CHiPs: Da Clássica Série a um Filme Desnecessário.
Salve Nosetmaniacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma série clássica que teve uma desastrosa adaptação para os cinemas.
CHiPs (Série):
Criador Rick Rosner, elenco Erik Estrada, Larry Wilcox e Robert Pine, emissora de televisão original NBC, transmissão original de 15 de setembro de 1977 a 17 de julho de 1983, com seis temporadas e cento e trinta e nova capítulos, CHiPs foi uma série de TV americana baseada nas aventuras de dois patrulheiros rodoviários em motocicletas na Califórnia. A sigla CHiP significa California Highway Patrol, ou Polícia Rodoviária da Califórnia. As duas primeiras temporadas da série foram lançadas em DVD no Brasil.
No elenco Larry Wilcox como Patrulheiro Jon Baker (1977-1982), Erik Estrada como Patrulheiro Frank “Ponch” Poncherello (1977-1983), Robert Pine como Sargento Joe Getraer (1977-1983), Lew Saunders como Patrulheiro Gene Fritz (1977-1981), Brodie Greer como Patrulheiro Barry Baricza (1977-1982), Brianne Leary como Patrulheira Sindy Cahill (1978-1979), Lou Wagner como Harlan Arliss, Mecânico (1978-1983), Paul Linke como Patrulheiro Artie Grossman, Randi Oakes como Patrulheira Bonnie Clark (1979-1982), Michael Dorn como Patrulheiro Jebediah Turner (1980-1982), Tom Reilly como Patrulheiro Bobby “Hot Dog” Nelson (1982-1983), Tina Gayle como Patrulheira Kathy Linahan (1982-1983), Bruce Penhall como Patrulheiro Bruce Nelson (1982-1983) e Clarence Gilyard, Jr. como Patrulheiro Benjamin Webster (1982-1983).
Curiosidades: Nas primeiras temporadas, os episódios alternavam momentos de drama e comédia, com esta segunda forma centrada nas ações do patrulheiro porto-riquenho novato Poncherello. Já Baker era o “cérebro” da dupla, não raro exibindo impaciência com o parceiro. Com o aumento da popularidade do “Ponch”, além de incrementar seu cachê, Erik exigiu que seu personagem ficasse mais sério e racional. As mudanças não agradaram Wilcox, que alimentou uma rivalidade com Erik até deixar o programa antes da última temporada. Durante a série, o ator Erik Estrada sofreu um grave acidente de moto (agosto de 1979), ficando em coma por cinco dias, quase vindo a falecer. Este episódio ajudou a trazer mais fãs para o programa, pois todos queriam conhecer o ator que quase perdera a vida. O acidente foi introduzido na história de “Ponch”, mostrando cenas dele no hospital e a sua recuperação com ajuda de uma bengala.
Chips ajudou a melhorar a imagem dos policiais em todo o mundo, pois mostrava patrulheiros corajosos, solícitos e competentes, sempre atentos ao que ocorria de errado nas estradas. Além disso, havia o lado sem a farda: “Ponch” e Baker eram amigos fora do trabalho, e sempre se divertiam juntos. A série mostrava que, apesar da vida de policial, eles viviam um mundo bem igual ao da grande maioria das pessoas, o que ajudou no sucesso. No final dos anos 70 e início dos anos 80, Chips virou uma febre no mundo inteiro, principalmente com as crianças. Larry Wilcox veio ao Brasil e apareceu em comerciais e programas de auditório (Silvio Santos) vestido com seu uniforme de patrulheiro.
No Brasil, a série foi a primeira a utilizar o merchandising como forma secundária de rentabilidade. Antes disso, a única renda disponível era a venda da série para as emissoras interessadas. Como o sucesso da série era grande entre as crianças, a empresa de brinquedos Glasslite lançou uma série completa de brinquedos relacionados com a série, e confecções que produziam as roupas dos patrulheiros. Nos Estados Unidos, os brinquedos foram produzidos pela empresa Mego. A série foi exibida inicialmente no Brasil pela TVS, de 1979 até 1982, depois foi para a Rede Record de 1982 até o fim do ano de 1985. Depois foi exibida na Rede Bandeirantes, em 1988. A extinta Rede Manchete exibiu os episódios por volta de 1993. Foi exibida pelo canal de TV a cabo TCM da SKY em 2005 e novamente a partir de maio de 2009 no TCM (NET canal 91).
As motos usadas pelos patrulheiros, um dos principais atrativos do programa, eram da marca japonesa Kawasaki. Os rádios comunicadores, da marca Motorola. Em 1999, foi feito o longa Chips 99, com quase todo o elenco original da série, produzido pela TNT, e, exibido pela primeira vez no SBT. A série foi lançada no Brasil em DVD, contendo a dublagem original da BKS.
CHiPs (2017)
Dirigido por Dax Shepard, produzido por Andrew Panay e Ravi Mehta, escrito por Dax Shepard, estrelando Dax Shepard, Michael Peña, Rosa Salazar, Adam Brody, Richard T. Jones, Kristen Bell e Vincent D’Onofrio, produção RatPac-Dune Entertainment e Andrew Panay Productions, distribuído por Warner Bros. Pictures.
Com um orçamento de US$ 25 milhões e uma baixíssima bilheteria de US$ 26 milhões, apenas se pagando, CHiPs é um filme policial, comédia e ação americano de 2017, escrito, dirigido e atuado por Dax Shepard , com base na série de televisão 1977-1983 do mesmo nome criado por Rick Rosner . O filme espelha Shepard como oficial Jon Baker e Michael Peña como Frank “Ponch” Poncherello, com Rosa Salazar , Adam Brody e Vincent D’Onofrio em papéis de apoio.
Sinopse: O motorista em um assalto revela-se ser um agente disfarçado do FBI chamado Castilla, que ele prende o criminoso que matou seu parceiro. Enquanto isso, no centro de treinamento da Patrulha da Rodovia da Califórnia , um oficial de motocicleta novato chamado Jon Baker está autorizado a se formar em regime de estágio. Ele é um antigo piloto de motocross freestyle que começa uma nova carreira depois de vários acidentes. Ele está em um regime de analgésicos e está morando na casa de hóspedes, depois que ele e sua esposa se separaram quando perdeu seus patrocinadores. O agente do FBI, agora embutido como Frank (Ponch) Poncherello, é enviado à CHP após um assalto de carro blindado, o que deixa claro que há policiais corruptos que trabalham no departamento.
Críticas: Triste ver que séries ícones da televisão tenham que ser mal adaptadas para o cinema, no pior estilo comédia pastelão, e poucos são o caso de sucesso, como no único exemplo que me vem a cabeça de Missão Impossível com Tom Cruise, que apesar dos altos e baixos, virou uma franquia ícone do cinema de uma série baseado nos seriados dos anos 70 3 80. Já tivemos Swatt, Agente 86, As Panteras, Starsky and Hutch, Supermáquina, O Elo Perdido, A Feiticeria, Besouto Verde, entre muitos outros e nenhum desses realmente me agradou totalmente como as séries mencionadas fizeram na TV. Agora teremos uma adaptação de Baywatch e seja o que os deuses da TV e cinema quiserem.
O roteirista, ator e diretor Dax Shepard não teve o calibre correto para uma adaptação que trabalhasse bem a comédia e a ação, deixando de lado boas cenas perseguição de corrida de moto e não sabendo fazer um humor menos pastelão, deixando o filme muito abaixo do esperado, sonolento e sem nenhum charme. Faltou se aprofundar com os problemas dos personagens e não criar uma paródia anos 90 do cinema americano.
Do elenco Shepard está péssimo atuando, Michael Peña poderia para de se arriscar em papéis abaixo do seu talento e o maravilhoso Vincent D’Onofrio parece que atuou apenas para cumprir contrato ou para faturar uma baba de dinheiro, mesmo assim, é o único que dá personalidade ao seu personagem, não cai no estereótipo de vilão e faz valer a pena assistir ao filme.
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4 Comments
ontem tava tentando ver esse filme e vi que tem cena explicita de nudez, não teria coragem de ver esse filme junto com uma criança na sala com a familia
Infelizmente esse humor americanizado de Porkys e American Pie não cabe em uma série clássica e bem humorada. Esperava algo mais Velozes e Furiosos, com mais humor. Vocês está corretíssimo Ismael.
Infelizmente fizeram um filme com uma pegada “nada a ver” e homônima da clássica serie CHiP’s. Hoje, ao lado do meu filho de 11 anos, assistimos àquela série onde se combatia crimes e prendia criminosos sem que houvesse tiros e mortes, com uma lição a ser aprendida. Hoje… esse filme destrói a imagem que temos de Baker e Poncherello…. lamento.
Perfeito seu comentário Fabio. Esse foi meu sentimento ao ver o filme também. Assim como o novo remake de A Ilha da fantasia, destroem séries clássicas ao não entender ou ignorar o básico, o que as tornou clássicas.