Um Príncipe em Nova York: Do Sucesso ao Fracasso de Eddie Murphy no Cinema.

Salve Nosetmaníacos, eu sou Marcelo Moura e hoje vamos falar de um clássico ator do humor americano que este ano anunciou a continuação do clássico filme Um Principe em NY nos cinemas.

Um Príncipe em Nova York (1988)

Direção John Landis, produção George Folsey, Jr. e Robert D. Wachs, roteiro David Sheffield e Barry W. Blaustein, história Eddie Murphy, elenco Eddie Murphy, Arsenio Hall, James Earl Jones, Shari Headley e Madge Sinclair, companhia produtora Eddie Murphy Productions, distribuição Paramount Pictures. Com lançamento nos Estados Unidos em 29 de junho de 1988 e no Brasil em 27 de outubro de 1988,

Com um baratíssimo orçamento de US$ 39 milhões e uma estrondosa receita de US$ 289 milhões Coming to America ou Um Príncipe em Nova York é um filme americano do gênero comédia romântica e o primeiro filme do ator Cuba Gooding Jr., que surge como um figurante na barbearia, e traz Don Ameche e Ralph Bellamy reprisando seus papéis como os milionários falidos de Trading Places, também protagonizado por Eddie Murphy. O filme traz uma participação especial de Samuel L. Jackson como um assaltante que tenta roubar a lanchonete ‘McDowell’s” (Uma clara referência ao Mc Donalds) .

Sinopse: Akeem Joffer (Eddie Murphy), um jovem príncipe, herdeiro do trono de Zamunda (um reino africano fictício), vive uma vida de luxo e riqueza, em que todas as tarefas comuns do dia-a-dia são realizadas por criados. Akeem se aborrece com esta vida, desejando algo a mais para si mesmo. Quando ele completa 21 anos, seus pais, o rei Jaffe (James Earl Jones) e a rainha Aeoleon, lhe apresentam sua futura esposa, Imani, que ele nunca conheceu e que foi treinada para obedecer todas as suas ordens. Querendo achar uma mulher que o ame pelo que ele realmente é, e não pelo seu status social, Akeem decide viajar para os Estados Unidos da América, juntamente com o melhor amigo e acessor pessoal Semmi (Arsenio Hall). Ambos acabam viajando para Nova York, e decidem ir para o bairro do Queens, onde fingem serem estudantes estrangeiros pobres, e vivendo num apartamento miserável em Long Island City, ao mesmo tempo em que tentam se habituar a uma realidade bem diferente da que conhecem.

Edward Regan Murphy Cinematografia: Nascido em NY em 1961, foi da escola de televisão clássica de humor chamada  Saturday Night Live por quatro anos (1980 – 1984) e após, Eddie Murphy comandou o cinema de comédia mundial com uma sequência de filmes e franquias por mais de 15 anos, um sucesso atrás do outro, com repetições e mais repetições de atuações iguais em cada filme, entregando altas bilheterias com seu riso espalhafatoso e seu jeito malandro de ser. Um Tira da Pesada (1984), O Professor Aloprado (1996), Dr. Dolittle (1998), O Rapto do Menino Dourado (1986), 48h (1982) e depois a franquia de animação Shrek (2001. Seus filmes nunca serão esquecidos, como uma aula de cinema dos anos 90, com roteiros repetitivos que eram base para um humor sem maldade, com doses cavalares em tiroteios e perseguições, que funcionou perfeitamente até os anos 2000. Depois da virada do século, uma geração nova de cinéfilos passou a não mais reconhecer Murphy como exemplo de humor, e assim como outros que ficaram para trás, como nosso saudoso Jerry Lewis, novas caras passaram a dominar o mercado com um novo tipo de humor como Jim Carrey, Adam Sandler e principalmente Will Smith.

Após a virada do século, filmes duvidosos e de baixa bilheteria passaram a seguir a carreira do caríssimo ator, como A Creche do Papai (2003), Mansão Mal Assombrada (2003), O Grande Dave (2008), Os Picaretas (1999), Sou Espião (2002) e É Hora do Show (2002), provaram que o carisma de Murphy entrava em baixa, principalmente no mercado americano e que seu custo não compensava mais a produção. A fórmula Murphy de caricaturas não levava mais o público para o cinema e em conseqüência As Aventuras de Pluto Nash (2002) foi o maior amargo do ator, que desapareceu do mercado Hollywoodiano com um filme de orçamento em US$ 100 milhões e uma bilheteria de apenas US$ 7,5 milhões mundiais. Infelizmente Murphy levou todo o crédito do fracasso e desapareceu dos filmes mundiais, ficando apenas com filmes para o mercado americano.

Murphy teve o prazer de atuar em sua carreira com ótimos atores, mas na maioria das vezes, eles fizeram escada para seu humor aloprado e não o inverso. Entre eles tivemos James Earl Jones (Rei Leão e Star Wars) em Um Príncipe em NY, Dan Aykroyd (Caça Fantasmas) em Trocando as Bolas. Inclusive Aykroyd  juntamente com Steve Martin que atuou em outro filme com Murphy  (Os Picaretas) também participaram do programa Saturday Night Live. O primeiro a ator de peso a atuar com Murphy foi Nick Nolte em 48h e para terminar esta lista não podia deixar de citar Showtime com William Shatner (Star Trek) e Robert De Niro (Taxi Driver).

Diferente de muitos atores, Murphy raramente se arriscava fora do seu filão, e uma das poucas vezes que fez foi mal compreendido como  Um Vampiro no Brooklyn (1995), do mega diretor Wes Craven, mas o público não entendeu o papel sedutor de Murphy e o filme teve péssimas críticas. Mas nem só de desastre os anos 2000 deram a Murphy. Um papel série de ator coadjuvante em 2007 no filme Dreamgirls trouxe ao ator as indicações aos prêmios de ator coadjuvante no Oscar, Globo de Ouro (venceu), Screen Actors Guild Awards (venceu) e Bafta, todos do ano de 2007.

Curiosidades: No início de 2017, foi divulgado um anúncio que abordou a produção de uma continuação do filme Um Principe em NY. Jonathan Levine foi anunciado como diretor e Kevin Misher como produtor, além disso, Sheffield e Blaustein, os roteiristas originais, também foram colocados no projeto. No entanto, uma possível participação dos protagonistas Eddie Murphy e Arsenio Hall não ficou definida. De acordo com várias contas públicas, o próprio Murphy, aparentemente, postou um anúncio sobre o projeto do filme, um mês antes, no Facebook, mas depois afirmou que sua conta havia sido hackeada e completamente excluída. Em 11 de janeiro de 2019, foi anunciado que a continuação seguiria em frente, com Murphy reprisando seu papel e Craig Brewer dirigindo-a (os dois trabalharam juntos no filme Dolemite Is My Name, da Netflix). Arsenio Hall, Shari Headley, John Amos e James Earl Jones devem voltar para a sequência. O filme original participou dos principais prêmios e indicações como o Oscar (1989) nas indicações nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Figurino e American Comedy Awards 1989, vencendo neste na categoria de Ator Coadjuvante mais Engraçado em Cinema para Arsenio Hall.

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