Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma das melhores franquias do cinema dos anos 80, baseados nos personagens das HQs Conan O Bárbaro e Sonja A Guerreira.
Conan, o Bárbaro (1982):
Direção John Milius, produção Buzz Feitshans e Raffaela De Laurentiis, roteiro John Milius e Oliver Stone, baseado em Robert E. Howard. Elenco Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Sandhal Bergman, Ben Davidson, Cassandra Gava, Gerry Lopez, Mako Iwamatsu, Valérie Quennessen, William Smith e Max Von Sydow.
Sinopse: Há milhares de anos Thulsa Doom, um demoníaco feiticeiro, comanda um ataque por motivos até hoje não revelados que poderia ser simplesmente pelo prazer de matar ou para descobrir o segredo do aço, que era guardado pelos moradores de uma aldeia. Conan, um cimério, vê seus pais serem mortos na sua frente e seu povo ser massacrado, sendo que ele, ainda criança, é levado para um campo de escravos. Os anos passam e ele desenvolve uma enorme força física, o que faz Conan se tornar gladiador. Ele ainda se mantém determinado a vingar a morte dos pais e quando é libertado tenta alcançar seu objetivo. Conan descobre que Thulsa Doom lidera o misterioso culto da serpente e, tentando se aproximar do feiticeiro, faz amizade com dois ladrões, Valeria e Subotai. Ao trio é prometida uma vultosa recompensa pelo rei Osric, que quer que o trio de guerreiros resgate sua filha, que se tornou uma seguidora de Thulsa Doom.
Comentários: Conan the Barbarian é um filme americano de 1982, baseado nas HQs de Robert E. Howard sobre as aventuras do personagem homônimo em um mundo pré-histórico com magia negra e selvageria. Conan the Barbarian conta a história de um jovem bárbaro que procura vingança pela morte de seus pais. O alvo de sua ira é Thulsa Doom, o líder de um culto. Ideias para um flme sobre Conan foram propostas no início da década de 1970. Um esforço conjunto por Edward R. Pressman e Edward Summer para produzir o filme começou em 1975. Demorou dois anos para os dois conseguirem os direitos de adaptação, depois disso eles chamaram Schwarzenegger para o papel principal e Stone para escrever um rascunho do roteiro.
Pressman não tinha dinheiro para seu empreendimento, e em 1979, depois de suas propostas para investimentos serem rejeitadas pelos grandes estúdios, ele vendeu os direitos para Dino De Laurentiis, pai de Raffaela. Milius foi contratado para dirigir e reescreveu o roteiro de Stone. O roteiro final de filmagens integrava cenas das histórias de Howard e de filmes como Kaidan e Shichinin no Samurai. As filmagens ocorreram na Espanha durante um período de cinco meses, em regiões perto de Madrid e Almería. Os cenários, criados por Ron Cobb, foram inspirados em culturas da Idade Média e nas pinturas de Frank Frazetta. Milius evitou efeitos óticos, preferindo realizar suas ideias com efeitos mecânicos e ilusões óticas. Schwarzenegger realizou a maioria de suas cenas de ação e duas espadas, custando cada uma US$ 10.000, foram forjadas para seu personagem. O processo de edição demorou um ano e várias cenas violentas foram cortadas. Conan the Barbarian teve um orçamento de US$ 20 milhões e arrecadou mais de US$ 60 milhões mundialmente.
Curiosidades: Acadêmicos e críticos encontraram temas fascistas e individualistas no filme, com o ângulo fascista aparecendo na maioria das críticas ao filme. Os críticos também reagiram de forma negativa a atuação de Schwarzenegger e a violência. O crítico americano Roger Ebert disse que Conan the Barbarian é “uma fantasia perfeita para pré-adolescentes alienados”.O filme gerou uma sequência, o fraco Conan the Destroyer (1983) e um remake mais fraco ainda em 2011.
Conan, o Destruidor (1984):
Direção Richard Fleischer, produção Dino De Laurentiis, Raffaella De Laurentiis e Edward R. Pressman, produção executive Stephen F. Kesten, roteiro Stanley Mann, baseado em Roy Thomas e Gerry Conway, elenco Arnold Schwarzenegger, Grace Jones, Wilt Chamberlain, Sarah Douglas, Mako e Olivia d’Abo.
Sinopse: A dupla de guerreiros ladrões Conan e o parceiro Malak é contatada pela Rainha Taramis de Shadizar e aceita fazer duas tarefas para ela: roubar uma gema mágica do mago Toth-Amon, que só pode ser tocada pela virgem Jehnna e recuperar um chifre mágico capaz de despertar Dagoth, deus dos sonhos e pesadelos. Como prêmio, Taramis garante a Conan ser capaz de ressuscitar sua amada já falecida. Para a jornada, além de Mako e Jehnna, Conan é obrigado a levar com ele Bombaata, guerreiro de Taramis que será o guarda-costas de Jehnna. Ele vai ao encontro do mago Akiro, que o resgata de canibais, e aceita que se junte a eles a selvagem guerreira Kush chamada Zula.
Comentários: John Milius, diretor de Conan the Barbarian, não estava disponível para a sequência e Dino De Laurentiis sugeriu a contratação de Richard Fleischer à sua filha Raffaella De Laurentiis, produtora do filme Conan the Destroyer. Fleischer tinha dirigido Barabba (1961) e Mandingo (1975) para Dino De Laurentiis. As locações do filme foram no México, em Pachuca, no vulcão nevado extinto de Toluca e Dunas Samalayuca (próximas de El Paso), além de ter sido usado os Estudios Churubusco Azteca. Carlo Rambaldi criou o monstro Dagoth. O filme traz a cena de um camelo sendo nocauteado por Conan, tendo sido puxadas as pernas do animal com cabos para que caisse no chão. Devido a crueldade com o animal, a cena foi cortada na exibição do Reino Unido, bem como outra parecida na qual um cavalo é derrubado com um soco desferido também por Conan, na batalha inicial do filme. Conan the Barbarian arrecadara 40 milhões de dólares nos Estados Unidos com a classificação “R”, e 50 milhões de dólares em países estrangeiros. A Universal Pictures e o produtor Dino De Laurentiis queriam alcançar um público maior e decidiram tornar a sequência menos violenta. Contudo, a sequência Conan the Destroyer recebera a classificação “R” como seu antecessor, mas depois o filme foi reclassificado para “PG”. Fleischer deixou o filme menos violento e adicionou cenas humorísticas, embora as cenas de violência continuassem sangrentas. Com orçamento de US$ 18 milhões, arrecadou menos nos EUA (31 milhões de dólares) e 69 milhões de dólares no Exterior.
Curiosidades: A repetição do sucesso do primeiro filme fez com que Schwarzenegger, Fleischer e o produtor Dino De Laurentiis se juntassem novamente para filmarem Red Sonja em 1985, mas este não foi bem recebido pelo público. O terceiro filme da trilogia de Conan foi planejado para 1987 e se chamaria Conan the Conqueror. A direção ficaria com Guy Hamilton ou John Guillermin. Contudo, Arnold Schwarzenegger tinha sido contratado para filmar Predator e o compromisso dele com De Laurentiis havia se encerrado em Red Sonja e Raw Deal, havendo negativa por parte do ator em renová-lo. O roteiro foi usado para o filme Kull the Conqueror, com Kull substituindo Conan como o protagonista da história. Os autores quadrinistas Roy Thomas e Gerry Conway, que haviam escrito o argumento do filme, ficaram insatisfeitos com o roteiro final de Stanley Mann. Resolveram transformar suas ideias em uma graphic novel chamada Conan: The Horn of Azoth, publicada em 1990, ilustrada por Mike Docherty. Os nomes dos personagens foram mudados: Dagoth foi chamado de Azoth, Jehnna mudou para Natari, Zula para Shumballa, Bombaata para Strabo, Toth-Amon para Rammon e a Rainha Taramis e o Grã Vizir foram combinados no mago Karanthes, pai de Natari. A novelização do filme foi escrita por Robert Jordan em 1984. O filme foi tão mal visto pelos críticos e fãs que concorreu ao prêmio de Framboesa de Ouro de pior filme e atriz coadjuvante..
Red Sonja: Guerreiros de Fogo (1985)
Direção Richard Fleischer, roteiro Robert E. Howard e Clive Exton, elenco Brigitte Nielsen, Arnold Schwarzenegger, Sandhal Bergman, Paul L. Smith, Ernie Reyes, Ronald Lacey e Lord Brytag.
Sinopse: A vida tranquila de Sonja termina quando seus pais são assassinados pela Rainha Gedren, que faz um reinado de terror e possui um talismã pelo qual poderá aniquilar o planeta. Sonja está determinada a vingar a morte de seus pais e é concedida de poderes extraordinários por uma visão misteriosa. Entretanto, ela tem que jurar que jamais tocará um homem a não ser que o mesmo a derrote em batalha. A caminho do encontro com a Rainha Gedren, ela encontra Kalidor, um estranho dotado de força superior.
Comentários: Tudo muito ruim, filme sem é nem cabeça, Sessão da Tarde, Caça Nigueis e tudo de ruim que se possa imaginar. Brigitte Nielsen até que lembra a famosa guerreira das HQs dos anos 80, Sonja, mas o elenco transforma ela em uma Barbie de Capa e Espada e isso o público não perdoou. Arnold Schwarzenegger faz um papel importante no filme, mas por uma questão contratual e de direitos do personagem Conan, usa o nome de Lord Kalidor, o que ficou pior ainda, porque por muito tempo nas HQs Conan foi a grande paixão de Sonja e vice versa. O resto do elenco só serviu para dar um ar cômico e encerrar de vez esta franquia nos anos 80, o que foi uma pena. O filme também concorreu a vários prêmios do Framboesa de Ouro. Ainda tem a série para comentarmos, mas isso fica para uma próxima matéria.
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4 Comments
Eu gosto mais do Conan – o destruidor. Personagens carismáticos na tela e a cena da luta contra o mago na sala de espelho é muito boa!
Gosto não se discute, mas o mais importante é curtir Conan 🙂
E inspirado nesse post, vou chamar os bêbados amigos meu para nesse final de semana assistirmos ao Arnold derrotado magos, gigantes e um deus antigo cimeriano mais na porrada do que na espada.
P.S. Opinião é a unica coisa que se discuti. Concordância é muito chato, não concorda?
Perfeito kkkkkkkkkkkkkkkkkkk….