Homem-Aranha: Longe de Casa. Emoção, ação e uma trama impecável.

Após o estrondoso sucesso de Vingadores: Ultimato aumentaram as expectativas sobre o primeiro filme da Marvel na fase 4 do MCU. Mas os temores eram poucos graças ao carisma de Tom Holland e ao brilhante trabalho apresentado não apenas nos filmes onde o Aranha apareceu como também no seu primeiro longa-metragem solo: Homem-Aranha – De volta ao lar. Logo, a ansiedade para Homem-Aranha – Longe de Casa estava no mais alto patamar.

Assisti ao novíssimo filme do Amigão da Vizinhança e vou traçar ponto a ponto dessa nova produção da parceria Sony/Marvel.

Como sempre, vamos antes ao trailer…

A base.

Esse novo longa é totalmente alicerçado em Vingadores: Ultimato, os três filmes do Homem de Ferro e claro que pega ganchos no primeiro filme do Aranha e também na animação vencedora do Oscar Homem-Aranha no AranhaversoAssim, aconselho que vejam todos estes filmes para poder compreender a totalidade do que verão em Longe de Casa.

A base do filme está na retomada da vida de Peter Parker (Tom Holland) após os eventos ocorridos em Vingadores – Ultimato. Peter ainda é um adolescente, ainda está apaixonado por MJ (Zendaya) e ainda tem em Ned Leeds (Jacob Batalon) o seu melhor amigo. Claro que estamos falando do Aranha e isso implica em dizer que sua vida nunca é normal, goste ele ou não. E é sobre essas anormalidades que vou falar a partir de agora…

Por favor, a partir deste ponto o texto terá os famigerados SPOILERS! Prossiga por sua conta e risco…


O que eu disse no início do post é pura verdade. Esse novo filme está lotado de referências a todas as produções citadas. Não vê-los antecipadamente prejudicará a experiência do espectador durante o novo longa. Apenas a animação do Spiderverse é a de menor relevância, mas ainda assim pertinente. Isso está frisado até pelo próprio Kevin Feige…

Peter Parker é um velho conhecido nosso, mas sempre é válido relembrar que ele ganhou seus poderes através de uma aranha radioativa. Posteriormente, seus feitos chamaram a atenção de Tony Stark que optou por ser um tutor do Aranha.

Desde então, Peter já enfrentou os problemas que sua vizinhança tem, seres superpoderosos e ameaças cósmicas. Também teve vários uniformes e nutriu uma paixão pela bela e inteligente MJ. Ah! Não vamos esquecer que Ned e Tia May sabem dos seus poderes.

Ok, feitas as devidas apresentações, vamos falar sobre a estrutura central desse novo filme.

Logo no início são apresentados seres com poderes elementais: uma criatura capaz de controlar o ar, um monstro feito de terra e pedras, e outros que surgirão mais à frente. Essas criaturas devastam localidades e chamam a atenção de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Maria Hill (Cobie Smulders). O problema está no fato de que esses seres são poderosos demais para eles. Sem a ajuda dos super-heróis a Terra corre o perigo de ser destruída. Claro que muitos heróis vistos em “Ultimato” não estão disponíveis. Afinal, uma história do Aranha com facilidades é algo impossível… tudo é difícil para o Peter.

E por falar nele, nós o encontramos a caminho de um tour pela Europa ao lado de seus amigos de colégio e da garota que ele ama. Essa é a oportunidade ideal para declarar – com muito romantismo – seu amor por MJ. Seria! Lembrem-se: essa é uma aventura com o Homem-Aranha. Nada é fácil para ele.

Um novo herói.

Dessa vez, entretanto, Peter não está sozinho. Não bastasse a “ajuda” de Fury, um novo herói vindo de um multiverso surge para ajudar o Amigão com outros elementais que continuam a surgir.

Claro que com a ajuda de Fury, Hill e os poderes do recém-chegado Mysterio (Jake Gyllenhaal) nada poderia falhar, certo°=?

Errado!

Mas o que virá a seguir vocês só descobrirão assistindo ao longa-metragem.

De qualquer modo, caso não saiba absolutamente nada sobre Mysterio, leiam um pouco da história dele segundo o Dicionário Marvel, publicado na década de 80 pela Editora Abril.

E por falar em Jake, preciso destacar que a atuação dele foi absolutamente perfeita. O cara conseguiu trazer para a telona um personagem secundário do universo do Homem-Aranha. A atuação dele foi impecável e deu credibilidade a todos os momentos em que surge na trama.

E ele gostou mesmo de ser o Mysterio. Em seu perfil pessoal do Instagram, o ator divulgou os bastidores da caracterização. Confiram!

 

 

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Suited up. Ready to fly. Spider-Man: Far From Home out now!

Uma publicação compartilhada por Jake Gyllenhaal (@jakegyllenhaal) em

De volta ao review, vamos falar sobre os adolescentes

Hormônios, trollagem, aventura, intriga, amizade e bullying são coisas comuns na vida de um adolescente normal. Claro que Peter, MJ, Ned e o restante dos amigos de escola também passam por isso. Essa profusão de emoções e conflitos pode ganhar ainda mais impacto quando se trata de uma excursão escolar com todos os alunos reunidos.

Então vocês pensam: não tem como piorar! Sim, tem. E muito!

Fora o problema (e que problema) dos elementais, Peter tem que lidar com um amigo que também quer namorar MJ, a perturbação de Nick Fury que não o deixa em paz, alguns espiões infiltrados e a impossibilidade de usar seu uniforme, já que isso poderia associá-lo ao herói ou confirmar sua identidade secreta.

Bom dessa vez nada mais pode dar errado, certo? Errado!

Plot Twist.

O filme direciona o espectador a seguir uma linha de raciocínio, cria expectativas, gera conflitos e, então, uma guinada brutal é lançadas ao público.

Esse “plot twist” foi incluído com muita inteligência e serve como interligação para eventos ocorridos na trilogia Iron Man.

Tecnologia.

Certamente “Longe de Casa” teria situações ligadas à morte de Tony Stark. Isso está explícito em trailers e durante todo o filme.

No entanto, esperem por atos “post mortem” geniais por parte do Homem de Ferro. Atos fundamentais para a trama e que direcionam Peter a crescer como herói. Destaque para uma Inteligência Artificial criada por Stark chamada Edith.

Óbvio que mesmo com spoilers eu não vou estragar sua experiência como espectador, porém há enormes mistérios por trás de Mysterio e seus poderes.

A inclusão de tecnologia atual para justificar certos fatos é totalmente compatível com o que vimos nos quadrinhos e deu lucidez à trama.


Humor.

Um dos pontos altos da história está no humor leve e bem aplicado. Sem exageros e com inteligência, os roteiristas Chris McKenna e Erik Sommers inseriram em uma trama repleta de momentos caóticos, drama e suspense, momentos de puro humor que foram bem orquestrados pelo diretor Jon Watts.

Dessa vez a história não virou um pastelão, tal como vimos em Thor: Ragnarok.

Cadê a tia May?

Ok, fãs de Marisa Tomei, a tia May está na trama (com uma participação ainda pequena) e traz o comportamento típico de uma tia (preocupação, separa roupas, liga para perguntar como está, etc).

E tenho certeza que vocês se divertirão muito com as cenas da May e de Happy Hogan (Jon Favreau).

O humor ganhou um rosto mais sisudo com a aparição de Dimitri (Numan Acar), um enviado de Fury para também “ajudar” o Homem-Aranha.

Cenas pós-crédito.

Elas existem e comprovam que a vida do Aranha do cinema é quase idêntica à vida nos quadrinhos: um caos total. Aguardem para assistir as duas cenas pós-crédito, elas deixam a sensação de que teremos muito mais em breve.

Grande abraço e bom filme a todos.

P.S.: quer saber se havia diversão e amizade no set de filmagem? Veja o próximo vídeo…

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