Confissões de uma Noite de Margaritas – “Doces Magnólias”

Cidade pequena, um trio de amigas, reunião semanal regada a álcool, amores e desamores da vida … clichê de série água com açúcar que vale a pena assistir.

Uma das séries que surgiram já na quarentena, e ajudou a me salvar do tédio com seus 10 episódios, tem tudo isso e se chama “Doces Magnólias”.

A cidade pequena se chama Serenity, as amigas da vida inteira são Maddie, Dana Sue e Helen e as reuniões são regadas por margaritas. Quando eram pequenas elas vendiam limonada em uma barraquinha que chamavam de “Doces Magnólias”, o primeiro negócio delas.

Maddie está passando um processo complicado de divórcio, começando pelo motivo, traição. Bill, o marido dela, estava a traindo com uma enfermeira pouco mais velha do que Ty, o primeiro filho dele com Maddie. Ela se encontra em uma posição difícil, tendo que equilibrar os próprios sentimentos dos filhos.

Dana Sue é dona de um restaurante, sonho da vida dela, mas ainda enfrenta alguns desafios e possíveis segredos do passado (ela era a mais rebelde das três e aprontou algumas). Ela também se separou, mas nunca se divorciou de fato, e vive só com a filha, Annie, com tende a ser muito rígida e isso pode ser o causador do afastamento delas.

Helen é considerada a mais bem sucedida, a única que saiu da cidade pequena para fazer faculdade e tem uma carreira exemplar no Direito. Nem Harey Specter é palio para a negociação com Helen!

Mas ela decidiu voltar para a cidade quando a mãe ficou doente, desde então ela trabalha na cidade e se reconectou com suas raízes. Ela é madrinha de Annie, mas ela sonha em ter seus próprios filhos.

Em meio ao caos na vida de Maddie, Dana Sue e Helen decidem investir em um negócio para as três. Elas comprar o casarão onde elas montavam a barraquinha de limonada e querem montar um spa, unindo as habilidades de cada uma.

Maddie tenta resistir, mas ela acaba vendo que era disso que precisava para se reconectar com ela e isso poderia a ajudar a lidar com o resto. Que resto?

A namorada de Bill, Noreen, engravidou, ele se compromete a casar e, para isso, precisa aproximar os filhos a ela. Ty é rebelde, ele não consegue aceitar porque, na cabeça dele, seu papel é proteger a mãe e aceitar Noreen seria uma forma de traição.

Os filhos mais novos são mais tranquilos. Kate é muito novinha para entender tudo, só sabe que o pai não está mais com a mãe. Kyle, o do meio, é muito meigo e carinhoso, ele fez até amizade com Noreen (o único que tenta se aproximar), mas isso pode fazer com ele passe invisível.

Além disso aparece Carl Maddox, o treinador de Ty. Incrivelmente lindo e que se apaixona por Maddie.

Entre os filhos das doces magnólias também tem drama, naquele estilo clichê adolescente que sempre dá certo: Kyle é apaixonado por Annie, que é apaixonada por Tyler, que a ver como uma irmã, mas depois começa a pensar diferente.

Eu gosto de classificar essa série como “Aquela Série Gostosinha de Assistir”, ou seja, não é preciso pensar muito, não há grandes estratégias ou complexidade, mas é incrivelmente viciante. A série é bem escrita, bem dirigida, tem bons atores, a história é bem amarrada (até agora).

Ela vai no estilo de “Gilmore Girls”, “Chesapeake Shores”, “Virgin River”, talvez “Lances da Vida”, por ter essa “vibe” de cidade pequena, todo mundo sabe da vida de todo mundo, a cidade é uma comunidade, apesar de ter alguns que acham melhores que os outros e por aí vai. A carga dramática é bem equilibrada por causa disso.

E, por isso, você consegue torcer pelos personagens, identificar aqueles personagens secundários que se destacam, ver que não existem vilões de verdade. Bill, por exemplo, não é um bom marido para Maddie e não tem sido bom para Noreen.

Noreen, por sua vez, não é ruim, ela um pouco inocente até, precisando de mais amigos e apoio emocional. Talvez ela seja muito caricata, estereotipada, mas não é alguém “do mal”.

Enfim, série para assistir quando quer relaxar, mas também alto potencial emotivo (se você chora com série/filme, prepara os lencinhos).

Não posso terminar sem falar do elenco, que ajuda muito nesse delicado equilíbrio entre drama e “comédia” (humor)!

Maddie é vivida por JoAnna Garcia Swisher, que ficou famosa pela série “Reba”, mas também é vista em produções como “American Pie 2”, “Privileged”, “Gossip Girl”, “Once Upon a Time” (ela é a Ariel de Storybrooke) e “Royal Pains”.

Dana Sue é interpretada por Brooke Eliott, que ficou conhecida pela série jurídica “Drop Dead Diva”. Eu lembro que assistia essa série quando ainda estava na faculdade e eu adorava, mas nunca cheguei a terminar de assistir (era pela TV mesmo). Sempre quis ver mais dessa atriz e nunca tinha tido notícias de outros trabalhos dela.

Um dos atrativos para assistir “Doces Magnólias” foi ver elas duas no cartaz.

Helen é vivida por Heather Headley, cujo trabalhos mais famosos são “Dirty Dancing: Havana Nights”, “She Gotta It” e “Chicago Med”. Eu não a conhecia, por isso as outras duas sobressaíram, mas cada cena de Helen é um empoderamento diferente.

Se, anos atrás, ver Brooke Eliott me inspirava como estudante de Direito, hoje ver Helen negociando inspira um pouco meu lado advogada.

Bill é interpretado por Chris Klein, famoso por toda saga “American Pie”, mas também fez aparições em séries como “Wilfred” e “The Flash”. A namorada dele, Noreen, marca a volta de Jamie Lynn Spears, que não atuava desde 2008, quando a série “Zoey 101” se despediu.

Carl Maddox, o belíssimo treinador de futebol, é vivido por Justin Bruening, conhecido por “All My Children” e, mais recentemente, “Grey’s Anatomy”.

O rebelde Ty é vivido por Carson Rowland, Kyle por Logan Allen e Katie por Bianca Berry Tarantino (não encontrei ligação com Quentin Tarantino). Embora já tenham feito trabalhos anteriores, “Doces Magnólias” é a produção mais famosa.

A série apresenta a estreia de Annaliese Judge, interpretando Annie, e parece que ela agradou a indústria, já com mais dois trabalhos confirmados.

Um personagem que não citei, mas que provavelmente será relevante na segunda temporada (já confimada) é Isaac. Ele é ajudante da cozinha de Dana Sue, mas é ele que desenterra uns segredos dela. O ator que dá vida a ele é Chris Medlin.

Até mais!

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