Crítica | Belle (2021)

Belle é uma linda repaginação do clássico “A Bela e a Fera”. Uma releitura moderna sobre amor e empatia, e quando falo amor aqui não digo amor romântico.

Suzu é uma adolescente de 17 anos que mora no interior do Japão que amava cantar com sua mãe, mas após perdê-la na infância, seu luto fez que nunca mais conseguisse cantar. Isso faz também que com os anos ela se afaste do seu pai e se feche para o mundo.

Até ser convidada a entrar em uma plataforma virtual conhecida como “U” que funciona basicamente como um metaverso, onde ela pode ser outra pessoa em outra realidade.

Another me. Another reality. We are no longer limited to a single world.

“Um outro eu
Uma outra realidade
Nós não estamos mais limitados a um único mundo”

Dentro dessa nova realidade, Suzu assume o avatar de Belle, onde volta a cantar naturalmente. Passando a ser alguém completamente diferente daquela estudante tímida dentro de um universo no qual é idolatrada por sua voz.

Belle consegue transformar toda a história original e a já repaginada que conhecemos pela Disney, em um filme completamente sensível. Por que não pensar em um mundo onde as pessoas se escondem em uma realidade virtual e criam seus castelos para se protegerem de suas próprias realidades?

Sua estética é maravilhosa e a construção do enredo passa de forma tão gostosa que mal deu para perceber que tem 2 horas de duração. Agora separe, além da pipoca, lencinhos para quando for assistir.

A animação dirigida por Mamoru Hosoda, diretor nomeado pela Academia®, foi aplaudida por 14 minutos no Festival de Cannes e tem nota de 95% no Rotten Tomatoes pela avaliação da crítica e do público.

Em “Belle”, Suzu é uma menina pouco popular entre seus amigos de escola, mas depois de entrar no Universo U sua vida mudou para sempre. Na plataforma de realidade virtual ela é Belle, uma cantora de sucesso conhecida e amada por todos. E é nesse universo onde ela conhece uma criatura misteriosa que a leva a viver aventuras em uma jornada de autodescobrimento.

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