Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar do filme mais reconhecido e reverenciado das HQs no cinema, uma produção da toda poderosa Marvel / Disney, que arrecadou prêmios na festa do Oscar, com um ótimo trabalho social e ideológico.
Pantera Negra (2018)
Direção Ryan Coogler, produção Kevin Feige, produção executiva Louis D’Esposito, Victoria Alonso, Nate Moore, Stan Lee e Jeffrey Chernov, roteiro Joe Robert Cole e Ryan Coogler, baseado em Pantera Negra de Stan Lee e Jack Kirby. Elenco Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o, Letitia Wright, Martin Freeman, Daniel Kaluuya, Angela Bassett, Winston Duke, Danai Gurira, Andy Serkis e Forest Whitaker, música Ludwig Göransson, efeitos especiais Industrial Light & Magic, edição Claudia Castello e Michael P. Shawver, companhia produtora Marvel Studios e distribuição Walt Disney Studios Motion Pictures.
Com lançamento nos Estados Unidos em 29 de janeiro de 2018 e Brasil em 15 de fevereiro de 2018, orçamento aproximadamente de US$ 210 milhões e uma estrondosa receita de US$ 1.347 milhões, Pantera Negra é um filme de super-herói americano baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics, produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures, sendo o décimo oitavo filme do Universo Cinematográfico Marvel, além de ser o primeiro título solo do personagem. Em Black Panther, T’Challa volta a casa como rei de Wakanda, mas encontra sua soberania desafiada por um adversário de longa data em um conflito que tem conseqüências globais.
Sinopse: Há milhares de anos, cinco tribos africanas guerreiam quando um meteorito contendo vibranium cai na Terra. Um guerreiro ingeriu uma “erva em forma de coração” afetada pelo metal e ganhou habilidades sobre-humanas, tornando-se o primeiro Pantera Negra. Ele une as tribos, exceto a tribo Jabari, para formar o Reino de Wakanda. Os wakandanos usam o vibranium para desenvolver tecnologia avançada e isolar-se do mundo, que acha que o país é uma nação do Terceiro Mundo. Em 1992, o Rei de Wakanda, T’Chaka visita seu irmão N’ Jobu em Oakland, na Califórnia. T’Chaka acusa N’Jobu de auxiliar o traficante de armas Ulysses Klaw com o roubo de vibranium do Reino wakandano. O parceiro de N’Jobu revela que ele é um espião wakandano disfarçado chamado Zuri, e confirma as suspeitas de T’Chaka. Depois dos eventos de Capitão América: Guerra Civil, após a morte de T’Chaka, seu filho T’Challa retorna a Wakanda para assumir o trono. Ele e Okoye, a líder das guarda-costas reais Dora Milaje, extraem Nakia, ex-namorada de T’Challa, de uma missão secreta para que ela possa participar da cerimônia de coroação, com a rainha-mãe Ramonda e a irmã mais nova de T’Challa, Shuri.
Crítica: Pantera Negra levou três merecidos Oscars da Academia, mas mais do que isso, levou o reconhecimento cinematográfico pela beleza de sua obra e trama, e isso é uma raridade se lembrarmos que estamos falando de um filme de super heróis de HQs, onde no cinema o reconhecimento só começou com nosso querido Heath Ledger no Batman de Nolan. Filmes de HQ normalmente não representam críticas sociais claramente e por isso não é indicado as principais premiações como Melhor Filme e Melhor Roteiro ou Diretor. Filmes e franquias de HQs como X-Men de Stan Lee, que nas HQs tiveram uma função social clara, ou mesmo a franquia de Blade: O Vampiro, que tem a representação étnica, mas que no cinema nunca teve este foco ou ficou realmente claro na trama como um drama de excluídos. Já Pantera Negra concorreu em seis indicações, mas a principal de Melhor Filme traz justamente este reconhecimento que raramente vimos em filme das poderosas Marvel e DC Comics. Pantera Negra ganhou em Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte e concorreu também como Melhor Filme, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Neste caso, concorrer e ter o reconhecimento da Acadêmia, já foi o melhor prêmio do projeto.
Ryan Coogler (Creed) é um ótimo diretor de drama e soube contar com graça e até muita ação, uma questão política e racial entre dois príncipes com opiniões distintas, mas que na verdade ambos tinham razão, sobre a ótica de cada um. O vilão e o mocinho, respectivamente os atores e Michael B. Jordan, nos faziam ao mesmo tempo tocer e pensar sobre seus pontos de vista, em um combate tanto físico quanto ideológico, e novamente Coogler, assim como Nolan, criam um vilão que nos identificamos e passamos, se não a amar, mas pelo menos respeitar.
Do elenco Michael B. Jordan (N’Jadaka / Erik “Killmonger” Stevens) e Chadwick Boseman (Tchalla) roubam o filme com seus conflitos e atuações, mas é Jordan fez uma vilão respeitável e que em algum momento, fez com que o público torça por ele. Martin Freeman (Everett K. Ross), tem o papel de união dos Universos Marvel. Letitia Wright (Shuri: Irmã de T’Challa e princesa de Wakanda) tem uma participação ótimas como ponto humristico do filme, um escape de uma trama tão pesada. A ótima Angela Bassett (Ramonda: A mãe de T’Challa e Rainha-mãe de Wakanda) e Forest Whitaker (Zuri: Um idoso estadista em Wakanda) são atores clássicos e tem a missão de dar qualidade a obra, como se precisasse. Andy Serkis (Ulysses Klaue) tem cada vez mais espaço cinematográfico, sem ter que se esconder através de tecnológica. Serkis é responsável pelos personagens fantásticos em King Kong, Senhor dos Anéis, O Hobbit e Star Wars.
Curiosidades: Wesley Snipes mencionou pela primeira vez sua intenção de trabalhar em um filme de Pantera Negra em 1992, mas o projeto passou por várias alterações na próxima década, mas nunca se concretizando. Um filme do Pantera Negra foi anunciado como um dos dez títulos com base em quadrinhos da Marvel Comics que seria desenvolvido pela Marvel Studios e distribuído pela Paramount Pictures em setembro de 2005, com Mark Bailey contratado para escrever um roteiro em janeiro de 2011. Black Panther foi anunciado oficialmente em outubro de 2014, com Boseman aparecendo pela primeira vez em Capitão América: Guerra Civil. No final de 2015, Ryan Coogler e Joe Robert Cole entraram para a direção de Black Panther, e os membros do elenco adicionais foram anunciados a partir de maio de 2016. As filmagens ocorreram entre janeiro e abril de 2017 nos estúdios EUE/Screen Gems e Pinewood Studios, na área metropolitana de Atlanta, e em Busan, na Coreia do Sul. A pré-estreia de Black Panther ocorreu em 29 de janeiro de 2018 no Dolby Theatre, em Hollywood. Foi lançado no Brasil e em Portugal no dia 15 de fevereiro de 2018. Estreou nos Estados Unidos em 16 de fevereiro de 2018 nos formatos convencionais 3D e IMAX. Foi aclamado pela crítica especializada, destacando-se as performances do elenco, personagens, figurino, visual, seqüências de ação, trilha sonora, roteiro e direção. Os críticos o consideraram como um dos melhores filmes estabelecidos no Universo Cinematográfico Marvel, apontando seu significado cultural devido a um afro-americano liderar uma produção da Marvel Studios, além de um elenco composto majoritariamente por atores negros.
No site agregador de críticas Rotten Tomatoes, possui uma avaliação de 97%, nota que o coloca como o maior filme do gênero, superando The Dark Knight e Iron Man, ambos de 2008, que acumulam 94%. Arrecadou mais de US$ 1,3 bilhão mundialmente, sendo o quinto filme do Universo Cinematográfico Marvel a passar a barreira do bilhão depois de Marvel’s The Avengers, Iron Man 3, Avengers: Age of Ultron e Captain America: Civil War, tornando-se a segunda maior bilheteria de 2018, atrás apenas de Avengers: Infinity War, e o título mais rentável do ano no mercado doméstico, Estados Unidos e Canadá, ao atingir US$ 700,1 milhões. É a sexta maior abertura doméstica de todos os tempos com US$ 202 milhões, enquanto mantém a décima sexta posição no primeiro fim de semana em todo o mundo com US$ 371,4 milhões. Com US$ 242,1 milhões nos quatro primeiros dias de exibição nos Estados Unidos e Canadá, conquistou a terceira maior abertura de todos os tempos atrás apenas de Star Wars: The Force Awakens, que atingira US$ 288 milhões em 2015, e Avengers: Infinity War, que registrou US$ 282,4 milhões em 2018. Detém o título de maior arrecadação no mercado interno de um filme de origem de super-herói, superando Wonder Woman, de 2017, Spider-Man, de 2002, e Deadpool, de 2016. Enquanto é o título de maior sucesso do gênero nos Estados Unidos e Canadá, mundialmente aparece em quarto lugar depois de Avengers: Infinity War, Marvel’s The Avengers e Avengers: Age of Ultron. Mantém a terceira posição entre as maiores bilheterias da história no mercado interno, atrás apenas de Star Wars: The Force Awakens e Avatar. É a produção de maior êxito na bilheteria doméstica e a quarta na mundial do Universo Cinematográfico Marvel. Black Panther também conquistou o feito de ser a maior estreia da história de um diretor afro-americano, bem como a maior de um filme estrelado predominantemente por atores negros. Atualmente, é a nona maior bilheteria de todos os tempos.
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