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Conheça a si mesmo – “Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que Começou Tudo”

Conheça a si mesmo – “Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que Começou Tudo”
  • Publicado em: maio 10, 2018

 

Você provavelmente já deve ter ouvido alguma coisa, positiva ou negativa, sobre os Hare Krishnas. Este movimento teve início nos anos de 1960 e teve como propulsor o indiano Srila Prabhupada.

O documentário “Hare Krishna! The Mantra, The Movement and the Swami Who Started It All” retrata como Srila Prabhupuda chegou a Nova Iorque e mostrou ao mundo o que era Krishna e qual a sua filosofia.

Prabhupuda era dono de uma farmácia na Índia, casado e com filhos, seguidor de Krishna. Seu guru lhe disse que o seu destino seria pregar Krishna no Ocidente, ele, já com filhos criados e já com seus 70 anos de idade, embarcou em um navio cargueiro rumo a Grande Maçã, sem dinheiro e sem contatos, apenas com seus livros e sua fé.

A vida e Nova Iorque não foi fácil, ele basicamente não tinha onde viver e a única renda que tinha era da venda dos livros do Bhagavad Gita, texto religioso hindu. Não bastando isso, ainda teve seus poucos bens (papeis, máquina de escrever e gravador de voz) roubados.

Mas ele, como descrevem até hoje, era um homem de fé e que transbordava amor. Tudo que ele queria era ensinar sua filosofia, não guardava mágoa das coisas ruins que o aconteciam.

Logo ele começou a ter alunos, jovens que procuravam alguma coisa para acreditar em um mundo em guerra (Guerra Fria, principalmente). Esses jovens, em sua maioria, eram do movimento hippie, marcados pelo álcool e pelas drogas, hábitos que deixaram de ter depois de conhecer toda a filosofia de Krishna.

Prabhupuda passou muitos anos nos EUA, fomentando esse movimento, passou a ter muitos seguidores, de todas as classes sociais e por todo o mundo.

Possivelmente o mais famoso, e retratado no documentário, é George Harrison, um dos quatro Beatles. Ele “abrigou” os Hare Krishnas, alunos de Prabhupuda, que estavam em Londres na Apple Records, gravando o mantra que viria a ficar muito famoso em todas as mídias da época. O grande marco pop foi sua música “My Sweet Lord”, que contem o mantra em sua letra.

“Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare”

Com toda essa exposição a religião passou a ser considerada uma seita, algo que fazia lavagem cerebral nos jovens e os tiravam do “bom caminho”.

Sendo Prabhupuda o Swami (líder, precursor) deste movimento se esperava que ele se posicionasse, ele simplesmente recebeu as críticas com leveza, mostrando o lado bom.

Qual o lado bom? Buscar a Deus, ter uma vida simples, conhecer a si mesmo. Ele levou esse pensamento para além, incentivando a criação de centros e templos, lugares onde os seguidores poderiam estudar e praticar os mantras, além de viver em família, com alimentos da terra.

Esse senhor começou esta missão com 70 anos de idade, mas era mais vívido com os jovens de 18 anos que o seguia. Ele tinha tempo para todos que quisessem o ouvir, era ousado e dedicado, respondia detalhadamente todas as cartas que recebia e traduzia o Bhagavad Gita, e outros textos hindus, para o inglês e todos os idiomas que conhecia.

Os Hare Krishnas não foram só uma movimento religioso, mas sim uma revolução na forma de pensar e de ver o mundo. O movimento trouxe a espiritualidade e a alegria do povo indiano para o ocidente, além de sua sabedoria.

Logicamente que nem tudo são flores. Alguns membros mais ambiciosos podem ter manchado o nome dos Hare Krishnas, o que foi vencido na maior instância judiciaria dos EUA.

O documentário é todo embalado pelos mantras ritmados e, logicamente, por “My Sweet Lord”. Tem imagens da época, áudios gravados pelo próprio Prabhupuda e entrevistas com os seguidores dele da época, que descrevem como era estar com ele e viver naquela época.

A estreia no circuito nacional é hoje, dia 10 de maio, com o nome “Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que Começou Tudo”. Confira o trailer aqui:

 

Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

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