a narrativa não foi cansativa. Justo pelo contrário, o filme demonstrou isso de forma simples e bela. Com relação à fotografia, ela está deslumbrante! Ocorreu durante 37 dias e levou ambas as equipes e elenco a algumas das locações mais espetaculares, senão remotas, ao redor da região da grande Vancouver, Columbia Britânica. A Cabana está longe de ser horrível – como muitos religiosos aposto que irão divulgar; eu pessoalmente percebi que apesar do desenvolvimento meio lento (não significa que a narração tenha pecado nesse aspecto) e alguns erros teológicos (não há uma concepção deveras oculta, porém confiram, pois assim vocês saberão do que estou falando, não convém citá-los aqui), o filme nos faz parar pra pensar e refletir em muitas questões, descrevendo relatos encorajadores. Como diz o velho ditado: todo mundo já passou por algo que nos modificou de tal modo que não foi mais possível ser a pessoa que éramos antes. Esta não poderia deixar de ser a mais pura verdade. Portanto, indico-o com certeza!

Título Original: The Shack
Direção: Stuart Hazeldine
Duração: 132 minutos
Nota:

Confira o trailer a seguir:

Written By
Eduardo Ben Lima

Me considero alguém diferente. Claro que certas condições se aplicam a todos, mas existem exceções. Mas em suma, um jovem escorpiano que adora o mundo do Cinema, ama ler, meditar de vez em quando, e aprendeu Inglês praticamente com filmes e séries, devido à forte admiração que possui por ambos. Curto todos os gêneros, porém tenho um carinho em particular com ficções, aventuras e suspenses.

1 Comment

  • Li o livro assim que foi lançado aqui e muito lindo espero o mesmo do filme as colocações sobre vida e morte são primorosas sucesso para o filme.

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