Conto de fadas… às avessas!!
Vamos falar de princesas da Disney? Ou melhor, de contos de fadas clássicos que receberam um toque de modernidade em seus contextos? É exatamente isto que a série “Once Upon a Time” faz e, na minha humilde opinião, com brilhantismo.
“Once Upon a Time” é uma série estadunidense, foi lançada em 2011, conta a história da família da Branca de Neve, a qual interage com os mais diversos personagens e contos de fadas. A história é locada em Storybrook, cidade mágica criada pela Madrasta Má, conhecida como Regina Mills, para evitar que Branca e seu Príncipe Encantado tenha um final feliz.
Ok, lendo assim parece ser mais um obra água e açúcar com inspiração nos clássicos. Na verdade a história pega uma licença poética para re-escrever estas histórias tão conhecidas, mas mostrando uma nova visão, trazendo temas da atualidade para o contexto destas histórias. Divirto-me horrores tentando reconhecer os personagens e os vendo de formas completamente diferentes.
Não que as histórias clássicas não têm mais importância, pelo contrário, estes contos são lindos e precisam continuar no imaginário das crianças, sejam meninas ou meninos, e dos adultos. Vai me dizer que nunca se pegou assistindo “Cinderela”, “Branda de Neve” ou qualquer dos clássicos na Disney Chanel? Aposto que não!
“Mas o que tem de tão diferente nestas história?” Você é feminista e nunca gostou das clássicas histórias de princesas porque elas eram simplesmente donzelas que precisavam ser salvas por um príncipe? Agora elas são guerreiras, com outras prioridades além de se casarem e “viver feliz para sempre”, são mães, irmãs, conselheiras, líderes, sendo uma nova perspectiva sobre feminismo e o papel da mulher na sociedade.
Você acredita que o conceito de família mudou e os clássicos não acompanharam? A série encoraja estes novos conceitos, a história começa com o neto da Branca de Neve e do Príncipe Encantado, que é adoto pela Madrasta Má (Regina), encontrando a mãe biológica, Emma Swan, a “Salvadora”. Sem contar que Branca e Encantado estavam parados no tempo por 28 anos, logo eles não aparentam ser país avós. Tem muito mais loucura nessa família, porém isto seria muito spoiler, portanto vão conferir.
Você acredita que uma pessoa pode ser mais do aparenta e acha que os vilões destas histórias podem ser rasos ou que os heróis são bonzinhos demais? A parte psicológica da série vai além, mostra o passado dos vilões, antes da história começar, mostrando a razão para se transformarem naquilo que conhecemos. Quanto aos heróis, mocinhas e mocinhos, bom eles também têm teto de vidro. Ou seja, mostra realmente que todos têm seu lado bom e seu lado ruim, cabendo a cada um escolher o que prevalecerá.
O elenco não tem muitos nomes conhecidos, com a exceção de alguns, mas são muito competentes no que fazem. Sou muito suspeita para falar, porque acompanho desde a estreia, então tenho carinho muito grande, mas tenho que destacar a atuação de dois dos vilões (pensem numa decisão difícil).A primeira é a Madrasta Má, ou Regina Mills, ela precisa de uma carga de emoção muito pontual, além de ser dinâmica, exatamente porque é uma das personagens que mais oscila entre o bem e o mal (mas por causa dos flashbacks). É interpretada por Lana Parrilla, uma atriz estadunidense que já fez muitas participações em séries, como “Lost” e “24 horas”, ela é excelente, consegue fazer com que você viaje nas personas da vilã heroína!
O outro é Rumplestillskin, ou Mr. Gold, que é o vilão dos vilões, o “Senhor das Trevas”, ele é o centro de toda a magia negra nos contos de fadas, na série ele interfere em todas as histórias sempre atrás de um acordo e com o importante aviso que “toda a magia tem um preço”. Ah, ele ainda é a Fera da Bella (sim, eles dançam a música da Disney, nem digo que chorei). Quem o interpreta é Robert Carlyle, escocês com um sotaque forte, mas que consegue modelar e, assim, consegue mostrar as tantas nuances do personagem mais complexo da trama.
Uma curiosidade para os amantes de série, entre personagens permanentes e participações, inclusive na série “filha”, a “Once Upon a Time in Wordland”, foram seis atores, pelo menos, que estiveram na série “Lost”. A mais famosa e permanente é a atriz que interpreta a Bella, que é Emilie de Ravin, que fazia Claire em “Lost”.
Resumindo, se vocês estão atrás de uma série que quebre paradigmas, mas ainda te encante com a magia que só as princesas e vilões de contos clássicos podem ofertar, aqui fica a minha sugestão. Divirtam-se e comentem se gostaram!!!
Beijos, até a próxima semana