Curta-metragem australiano, finalista em 2013 do Tropfest Short Film Festival, Cargo é um filme sobre zumbis com um conteúdo dramático fortíssimo. A trama se resume à sobrevivência de um homem, diante de um apocalipse zumbi, e a busca pela proteção daquilo que ele tem de mais precioso: sua filha recém-nascida. Drama à toda prova…
O enredo é simples, mas cheio de emoção, suspense e drama. Após a perda da esposa, um homem (cujo nome jamais é citado), atravessa uma grande área em busca de ajuda. Isso ganha ainda mais impacto quando percebemos que ele em breve se tornará um zumbi. O que fazer para evitar que essa transformação o leve a matar a própria filha? Como evitar outros infectados? O que o futuro reserva para esse pai desesperado e sua inocente bebê? Esses questionamentos permeiam a trama do início ao fim.
Com o uso de uma trilha sonora triste, tomadas e planos bem estruturados, uma bela fotografia e a quase ausência de som (só ouvimos o rosnar dos zumbis, o choro do bebê e a música de fundo), o diretores Ben Howling e Yolanda Ramke conseguiram em pouco mais de sete minutos o que muitos filmes de terror não conseguem com mais de uma hora e meia: impactar e emocionar o público.
Destaque para a atuação impecável do ator Andy Rodoreda que dá vida ao pai da menininha. A engenhosidade atribuída a ele pela roteirista Yolanda Ramke e as cenas onde ele percebe que o tempo e a doença são seus inimigos dão credibilidade ao sofrimento e agonia de um pai desesperado. O curta é tão perfeito que o assisti ao menos umas cinco vezes seguidas.
Outra comprovação do brilhantismo desse filme está no fato de ter sido refilmado em longa-metragem pela Netflix, tal foi seu sucesso.
Curtam agora Cargo e assistam também ao longa que conta com o talento de Martin Freeman.