Atypical: Primeira e Segunda temporadas na Netflix

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de uma das minhas séries preferidas  de comédia, drama e família da Netflix.

Atypical (2017 a 2018):

Criador e roteirista Robia Rashid, diretor Seth Gordon, produtor Jennifer Jason Leigh, distribuição Netflix, Elenco Keir Gilchrist, Jennifer Leigh, Brigette Paine, Amy Okuda, Michael Rapaport e Fivel Stewart, empresas de produção Weird Brain, Exhibit A e Sony Pictures, emissora de televisão original Netflix. Atypical é uma série norte-americana de comédia dramática original Netflix, criada e escrita por Robia Rashid, que conta a história de um rapaz de 18 anos, diagnosticado dentro do espectro do autismo, que trabalha e estuda, vivendo a efervescência da idade e seu amadurecimento. Disponibilizada na rede de streaming desde 11 de agosto de 2017, com oito episódios. A série foi bem recebida pela crítica. Foi renovada para uma segunda temporada com dez episódios em 13 de setembro de 2017. A Netflix anunciou em 14 de agosto de 2018, que a segunda temporada de Atypical estrearia na plataforma de streaming no dia 7 de setembro de 2018. Em 24 de outubro de 2018, a Netflix renovou a série para sua terceira temporada  que foi lançada no dia 1º de novembro de 2019. Em 2017, Atypical, que tem episódios de 29 a 38 minutos cada,  foi a décima série mais assistida pelos brasileiros em sessões curtas (de menos de duas horas por dia), segundo a retrospectiva da Netflix. E foi a oitava em recomendação para se assistir com a família.

Sinopse: Sam é um garoto autista de 18 anos, que encorajado por sua psicóloga, decide procurar uma namorada. Além de buscar mais independência e autoconhecimento, também começa a se ver envolvido na sua primeira história de amor, enquanto vários problemas ocorrem em torno do dia a dia da família. Na primeira temporada, Sam está em busca de uma namorada, por motivação de sua psicóloga Júlia, quem o aconselha. Cursando o ensino médio, ele não tem muitas amizades, além de Zahid, seu amigo de trabalho, um galanteador muito divertido, e sua irmã, corredora e um tanto protetora. Na segunda temporada, os pais de Sam, Elsa e Doug, encaram os desdobramentos de uma crise no casamento. Sua irmã, Casey, tenta se adaptar à nova escola e fazer novos amigos. Sam se prepara para a fase pós-formatura.

Crítica: Atypical me pegou de surpresa por sua história, a entrega do seu elenco e pelo nível  excelente adaptação de uma família atual, com os problemas e dificuldades de se criar filhos no nosso século e não tem como falarmos da série sem comparar rapidamente com a premiadíssima série  The Good Doctor da Amercan Brodcasting Company. Se nela já temos o Dr. Shaun Murphy, interpretado pelo excelente Freddie Highmore, um personagem também autista, decolando para a vida profissional como um médico de um grande hospital, responsável por vidas e diagnósticos, aqui em Atypical o nosso Sam Gardner, interpretado com tanta qualidade e carinho por Keir Gilchrist, começa seus primeiros passos saindo da adolescência e caminhando para a maturidade, com todas as dificuldades que sua condição mental lhe permite, fazendo escolhas de profissão que sua condição lhe permite. A força de ambas as tramas está na consciência dos dois personagens principais tem da sua condição, dos limites que isso lhe dá, como “pessoas diferentes” de um mundo tão limitado e fechado aos seus dramas. O relacionamento familiar apresentado na série é o comum de cada casa, divórcios, desconfiança, medos de deixar os filhos crescerem, a relação social entre vizinhos e amigos, todo o universo comum entre nós, mas aqui diluído em doses certas pelo excelente trabalho de roteiro e direção Robia Rashid e Seth Gordon, trazendo uma série simples, sem grandes recursos, como uma atualização das séries americanas dos anos 60 a 80, como em Caras e Caretas (1982) e The Brady Bunch (1969), com suas doses de drama e comédia bem equilibradas para o seu público.

Do elenco já falamos do excelente Keir Gilchrist como Sam Gardner,  um menino de 18 anos autista, que é obcecado pela Antártida e seus pingüins, e seguindo temos Brigette Lundy-Paine, a irmã mais nova de Casey Gardner. Paine está excelente, vivendo em um caldeirão tão normal de escolhas de uma adolescente nos dias de hoje, entre universidades e namorado, além de cuidar com muito carinho de seu irmão sendo seu “Grilo Falante”, o que lhe dá uma química excelente com o ator Gilchrist, como se realmente fossem almas gêmeas. A escolha do elenco de apoio é bem interessante, os pais de Sam e Casey são a veterana e premiada Jennifer Jason Leigh, como Elsa Gardner, e como pai o ator, comediante e diretor Michael Rapaport como Doug Gardner. Ambos, por serem rostos bem conhecidos da velha guarda de séries e cinemas, facilitam a compreensão da maturidade e desafios que o elenco passa, principalmente sobre a dificuldade de se envelhecer com a mesma pessoa ao seu lado, o desafio do emprego e de se manter uma família, ver os filhos crescerem e saírem de casa para criar suas respectivas vidas, finamente se adaptando ao novo mundo do nosso século, com tantas diversidades e escolhas. As dúvidas de Elsa e Doug são simples, comum entre todos nós, e esse é o segredo da série, ser comum e ao mesmo tempo intrigante quanto as decisões de cada personagem para o seu futuro.

Para terminar, não posso deixar de citar o excelente ator e comediante Nik Dodani como Zahid, o melhor amigo de Sam, que com ele tem e seus comentário e conselhos, tira totalmente o peso de uma série dramática e dá o auxílio cômico necessários entre as cenas. Zahid é ousado, fora da casinha, inteligente, maluco e tudo mais que um adolescente cheio de testosterona pode ser, fazendo escolhas muito erradas mas sem tanto crédito quanto se é possível ser feito ou de um resultado que não catastrófico se for realizado. Seus planos e cantadas para conseguir um relacionamento casual são hilárias.

Curiosidades: Após a liberação, Atypical recebeu críticas positivas por parte dos críticos. No Metacritic, a primeira temporada recebeu uma pontuação de 66, com base em 20 críticas, indicando “críticas geralmente favoráveis”, e uma pontuação de 79% no Rotten Tomatoes. A atuação, especialmente a performance de Gilchrist, foi bem recebida, apesar de alguns críticos acharam a série mal escrita. A falta de outras pessoas autistas na série também foi questionada.

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