Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos do belíssimo filme de Will Smith.
Beleza Oculta (2016): Direção David Frankel, produção Bard Dorros, Michael Sugar, Allan Loeb, Anthony Bregman e Kevin Scott Frakes, elenco Will Smith, Edward Norton, Keira Knightley, Michael Peña, Naomie Harris, Jacob Latimore, Kate Winslet e Helen Mirren. Companhia produtora New Line Cinema, Village Roadshow Pictures, Anonymous Content, Overbrook Entertainment PalmStar Media e Likely Story, distribuição Warner Bros.
Com um orçamento baixíssimo para o elenco que possui de US$ 36 milhões, Collateral Beauty é um filme dramático americano de 2016 que estrelou no Festival Internacional de Cinema do Dubai em 13 de dezembro de 2016, sendo lançado nos Estados Unidos em 16 de dezembro de 2016, recebendo crítica positiva e negativa, ganhando mais de sessenta milhões de dólares em todo mundo.
Sinopse: Howard Inlet (Will Smith) é um publicitário nova-iorquino que leva uma vida perfeita, até ao dia em que sua filha morre. Após uma tragédia pessoal, Howard entra em depressão e passa a escrever cartas para a morte, o tempo e o amor, algo que começa precupando seus amigos. Mas o que parecia impossível, se torna realidade quando estas três partes do universo decidem responder. Morte (Helen Mirren), tempo (Jacob Latimore) e amor (Keira Knightley), tentam ensinar o valor da vida para o homem (Will Smith).
Crítica: Não tem como começar a fazer uma crítica sem antes dizer que Smith virou o meu ator de filmes dramáticos preferidos, mesmo pensando que isso possa parecer piegas. São filmes como À Procura da Felicidade (2006) e Sete Vidas (2008) que me fazem chorar sem parar com a atuação do mega ator que faz de tudo, desde humor, ficção e ação, e que me atraiu para este filme. Ok, talvez este, dos dois citados acima, não seja realmente o mais dramático, mas é lindo do começo ao fim. Desde o roteiro de Loeb (Wall Street – 2010) até a direção Frankel (O Diabo veste Parda), o filme é recheado de pegadinhas espiritualizadas e metáforas que o cinéfilo pode ou não entender, mas que transformam o filme de uma maneira tão poética que fazem sua beleza transcenderem, do início demonstrado pelo simbolismo através dos dominós representando possivelmente a vida e o tempo, do pedido silencioso de socorro do personagem principal até a linda cena final onde todo o elenco se encontra. E quem disse que um filme dramático não pode ter viradas, heim?
Além disso, um elenco de primeira recheou este belo poema cinematográfico. Will Smith (Howard Inlet) foi quase um coadjuvante recheado de um elenco estelar que se revezava em atuações belíssimas. Edward Norton (Birdman) vem mansamente se livrando daquela imagem de ator difícil de trabalhar, e como em Birdman, faz um papel diferente do seu costume, sem os excessos teatrais, mais simples, mas de mesma qualidade. Keira Knightley (Orgulho e Preconceito) tem a chance de aparecer no meio de tantas estrelas e o faz bem. Michael Peña (Homem Formiga), que já tinha aproveitado para fazer um papel fora a da comédia no filme Marte, aqui se sai bem em um papel que crece com o tempo, também sem excessos. Naomie Harris (Moonlight) é uma excelente atriz e merece uma atenção especial em qualquer obra, principalmente por causa de suas transformações visuais e talento. Kate Winslet (Titanic) começa com um papel apagado, mas cresce bastante do meio para o final. A premiadíssima atriz Helen Mirren (Red) rouba o filme e põe no bolso com todo seu talento.
Preste muita atenção no final, começando pela cena em que Smith vai a empresa conversar com seus sócios, por que a partir dali começa um outro filme, com uma sequencia de viradas, e se surpreenda como os detalhes que fazem a diferença em uma obra de arte, que nem todo filme de drama é igual com um final construído banalmente, mas através do amor, do tempo e da morte como ensinamentos para uma nova forma de viver e amar, ou simplesmente reiniciar.
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