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Batman: O Cavaleiro das Trevas de Nolan (2005 – 2012):

Batman: O Cavaleiro das Trevas de Nolan (2005 – 2012):
  • Publicado em: setembro 6, 2016

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de uma das franquias de HQs de mais sucesso nos cinemas, rendendo até um Oscar póstumo para o incrível Coringa de Heath Ledger.

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Batman Begins (2005):

Direção Christopher Nolan, produção Emma Thomas, Larry J. Franco e Charles Roven, roteiro David S. Goyer e Christopher Nolan, história David S. Goyer, Baseado em Batman da DC Comics criado por Bob Kane e Bill Finger, elenco Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Cillian Murphy, Tom Wilkinson, Rutger Hauer, Ken Watanabe e Morgan Freeman. Batman: O Início é um filme anglo-americano de 2005 com o roteiro baseado no personagem Batman da DC Comics, principalmente em duas HQs Clássicas, Batman: Year One e Batman: The Long Halloween. O filme reinicia a série de filmes Batman, contando a história de origem do personagem, começando pelo medo de Bruce Wayne por morcegos, a morte de seus pais e sua jornada para se tornar o Batman. Distribuído pela Warner Bros., foi lançado nos Estados Unidos em 15 de junho de 2005.

O Projeto: Depois de uma série de projetos sem sucesso para reviver Batman na tela grande, após o fracasso de Batman & Robin em 1997, Nolan e David S. Goyer começaram a trabalhar no filme em 2003, querendo um tom mais realista e sombrio, com humanidade e realismo sendo a base da história. O objetivo era fazer o público se importar com Bruce Wayne e Batman. O filme, que foi filmado principalmente na Inglaterra e em Chicago, contou com proezas tradicionais e miniaturas, computação gráfica foi usada ao mínimo. Um novo batmóvel, chamado de Tumbler, e uma bat-roupa mais móvel foram criadas especificamente para o filme. Batman Begins foi um sucesso de crítica e bilheteria. Estreou em 15 de junho de 2005 nos Estados Unidos e no Canadá, em 3.858. Arrecadou US$ 48 milhões em sua semana de estreia, arrecadando mais de US$ 372 milhões internacionalmente. O filme recebeu uma taxa de aprovação de 85% no site especializado Rotten Tomattoes. Críticos notaram que o medo era um tema comum durante o filme e afirmaram que ele tinha um tom bem mais sombrio que os filmes anteriores da série. O filme é o começo da trilogia Batman de Nolan; uma sequência intitulada Batman: O Cavaleiro das Trevas estreou em julho de 2008 e também marcou o retorno de Nolan e Bale na franquia e uma segunda sequência intitulada Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge foi lançado em julho de 2012.

Sinopse: O jovem Bruce Wayne cai em um poço e é atacado por morcegos. Bruce acorda de um pesadelo sobre seu passado e descobre que é prisioneiro no Butão. Ele é apresentado a Henri Ducard, que fala por Ra’s Al Ghul, líder da Liga das Sombras, e o convida para ser treinado pela elite de vigilantes. A narrativa retorna a infância de Bruce, para noite quando seus pais são assassinados por Joe Chill. Chill é preso e Bruce é levado para casa onde é criado pelo mordomo de sua família, Alfred Pennyworth. Anos depois, Bruce retorna a Gotham da Universidade de Princeton, com a intenção de matar Chill, cuja sentença está sendo revogada para que ele testemunhe contra o chefe da máfia Carmine Falcone. Antes que ele faça algo, um dos assassinos de Falcone mata Chill. Rachel Dawes, amiga de infância de Bruce e agora assistente do promotor público, fica nervosa pela intenção de Bruce, dizendo a ele que seu pai teria vergonha. Naquela noite Bruce confronta Falcone, que diz que seu império é invencível por causa do medo. Inspirado, Bruce decide viajar pelo mundo, aprendendo sobre o mundo do crime.

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Comentários: Em janeiro de 2003, a Warner Bros. contratou o diretor de Memento, Christopher Nolan, para dirigir um filme de Batman e David S. Goyer foi contratado para roterizar o filme dois meses depois. Nolan disse que sua intenção para reinventar a franquia cinematográfica de Batman era de “fazer as histórias de origem do personagem, que é uma história nunca antes contada”. Nolan disse que a humanidade e o realismo seriam a base da origem do filme, e que “o mundo do Batman é baseado na realidade. Será uma realidade reconhecível e contemporânea onde uma figura heroica extraordinariamente ascende”. Goyer disse que o objetivo do filme era fazer com que o público se importasse com Bruce Wayne e Batman. Nolan achava que os filmes anteriores tinham mais estilo do que drama e descreveu sua inspiração sendo o filme de 1978 Superman, de Richard Donner, que se focava em mostrar o crescimento do personagem. Similarmente a Superman, Nolan queria um elenco coadjuvante cheio de estrelas para dar um ar mais épico e credibilidade a história. O ponto de inicial de inspiração pessoal de Nolan foi o conto “The Man Who Falls”, escrito por Dennis O’Neil e ilustrado por Dick Giordano, que conta sobre as viagens de Bruce pelo mundo. A cena em Batman Begins onde o jovem Bruce cai em um poço foi adaptada de “The Man Who Falls”. Batman: The Long Halloween, escrito por Jeph Loeb e ilustrado por Tim Sale, influenciou Goyer ao escrever o roteiro, com o vilão Carmine Falcone sendo um dos muitos elementos que foram tirados da história “sóbria e séria” de The Long Halloween. Os roteiristas consideraram ter Harvey Dent no filme, porém o substituíram pela nova personagem Rachel Dawes quando eles perceberam que “não conseguíamos fazer justiça a ele”. O personagem foi mais tarde interpretado por Aaron Eckhart na sequência The Dark Knight. A sequência de The Long Halloween, Batman: Dark Victory, também serviu de influência. Goyer usou o tempo vago do desaparecimento de Bruce Wayne em Batman: Year One para ajudar a estabelecer alguns dos eventos do filme. Além disso, o Sargento James Gordon do filme é baseado em sua encarnação de Year One. Os roteiristas de Batman Begins também usaram um artifício de roteiro de Frank Miller em Year One: uma força policial corrupta que leva Gordon e Gotham City a precisar do Batman. Uma ideia comum nas HQs é que Bruce viu um filme de Zorro com seus pais antes deles serem assassinados. Nolan explicou que ao ignorar a ideia, que ele disse não estar presente nas primeiras aparições de Batman, enfatizava-se a importância dos morcegos para Bruce e se tornar um super-herói é uma ideia original dele. É por essa razão que Nolan acredita que outros personagens da DC Comics não existem no universo do filme; de outra maneira, as razões de Bruce para fazer uma roupa e sair nas ruas sendo o vigilante de Gotham seriam bem diferentes. Nolan usou o filme Blade Runner (1982) como fonte de inspiração para Batman Begins. Ele exibiu Blade Runner para o diretor de fotografia Wally Pfister e para duas outras pessoas para mostrar a atitude e o estilo que ele queria trazer para o filme. Nolan descreveu o mundo do filme como “uma lição interessante na técnica de explorar e descrever um universo crível que parece não ter fronteiras”, uma lição que ele aplicou na produção de Batman Begins. Nolan trabalhou com o diretor de arte Nathan Crowley para criar o visual de Gotham City. Crowley construíu uma miniatura da cidade na garagem de Nolan. Nolan e Crowley criaram a cidade como uma grande e moderna área metropolitana, que refletiriam os vários períodos de arquitetura que a cidade passou. Elementos foram tirados de Nova York, Chicago e Tóquio; a última por suas autoestradas e monotrilhos elevados. O Narrows foi baseado na natureza favelada da, agora demolida, cidade murada de Kowloon.

Batmóvel: Crowley começou o processo de projetar o Tumbler retirando peças de várias miniaturas. Ele usou o nariz de um modelo de P-38 Lightning para servir como chassi do motor de turbina do Tumbler. Seis modelos foram construídos em uma escala de 1:12 por um período de quatro meses. Depois da criação dos modelos em escala, uma equipe de 30 pessoas, incluindo Crowley e os engenheiros Chris Culvert e Annie Smith, esculpiram em dois meses uma réplica em tamanho real do Tumbler a partir de um enorme bloco de isopor. O modelo de isopor foi usado criar um “quadro de testes” de aço, que tinha de ter possuir algumas determinações: ter uma velocidade de até 160 km/h, ir de 0 até 97 km/h em 5 segundos, ter um sistema de manobra que pudesse realizar curvas fechadas em esquinas de cidades e suportar um pulo de 9 m. No primeiro teste de pulo, a dianteira do carro caíu e teve de ser completamente reconstruída. A configuração básica do novo Tumbler incluíam um motor Chevrolet V8 de 8.7 litros, um eixo de caminhão para o eixo traseiro, pneus dianteiros da Hoosier, na verdade pneus de corrida usados em carros de sprint, pneus traseiros de lama 4×4 da Interco e um sistema de suspensão de caminhões de corrida da Baja. O processo de projeto e desenvolvimento demorou nove meses e custou vários milhões de dólares. Com a fase de criação completada, quatro carros, prontos para andar, foram construídos, com cada veículo possuindo 65 painéis e com um custo de produção de US$ 250.000. Dois dos quatro carros eram versões especiais. Uma versão era a dos aerofólios, que tinha hidráulicos e aerofólios para detalhar as cenas de close onde o carro se impulsiona no ar. A outra versão era a versão jato, que tinha um motor a jato de verdade montado no veículo, alimentado por seis tanques de propano. Devido a péssima visibilidade do motorista dentro do carro, monitores foram conectados a câmeras no exterior do Tumbler. Os motoristas profissionais escolhidos para dirigir o Tumbler treinaram durante seis meses antes de dirigirem o carro nas ruas de Chicago para as cenas do filme. O interior do Tumbler era um cenário de estúdio imóvel e não correspondia ao interior dos Tumbler de rua. A cabine do piloto era maior para as câmeras que filmariam as cenas do interior do carro cabecem. Além disso, outra versão do carro era um modelo em miniatura em uma escala de 1:5 do verdadeiro. Essa miniatura tinha um motor elétrico e foi usada para gravar as cenas onde o Tumbler voa por ravinas e prédios. Entretanto, o verdadeiro Tumbler foi usado para a sequência da cachoeira.

CHRISTIAN BALE as Bruce Wayne in Warner Bros. Pictures’ and Legendary Pictures’ action thriller “THE DARK KNIGHT RISES,” a Warner Bros. Pictures release. TM and © DC Comics

A Bat-roupa vestida por Christian Bale: Os cineastas queriam criar uma Bat-roupa bem móvel, que permitiria a quem a estivesse usando se mover facilmente para se agachar e lutar. As encarnações anteriores da Bat-roupa nos filmes eram bem rígidas e impediam um movimento total da cabeça. A figurinista Lindy Hemming e sua equipe trabalharam na oficina de efeitos especiais de codinome “Cidade do Cabo”, um complexo de segurança localizado no Shepperton Studios, em Londres. O desenho básico da Bat-roupa era uma camiseta de neoprene, que foi feita colando seções moldadas de látex. Christian Bale foi moldado e esculpido antes de seu treinamento físico para que a equipe trabalhasse com um corpo completo. Para evitar imperfeições conseguidas no dia que foi esculpida, plastilina foi usada para criar uma superfície macia. Além disso, a equipe criou diferentes misturas de espuma para encontrar a mistura que fosse a mais flexível, leve, durável e preta. O último item foi um problema, já que o processo para fazer a espuma ficar preta reduzia sua durabilidade. Para a capa, o diretor Christopher Nolan queria uma “capa fluente… que bate e flui como em tantos excelentes HQs”. A equipe de Hemming criou a capa a partir da versão deles de um paraquedas de nylon que tinha uma aglomerador eletroestático, um processo compartilhado com uma equipe do Ministério de Defesa britânico. O processo foi usado pela força policial de Londres para minimizar a detecção noturna. A capa era presa pelo capuz, que foi desenhado por Nolan, Hemming e pelo supervisor de efeitos de figurino, Graham Churchyard. O capuz foi criado para ser fino o bastante para permitir o movimento da cabeça, porém não tão fino para evitar que ela enrugasse quando Bale estivesse usando-a. Churchyard explicou que o capuz foi desenhado para mostrar “um homem que tem angústia”, então seu personagem seria revelado pela máscara.

Filmagens: Como em todos os seus filmes, Nolan recusou ter uma segunda unidade para manter sua visão constante. As filmagens começaram em março de 2004 no glaciar de Vatnajökull na Islândia, servindo como locação para o Butão. A equipe construiu uma grande vila e as portas da frente do templo de Ra’s, como também as vias de acesso para a área remota. O clima foi um problema, com ventos de 121 km/h, chuva e a falta de neve. Uma tomada que Wally Pfister havia planejado usar uma grua teve de ser feita com uma câmera de mão. Ao procurar inspiração em Superman e outros filmes de sucesso do final da década de 1970 e início dos anos 1980, Nolan baseou a maior parte da produção na Inglaterra, especificamente no Shepperton Studios. O cenário da Batcaverna foi construído lá, com 76 m de comprimento, 37 m de largura e 12 m de altura. O diretor de arte Nathan Crowley instalou doze bombas para criar a cachoeira e construiu pedras usando moldes de pedras reais. Em janeiro de 2004, uma hangar em Cardington, Bedfordshire, foi alugado pela Warner Bros. para filmagens em abril de 2004. No hangar de 270 m de comprimento, o Narrows e os pés do trilho do monotrilho foram construídos. A Mentmore Towers foi escolhida dentre vinte locações para servir como a Mansão Wayne, já que Nolan e Crowley gostavam dos pisos brancos, que davam a impressão da mansão ser um memorial para os pais de Bruce. O prédio escolhido para representar o Asilo Arkham foi o prédio da National Institute for Medical Research, em Mill Hill, noroeste de Londres. A estação de trem de St. Pancras e a Estação de Bombeamento de Abbey Mills foram usadas para os interiores de Arkham. A University College London foi usada para os tribunais. Algumas cenas, inclusive a perseguição do Tumbler foram filmadas em várias locações de Chicago. As autoridades concordaram em levantar a Franklin Street Bridge para a cena onde o Narrows é fechado. Apesar do tom sombrio do filme, Nolan quis que o filme fosse atrativo para uma ampla faixa etária. “Não as crianças mais novas claro, eu acho que o que nós fizemos é provavelmente um pouco intenso para eles, porém eu com certeza não quis excluir as crianças de dez, doze anos, porque como uma criança eu adoraria ter visto um filme como esse”. Por esse motivo, nada muito sangrento foi filmado.

Efeitos especiais e Trilha sonora: Para Batman Begins, Nolan preferiu usar trabalhos tradicionais de dublês em detrimento da computação gráfica. Modelos em escala foram usados para representar o Narrows e o templo de Ra’s Al Ghul. Houve, entretanto, várias tomadas de estabelecimento que foram feitas usando composições de imagens em computação gráfica. Exemplos incluem a linha do horizonte de Gotham, os exteriores da Torre Wayne e algumas tomadas dos exteriores do monotrilho. A cena do clímax no monotrilho misturou filmagens reais com miniaturas e computação gráfica. Os morcegos foram criados inteiramente usando computação, com a exceção das cenas mostrando apenas um ou dois, já que ficou decidido que dirigir grandes grupos de morcegos reais em cena seria problemático. Morcegos mortos foram escaneados para criar modelos digitais. Locações e cenários foram recriados no computador para que os morcegos voadores não ficassem em excesso uma vez incorporados ao filme. A trilha sonora de Batman Begins foi composta por Hans Zimmer e James Newton Howard. Nolan originalmente convidou Zimmer para compor a música, e Zimmer perguntou a Nolan se ele poderia convidar Howard para compor também, já que os dois sempre planejaram trabalhar juntos em uma colaboração. Os dois compositores colaboraram em temas separados para as “personagens divididas” de Bruce Wayne e seu alter ego Batman. Zimmer e Howard começaram a compor em Los Angeles e depois foram para Londres, onde ficaram por doze semanas para completar a maior parte do trabalho. Zimmer e Howard buscaram inspiração para a trilha visitando as gravações do filme. Zimmer quis evitar escrever músicas que já haviam sido escritas para outros filmes de Batman, então a trilha se tornou uma fusão de músicas orquestrais e eletrônicas. A orquestra de 90 músicos para o filme foi criada a partir de vários membros de orquestras de Londres e Zimmer escolheu usar um número além do normal de celos. Zimmer chamou um menino soprano para ajudar a refletir a música em algumas das cenas onde as memórias trágicas dos pais de Bruce Wayne estão envolvidas. “Ele está cantando uma canção bem bonita e então ele fica preso, é como um desenvolvimento congelado”, disse Zimmer. Ele também tentou dar uma dimensão humana para Batman, cujo comportamento seria comumente visto como “psicótico”, através da música. Ambos os compositores colaboraram para criar 2 horas e 20 minutos de músicas para o filme. Zimmer compôs as sequências de ação enquanto Howard se focou no drama do filme.

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Motivações e Medo: O roteirista de HQs e autor Danny Fingeroth argumenta que um tema forte no filme é a busca de Bruce por uma figura paterna, dizendo “Alfred é um bom pai que Bruce vem a depender. O verdadeiro pai de Bruce morreu antes que eles pudessem estabelecer uma relação adulta, e o Ducard de Liam Neeson é severo, instrutivo e desafiador, porém não uma figura paterna com alguma simpatia. Se Bruce é filho de alguém, é de Alfred. O Lucius de Morgan Freeman é calmo e imperturbável, uma outra âncora da vida de Bruce”. O blogueiro Mark Fisher diz que a procura de Bruce por justiça requer que ele aprenda de uma figura paterna adequada, com Thomas Wayne e Ra’s Al Ghul sendo contrapontos. Alfred se mostra como a figura materna de amor incondicional, apesar da falta de foco na figura da mãe na vida de Bruce. Fingeroth também afirma que um dos principais temas do filme é o medo, que suporta a história de Bruce Wayne se tornando um herói. O diretor Christopher Nolan afirmou que a ideia por de trás do filme era “uma pessoa que confrontaria seu maior medo e depois tentaria se torná-lo”. Fingeroth se referiu a esse elemento como “o homem com medo, porém que se eleva acima dele”. O tema do medo é mais apoiado pela escolha do antagonista, o Espantalho. O filme mostra como o medo pode afetar todas as criaturas, independente da força. Alusões ao medo são vista do começo ao fim do filme, desde Bruce conquistando seus demônios, se tornando o Batman, para Espantalho e sua toxina do medo. As macabras e distorcidas imagens apresentadas pelas alucinações da toxina do Espantalho também expressam a ideia do terror ao extremo. O crítico Brian Orndorf considerou Batman Begins como “feroz”, dando ao filme uma abundância de energia. Se distância muito do tom mais leve do filme de Joel Schumacher de 1997, Batman & Robin. O tema do medo é intensificado com a ajuda da trilha musical de Zimmer e Howard, que também “abstém-se de temas heroicos tradicionais”. E também ao contrário dos filmes anteriores, uma investigação psicológica da personalidade dividida de Bruce Wayne na Bat-roupa é apenas tocada de leve. Orndorf notou que Bruce é um “personagem se esforçando constantemente para fazer a coisa certa, não sendo desencorajado por incessantes reexaminações”.

Crítica: Batman Begins recebeu críticas bem positivas. No site Rotten Tomatoes o filme possuí um índice de aprovação de 85%. O consenso é “Pensativo e sombrio, más também excitante e inteligente, Batman Begins é um filme que entende a essência de um dos super heróis definitivos”. No agregador Metacritic o filme tem um índice de 70/100, indicando “críticas geralmente positivas”. Batman Begins ficou em primeiro nas bilheterias em seu primeiro fim de semana, acumulando US$ 48.745.440, o que foi visto como “forte porém inexpressivo pelos padrões dos sucessos instantâneos”. A arrecadação de cinco dias do filme foi de US$ 72.9 milhões, ultrapassando Batman Forever (1995) como a mais alta da franquia. Batman Begins também quebrou o recorde de cinco dias nos cinemas IMAX, arrecadando US$ 3.16 milhões. O público geral deu ao filme uma nota A, e de acordo com as pesquisas do estúdio, Batman Begins foi escolhido como o melhor filme da série Batman. Os entrevistados eram 57% homens e 54% de pessoas com mais de 25 anos. O filme manteve a primeira posição na bilheteria por mais um fim de semana, arrecadando US$ 27.589.389, uma queda de 43% em relação a primeira semana. Batman Begins arrecadou US$ 205.343.774 domesticamente, com um total mundial de US$ 372.710.015. É o terceiro filme da série em termos de bilheteria, atrás de Batman, de Tim Burton, que arrecadou US$ 411.348.294 mundialmente e The Dark Knight, sua sequência, que arrecadou US$ 1.001.921.825. Em comparação aos filmes anteriores, Batman Begins tem uma média de US$ 12.634 por cinema. Foi lançado em mais cinemas, mas vendeu menos ingressos que todos os filmes de Batman anteriores, com a exceção de Batman & Robin. Batman Begins é a oitava maior bilheteria do ano de 2005 nos EUA. Shawn Adler na MTV disse que Batman Begins anunciava a chegada de filmes de gênero mais sombrios, que ou recontavam histórias passadas ou reiniciavam-nas do zero. Entre os exemplos citados estava Casino Royale. Cineastas, roteiristas e produtores que mencionaram Batman Begins como influência para descrever seus projetos incluíam: Jon Favreau em Iron Man, Edward Norton em The Incredible Hulk, McG em Terminator Salvation, Damon Lindelof em Star Trek, Robert Downey, Jr. em Sherlock Holmes, Lorenzo di Bonaventura em G.I. Joe: The Rise of Cobra e Hugh Jackman em X-Men Origens: Wolverine.

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Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008):

Direção Christopher Nolan, produção Emma Thomas, Charles Roven e Christopher Nolan, roteiro Jonathan Nolan e Christopher Nolan, história Christopher Nolan e David S. Goyer, baseado em Batman de Bob Kane e Bill Finger. Elenco Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal e Morgan Freeman.  The Dark Knight é um aclamado filme anglo-americano de 2008 e introduz o personagem Harvey Dent (Aaron Eckhart), o novo promotor público de Gotham e chefe de Rachel Dawes (Maggie Gyllenhaal), amiga de infância de Wayne, que se juntam ao Batman e à polícia para combater a nova ameaça emergente de um criminoso que se auto-intitula “Coringa” (Heath Ledger). Nolan utilizou uma câmera IMAX para filmar quatro grandes seqüências de ação, incluindo a primeira aparição do Coringa no filme. O traje vestido por Batman foi redesenhado, com um capuz permitindo que Bale movesse sua cabeça, o que não era possível nas obras anteriores. Uma recriação da Batmoto, conhecida como o “Batpod”, foi introduzido. The Dark Knight foi aclamado pela crítica, sendo incluído em diversas listas de melhores do ano e se tornou o quarto filme a passar a arrecadação de US$1 bilhão de dólares mundialmente. O filme recebeu oito indicações para o Oscar, tendo vencido em duas categorias: Melhor Ator Coadjuvante, um prêmio póstumo para Heath Ledger e Melhor Edição de Som para Richard King.

Sinopse: Na cidade de Gotham, o Coringa e seus comparsas roubam um banco pertencente a máfia. Batman e o Tenente James Gordon decidem incluir o novo promotor público Harvey Dent, que está namorando Rachel Dawes, no plano para acabar com a máfia. Bruce mais tarde encontra Dent e promete fazer uma festa para arrecadar fundos para ele, depois de perceber sua sinceridade. Os chefes da máfia Sal Maroni, Gambol e Chechen se encontram com outros chefes criminais para discutir os novos problemas nas suas atividades. Lau, um contador chinês, conta que ele escondeu todo o dinheiro e fugiu para Hong Kong para impedir que o plano de Gordon se concretize. O Coringa invade a reunião avisando que o Batman vai caçar Lau, e se oferece para matá-lo em troca de metade do dinheiro. Todos recusam e Gambol põe um preço pela cabeça do Coringa. Pouco tempo depois o Coringa mata Gambol e recruta seus homens.

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Heath Ledger como Coringa: Foi descrito pelo diretor como “um palhaço psicopata, assassino em série, esquizofrênico, rude, cruel, sarcástico e com zero de empatia”. Mas possui bastante humor negro. O diretor Christopher Nolan quis trabalhar com Ledger em vários trabalhos anteriores no passado, mas nunca tinha conseguido. Quando Ledger viu Batman Begins, descobriu um método de fazer o personagem funcionar de acordo com o tom do filme e Nolan concordou com a sua interpretação anárquica. Para se preparar para o papel, Ledger viveu sozinho num quarto de hotel por um mês, formulando a postura, voz e psique do personagem. Enquanto que, inicialmente, ele achou difícil, Ledger finalmente conseguiu gerar uma voz que não soava como o Coringa de Jack Nicholson do filme Batman de Tim Burton. Ele começou um diário, no qual escreveu os pensamentos e sentimentos do Coringa para se guiar durante sua performance. Ele também recebeu Batman: The Killing Joke e Arkham Asylum: A Serious House on Serious Earth para ler, o que ele “realmente tentou […] mas desistiu”. Ledger também citou como inspiração o filme A Clockwork Orange e Sid Vicious. “Tem um pouco de tudo nele. Não há nada consistente”, disse Ledger, complementando que “há algumas surpresas nele”. Trazer o Joker de volta ao cinema gerou uma onda de especulações sobre sua interpretação e visual. Antes de Ledger ter sido confirmado, em julho de 2006, Paul Bettany, Lachy Hulme, Adrien Brody, Steve Carell e Robin Williams expressaram publicamente seu interesse no papel. Jack Nicholson brincou que estava com rancor por não ter sido convidado a repetir o papel: “Você não pode acreditar nas razões pelas quais as coisas acontecem e não acontecem. Não me pedir para fazer a continuação é uma delas”, disse. “Talvez não seja um erro. Talvez tenha sido a coisa certa, mas, para ser sincero, estou furioso.” Após o lançamento do trailer, o diretor Guillermo del Toro e o escritor de HQ Jeph Loeb elogiaram Ledger, enquanto que o co-criador de Batman: The Animated Series, Paul Dini, disse: “Ele parece mais ‘de rua’ do que qualquer outra versão do Joker. Sua atitude é severa e sarcástica, ao contrário de maníaca. Não há piadas ou traquinagens com ele. Esse Coringa não divide lados, ele divide crânios”. Mark Hamill, que deu voz ao personagem no desenho animado Batman: The Animated Series, disse que “a abordagem de psicopata debochado parece ser um jeito ótimo de reinventar o palhaço assustador favorito de todos”. Ledger morreu em 22 de janeiro de 2008, após a conclusão das filmagens. “Foi uma emoção tremenda, logo após ele falecer, ter que voltar e olhar para ele todos os dias”, lembra Nolan. “Mas a verdade é que me sinto bastante sortudo por ter algo produtivo para fazer, por ter uma performance da qual ele se orgulhava muito e confiado a mim o dever de concluí-la.” Com uma performance bem reconhecida pelos críticos, o ator recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, o primeiro prêmio póstumo na categoria e o segundo para um ator, depois de Peter Finch em Network.

O Projeto: “Enquanto analisávamos as HQs, houve uma ideia fascinante que a presença de Batman em Gotham atrai, de fato, os criminosos a Gotham. Ela atrai os lunáticos. Quando você está lidando com questões polêmicas, como a ‘justiça com as próprias mãos’, você precisa realmente se perguntar: ‘aonde isso leva?’. É isso que deixa o personagem tão obscuro, porque ele expressa um desejo vingativo.” —Nolan, falando sobre a continuação. Antes do lançamento de Batman Begins, o roteirista David S. Goyer redigiu um tratamento para duas continuações, que apresentavam o Coringa e Harvey Dent ao público. Originalmente, a intenção era que o Coringa causasse a cicatriz em Dent durante seu julgamento no terceiro filme, transformando-o no vilão Duas-Caras. Nolan explicou que pensava deixar o filme “o mais completo possível”. Como no primeiro filme, Goyer citou Batman: The Long Halloween como a influência proeminente no enredo. Nolan não tinha certeza, inicialmente, se ele retornaria, mas queria reinterpretar o Coringa na tela. Em 31 de julho de 2006, a Warner Bros. Pictures anunciou oficialmente o início da produção da continuação, intitulada The Dark Knight. Isso marca a primeira vez que um filme de Batman não possui o nome do herói no título, o que Bale observou como um sinal de que “esse retrato meu e de Chris de Batman é bem diferente de qualquer outro”. Após muita pesquisa, seu irmão e co-escritor, Jonathan Nolan, sugeriu que as duas primeiras aparições do personagem servissem como sua influência. Jerry Robinson, um dos co-criadores do Coringa, foi consultado para a abordagem do vilão. Nolan decidiu evitar contar a história da origem do personagem, focando na sua ascensão ao poder. Ele explicou dizendo que “Para mim, o Coringa é absoluto. Não há tons de cinza nele. Ele simplesmente aparece, como nos quadrinhos”. Nolan reiterou ao site IGN que “Nós nunca quisemos fazer uma história sobre a origem do Coringa neste filme”, porque “o arco da história é muito mais de Harvey Dent; o Coringa é apresentado como um absoluto. É um elemento muito emocionante do filme e um elemento muito importante, porém nós queríamos lidar com a ascensão do Coringa, não a origem do Coringa”. Nolan sugeriu Batman: The Killing Joke influenciou uma seção do diálogo do Coringa no filme, onde ele diz que qualquer pessoa pode se tornar igual a ele, nas devidas circunstâncias. O filme Heat serviu de inspiração para contar a história sobre os numerosos habitantes de Gotham City. Nolan descreveu o tema da continuação como “escalada”, continuando como Batman Begins terminou, com “coisas tendo que piorar antes de melhorar”. O diretor indicou que o filme dará continuidade aos temas de Batman Begins, incluindo “justiça vs. vingança” e os problemas de Bruce Wayne com seu pai, mas também mostrará mais de Wayne como um detetive, um elemento que não tiveram tempo de incluir em Batman Begins. Nolan descreveu a rivalidade amigável de Harvey Dent e Bruce Wayne como a “espinha dorsal” do filme. Ele também escolheu comprimir a história geral, dando tempo para Dent se tornar Duas-Caras, dando ao filme um arco emocional que o insensível Coringa não poderia oferecer. Nolan reconheceu que o título do filme não era apenas uma referência ao Batman, porém também ao caído “cavaleiro branco” Harvey Dent”.

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O Batpod: O filme introduz o Batpod, uma recriação da Batmoto. O desenhista de produção Nathan Crowley, que criou o Tumbler para Batman Begins, desenhou seis modelos, construídos pelo supervisor de efeitos especiais Chris Corbould, para serem usados na produção, pela necessidade de cenas de batida e possíveis acidentes. Crowley construiu um protótipo na garagem de Nolan, antes de seis meses de testes de segurança serem conduzidos. O Batpod é manobrado pelos ombros, ao invés das mãos, e os braços do piloto são protegidos por escudos. A moto tem pneus de 50,8 cm de largura e é feita para parecer que possui cabos, canhões e metralhadoras. Os motores são localizados nos eixos das rodas, que estão separadas por 1,068 m. O piloto dirige com a barriga para baixo no tanque, que pode se mover para baixo ou para cima dependendo da situação que Batman enfrentar. O dublê Jean-Pierre Goy atuou no lugar de Christian Bale durante as sequências do Batpod em The Dark Knight.

Crítica: The Dark Knight foi aclamado pela crítica mundial. No site Rotten Tomatoes o filme possui um indíce de aprovação de 94%. O consenso no site é “Sombrio, complexo e inesquecível, The Dark Knight tem sucesso não apenas como um filme de HQs, mas como saga rica e emocionante”. Entre os críticos principais do Rotten Tomatoes, o filme tem uma aprovação de 91%. O site Metacritic calculou uma aprovação de 82/100, indicando “aclamação universal”. As votações do CinemaScore mostraram que os espectadores comuns deram ao filme uma nota “A”, em uma escala de A+ até F. Pablo Villaça do site Cinema em Cena deu ao filme perfeitas cinco estrelas, comentando “Certamente um dos “filmes de super-herói” mais adultos e densos já concebidos por Hollywood, O Cavaleiro das Trevas é inteligente o bastante para compreender que nem sempre ser “herói” implica agir da maneira esperada”. Marcelo Forlani do site Omelete também deu cinco estrelas de cinco ao filme, dizendo “O realismo a que Nolan gosta tanto de falar, vai além de buscar personagens reais. Ele cria também situações reais e que deixam qualquer um de boca aberta”. Thiago Siqueira do site Cinema com Rapadura agraciou o filme com dez estrelas de dez, falando “Tenso e emocionalmente pesado, “Batman: O Cavaleiro das Trevas” não é só um mero filme, mas uma experiência cinematográfica única. Uma obra-prima absolutamente recomendada”. Além das excelentes críticas, The Dark Knight apareceu em inúmeras listas de melhores filmes do ano, feitas pelos mais renomados críticos de cinema dos EUA. O filme foi eleito o décimo quinto melhor filme da história pela lista da Empire dos 500 Melhores Filmes de Todos os Tempos, baseado nos votos de 10.000 leitores, 150 diretores e 50 críticos. A interpretação de Heath Ledger do Coringa foi eleita a número três na lista da Empire dos 100 Maiores Personagens de Cinema de Todos os Tempos. O escritor de mistério Andrew Klavan, escrevendo para o The Wall Street Journal, comparou as medidas extremas que o Batman toma para lutar contra o crime com aquelas usadas pelo Presidente George W. Bush na Guerra ao Terror. Klavan afirma que “em certo nível” The Dark Knight é “um hino de louvor a fortitude e a coragem moral que George W. Bush mostrou neste tempo de terror e guerra”. Klavan suporta esta interpretação do filme comparando Batman com Bush, ele diz “às vezes tem que se empurrar as fronteiras dos direitos civis para lidar com uma emergência, com a certeza que ele vai restabelecer essas fronteiras quando a emergência for passado”. O artigo de Klavan foi muito criticado na internet e em outras publicações. Ao fazer sua resenha do filme no The Sunday Times, Cosmo Landesman chegou a uma conclusão oposta a de Klavan, argumentando que The Dark Knight “oferece muitas lições moralistas de como nós devemos abraçar o terrorismo. […] Em seu núcleo, entretanto, é uma longa e tediosa discussão sobre como indivíduos e a sociedade nunca devem abandonar o Estado Democrático de Direito na luta contra as forças sem lei. Ao lutar contra monstros, nós devemos ter cuidado para não nos tornarmos monstros, esse tipo de coisa. Ao ter uma guerra ao terror, você cria condições para mais terror. Nos é mostrado que pessoas inocentes morreram por causa do Batman e ele aceita isso. Benjamin Kerstein, escrevendo para a Azure, disse que tanto Klavan e Landesman estão certos em algo, porque “The Dark Knight é um espelho perfeito da sociedade que está assistindo: uma sociedade tão dividida em questões sobre o terror e como lutar contra ele”. De acordo com David S. Goyer, o tema principal de The Dark Knight é a escalada. Gotham City é fraca e seus cidadãos culpam o Batman pela violência e a corrupção, como também as ameaças do Coringa e empurra seus limites, fazendo ele sentir que cumprindo a lei por suas próprias está degradando ainda mais a cidade. Roger Ebert notou “Pelo filme, [o Coringa] cria situações engenhosas para forçar o Batman, o Comissário Gordon e o Promotor Público Harvey Dent a fazerem escolhas eticamente impossíveis. No final, toda a fundação moral da lenda do Batman é ameaçada”. Outros críticos mencionaram o tema do triunfo do mal sobre o bem. Harvey Dent é visto como o “cavaleiro branco” de Gotham no início do filme, porém no final ele acaba sendo seduzido pelo mal. O Coringa, por outro lado, é visto como a representação da anárquia e do caos. Ele não têm motivos, não possui ordens e nenhum desejo além de causar devastação e “assistir o mundo pegar fogo”. A terrível lógica do erro humano é outro tema também. A cena das barcas mostra como humanos podem ser facilmente seduzidos pela perversidade.

Prêmios: Mais notavelmente entre as indicações estava a dominação quase completa de Heath Ledger em mais de vinte prêmios de atuação, incluindo o Oscar de melhor ator coadjuvante, Screen Actors Guild Award de melhor ator coadjuvante, o Golden Globe Award de melhor ator coadjuvante – cinema e o BAFTA Award de melhor ator coadjuvante. The Dark Knight também recebeu indicações do Sindicato dos Roteiristas da América (por melhor roteiro adaptado), o Sindicato dos Produtores da América e o Sindicato dos Diretores da América, bem como outras indicações e vitórias de vários sindicatos. Foi indicado para melhor filme no Critics’ Choice Awards e foi eleito como um dos dez melhores filmes do ano pela American Film Institute.

Bilheteria: The Dark Knight estabeleceu um novo recorde da meia noite em seu dia de estréia, 18 de julho de 2008, com US$ 18.5 milhões, batendo os US$ 16.9 milhões estabelcedos por Star Wars Episode III: Revenge of the Sith, em 2005. US$ 650.000 da arrecadação vieram de salas IMAX. Entretanto, seu recorde foi quebrado no ano seguinte por Harry Potter and the Half-Blood Prince, que arrecadou US$ 22 milhões. The Dark Knight arrecadou US$ 67.165.092 em seu dia de estréia nos EUA, batendo o recorde anterior de US$ 59.8 milhões estabelecido por Spider-Man 3 em 2007. Porém, seu recorde foi quebrado um ano depois por The Twilight Saga: New Moon, com US$ 73 milhões. Em seu fim de semana de estréia nos Estados Unidos e Canadá, The Dark Knight arrecadou um total de US$ 158.411.583 de 9.200 salas em um recorde de 4.366 cinemas, com uma média de US$ 36.283 por cinema, e 17.219 por sala, batendo a estimativa original em mais de US$ 3 milhões, e quebrando o recorde anterior de US$ 151.116.516 de Spider-Man 3, enquanto era exibido em 114 cinemas a menos. Na segunda seguinte, arrecadou mais US$ 24.493.313, e na terça arrecadou US$ 20.868.722. The Dark Knight também estabeleceu um novo recorde para um fim de semana de estréia em cinemas IMAX, acumulando US$ 6.2 milhões para bater o recorde anterior de Spider-Man 3, US$ 4.7 milhões. Além dos EUA e do Canadá, The Dark Knight estreou em 20 outros países em 4.520 salas, arrecadando US$ 41.3 milhões no primeiro fim de semana. O filme estreou em segundo, atrás de Hancock, que estava em sua terceira semana sendo exibido em 71 países. A maior arrecadação internacional de The Dark Knight na semana veio da Austrália, arrecadando US$ 13.7 milhões, a terceira maior abertura da Warner Bros. e a maior estréia de um filme de super-herói na história. O filme também arrecadou US$ 7 milhões de 1.433 salas no México, 4,45 milhões de 548 salas no Brasil e US$ 2,12 milhões de 37 salas em Hong Kong. Citando problemas culturais com alguns elementos do filme e a relutância para aderir as condições pré-estréia, a Warner Bros. desistiu de distribuir o filme na China. The Dark Knight vendeu aproximadamente 22,37 milhões de ingressos com uma média de preço de US$ 7.08, significando que o filme vendeu mais ingressos que Spider-Man 3, que vendeu 21,96 milhões com uma média de preço de US$ 6.88 em 2007. Também quebrou o recorde de maior fim de semana de estréia da história. The Dark Knight arrecadou um total de US$ 533.345.358 na América do Norte, se tornando o segundo filme a arrecadar mais de US$ 500 milhões na América do Norte, depois de Titanic, fazendo isso em um tempo bem menor. Também arrecadou US$ 468.576.467 internacionalmente, fazendo sua arrecadação total ser de US$ 1.001.921.825, sendo o sétimo filme de maior bilheteria de todos os tempos, sem ajustes de inflação. The dark Knight é o filme de maior arrecadação do ano de 2008 na América do Norte e internacionalmente. Sem ajustes de inflação, é o terceira maior filme em arrecadação na América do Norte, atrás de Avatar e Titanic. A arrecadação de The Dark Knight foi bem diferentes daqueles de Avatar, que quebrou alguns de seus recordes no ano seguinte, e Titanic. Enquanto The Dark Knight quebrou recordes em sua semana de estréia, Titanic começou devagar, arrecadando US$ 28.6 milhões em sua primeira semana, e depois começou a arrecadar mais nas semanas seguintes. The Dark Knight começou forte, porém caiu nas semanas seguintes. A Warner Bros. relançou o filme em cinemas tradicionais e IMAX nos Estados Unidos em 23 de fevereiro de 2009, na época das votações para o Oscar, com o objetivo de aumentar as chances do filme levar alguns prêmios e também cruzar a marca do US$ 1 bilhão, algo que foi conseguido em fevereiro de 2009. O filme é atualmente a décima segunda maior bilheteria da história, não ajustada para inflação, com um faturamento de US$1.001.921,825.

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Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012):

Direção Christopher Nolan, produção Emma Thomas, Charles Roven e Christopher Nolan, roteiro Jonathan Nolan e Christopher Nolan, história Christopher Nolan e David S. Goyer, baseado em Batman de Bob Kane e Bill Finger. Elenco Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman, Anne Hathaway, Tom Hardy, Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt e Morgan Freeman. The Dark Knight Rises é um filme americano e britânico de 2012 e o terceiro e último filme da série cinematográfica Batman de Nolan, e uma sequência direta de Batman Begins e The Dark Knight. O filme também introduz os personagens Selina Kyle, interpretada por Anne Hathaway, uma ladra gatuna cuja presença em Gotham City põe em movimento uma cadeia de eventos que levarão Batman a sair de sua aposentadoria e Bane, interpretado por Tom Hardy, o antagonista da história. Nolan inicialmente se mostrou hesitante sobre uma terceira continuação da série, mas concordou em voltar depois de desenvolver uma história com seu irmão e David Goyer, que em sua opinião seria uma conclusão satisfatória para a série. O filme teve como inspiração a série de Hqs Batman: Knightfall (1993), que marcou o surgimento do vilão Bane; em The Dark Knight Returns (1987), onde Batman volta a Gotham City após uma ausência de quase dez anos e em Terra de Ninguém (1999), em que um grande terremoto abala Gotham. As filmagens ocorreram em várias partes do mundo, incluindo Índia, Londres, Glasgow, Los Angeles, Nova Iorque e Pittsburgh. Nolan usou câmeras IMAX durante a maior parte das filmagens para otimizar a qualidade da imagem. Tal como aconteceu com The Dark Knight, as campanhas de marketing viral começaram cedo para ajudar a promover o filme. Quando as filmagens foram concluídas, a Warner Bros. focalizou a sua campanha, com o desenvolvimento de sites promocionais, liberando os seis primeiros minutos do filme e o trailer de cinema, e enviando peças aleatórias de informações sobre o enredo do filme para várias empresas.

Sinopse: Oito anos se passaram após os acontecimentos de The Dark Knight. Batman não é visto desde que assumiu a culpa pelos crimes do promotor público Harvey Dent. O alter-ego do herói, Bruce Wayne, se tornou um recluso, e as Empresas Wayne começam a derrocar após investirem um projeto de energia por fusão da executiva Miranda Tate – projeto que acabou sendo cancelado após Bruce descobrir o potencial bélico do reator. Com a nova Lei Dent, o comissário Jim Gordon e a polícia de Gotham City acabaram com o crime organizado, permitindo que a maior parte dos chefões do crime fossem presos sem julgamento.

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Comentários: Jeff Robinov, presidente da Warner Bros., tinha a esperança de que um terceiro filme do Batman fosse lançado em 2011 ou 2012. Christopher Nolan queria que a história do terceiro filme o mantivesse emocionalmente investido. “Em um nível mais superficial, devo fazer a pergunta”, ele disse, “quantos bons terceiros filmes de uma franquia as pessoas podem nomear?” Retornou para encontrar um modo necessário de continuar a história, porém temeu no meio das filmagens de The Dark Knight que um terceiro filme seria redundante. Em dezembro de 2008, Nolan completou um esboço da linha de história, antes de se comprometer com Inception. Nolan explicou que enquanto ele estiver dirigindo, Robin não irá aparecer na franquia porque Christian Bale ainda está interpretando um “jovem Batman”, que significa “Robin, não por alguns filmes”. Em 9 de fevereiro de 2010, foi anunciado que Nolan “quebrou” a história para a sequência de The Dark Knight e que ele se comprometeu a retornar para o projeto. Em fevereiro de 2010, Jonathan Nolan e David S. Goyer começaram a trabalhar no roteiro. Quando Goyer saiu para trabalhar em The Man of Steel, Jonathan Nolan estava escrevendo um roteiro baseado na história de seu irmão e de Goyer. Em março de 2010, Nolan confirmou seu envolvimento no projeto e disse que este será seu último filme de Batman e uma conclusão para a história: “Sem entrar em detalhes, a chave que faz o terceiro filme ser uma excelente possibilidade para nós é que queremos terminar a história. E vendo-a como o encerramento de uma história ao invés de estourar o balão indefinidamente e expandir a história… Estou muito excitado sobre o fim do filme, a conclusão e o que fizemos com os personagens. Meu irmão veio com algumas coisas bem excitantes. Diferente das HQs, essas coisas não duram eternamente em filme e olhá-la como como uma história com um fim é útil. Vendo-a como um final, isso o coloca no trilho certo sobre uma conclusão apropriada e a essência da narrativa que estamos contando. E isso remete para a prioridade de tentar encontrar a realidade nessas histórias fantásticas. Nolan disse em 10 de junho de 2010 que o roteiro de Jonathan estava terminado. Em setembro de 2010 ele confirmou seu retorno ao cargo de diretor e que ele estava polindo o roteiro de seu irmão e no mês seguinte Nolan anunciou que o título do filme seria The Dark Knight Rises. O diretor afirmou que o Coringa não iria retornar para o terceiro filme, nem que ele usaria cenas excluídas de Heath Ledger em The Dark Knight. Ele descartou igualmente o retorno de Charada ou Pinguim, personagens para os quais estavam cotados atores como Johnny Depp, Leonardo DiCaprio, que era o favorito do estúdio, e Hugh Laurie. Vários acidentes ocorreram durante a produção do filme. Enquanto filmavam no Wollaton Hall, um trator-reboque colidiu contra a entrada principal do local, apesar de ninguém ter ficado ferido. Mais tarde, um dublê paraquedista caiu contra o telhado de uma casa durante as filmagens na Escócia, após uma falha durante um salto; ele não ficou gravemente ferido. Enquanto filmavam cenas em Pittsburgh, a dublê de Hathaway colidiu contra uma das câmeras IMAX durante a filmagem de uma cena em que a personagem anda de Batpod por um lance de escadas durante um motim. Não houve feridos, mas a câmera foi destruída. Um segundo acidente ocorreu em Pittsburgh quando um caminhão que transportava um veículo novo, uma espécie de aeronave blindada com design semelhante ao Tumbler (batmóvel), saiu de curso e caiu em uma matriz de iluminação, danificando o modelo de aeronave. A produção foi atrasada enquanto o modelo da aeronave era consertada.

Críticas: O filme foi amplamente recebido pelo público mundial. Embora o massacre de Aurora tenha deixado um trauma, o filme alcançou destaque. Mas não sem passar pelos olhos rígidos de parte do público. O filme foi muito bem recebido pela crítica em geral, apesar de não ter sido tão aclamado quanto ao seu antecessor. Críticos ressaltaram os temas abordados no filme, o foco nos personagens, nas intensas cenas de ação e no final da história que fez jus ao personagem e trilogia. Também foram muito bem recebidas as inspirações da Revolução Francesa, Revolução dos Bichos e obras de Charles Dickens como Um Conto de Duas Cidades. The Dark Knight Rises estreou em 20 de julho de 2012 em 4.404 salas nos Estados Unidos. Devido a um incidente em uma das pré-estreias, em que um atirador matou 12 pessoas no Colorado, a Warner Bros. lançou os números de faturamento apenas na segunda-feira. Os 160 milhões de dólares no primeiro fim de semana é a terceira maior estreia da história, depois de Os Vingadores e Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. Uma semana depois, o filme estreou no Brasil em 900 salas. Faturou R$ 13,5 milhões no primeiro fim de semana, com 1,17 milhão de ingressos vendidos. Até 13 de dezembro de 2012, The Dark Knight Rises havia faturado US$ 1.081.041.287 em todo o mundo, superando a bilheteria de seu antecessor, The Dark Knight, de 2008. Atualmente é a décima quarta maior bilheteria da história.

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Written By
Marcelo Moura

Moura gosta de Cinema, Tv, Livros, Games, Shows e HQ´s, do moderno ao Cult. Se diverte com o Trash, Clássico e Capitalista. e um pouco de tudo isso você vai encontrar aqui. Muitos dizem que quem escreve é a sua esposa ou mesmo seus três filhos. É ler para crer....

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