As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas

O longa dirigido por Enrique Gato (No Mundo da Lua), é uma divertida aventura que deve encantar os pequenos e agradar aos adultos, afinal, estamos falando de uma paródia a uma das grandes franquias do gênero, Indiana Jones.

Vale ressaltar também que a produção deve ser assistida com mente aberta para fugir de eventuais comparações com outros universos, já que ele se inspira em uma enorme diversidade de figuras famosas ou relativamente importantes no mercado multimídia. A começar pelo protagonista que até mesmo no nome tem Jones; Sara que tem em suas vestes, cabelos e corpo fortíssimas semelhanças com a heroína Lara Croft; o cachorro do protagonista que lembra demais o canino de Up – Altas Aventuras; o pássaro colorido que traços e comportamentos similares às aves do famoso game Angry Birds; as caveiras da cidade de Paititi muito similares aos inimigos de Medieval Moves; enfim, há uma grande variedade de elementos, mas que jamais estragam a experiência, principalmente porque o filme entretém muito bem. Contando com muitas situações de ação, bem ao estilo americano de ser, Tadeo consegue prender a atenção do público por conta de seu carisma e principalmente, por conseguir ser divertido. É um personagem que certamente ainda renderá mais conteúdos, assim espero, pois seu propósito de entreter de forma descompromissada foi alcançado com louvor. Possui uma ótima trilha sonora, visual na medida e uma história que consegue prender a atenção não por ser inovadora, mas por ser simples.

E deu tão certo, que Tadeo Stones e seus amigos estão de volta em As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas (Tadeo Jones 2: El secreto del Rey Midas, 2017), que estreou em 21 de dezembro nos cinemas de todo país, pela Paramount Pictures, com a missão de dar continuidade à produção espanhola, que teve um impressionante sucesso de bilheteria; As Aventuras de Tadeo é um dos campeões de indicações ao Goya 2013 (o Oscar espanhol), concorrendo a Melhor Filme Animado, Diretor Estreante, Trilha Sonora, Canção Original e Roteiro Adaptado. O filme causou também um bom impacto no Círculo de Críticos de Cinema da Espanha (quatro indicações, inclusive à Melhor Animação) e no Prêmio Gaudí (exclusivo para o cinema catalão), em que foi lembrado em quatro categorias (Melhor Animação entre elas).

Baseado numa criação original, contou anteriormente com duas passagens pela tela grande nos curtas-metragens Tadeo Jones (2006) e Tadeo Jones y el sótano maldito (2007), ambos premiados com o Goya de Melhor Curta de Animação.

Será que a sequência consegue repetir o sucesso? Com certeza sim, e será mais um sucesso que ganhará muitos prêmios. Repleto de diversão e ação, a animação volta com muita qualidade, mesmo sendo espanhola e com tantos prêmios, eu não pensei que seria tão bem produzida, com lugares bem explorados.

Tadeo Jones volta ao trabalho como um simpático operário americano, muito aventureiro e aspirante a arqueólogo, sempre se metendo em grandes aventuras, e ainda apaixonado por Sara Lavroff.  A moçinha, em uma de suas expedições, parece ter encontrado o pergaminho para o Colar de Midas, um artefato divino concedido ao Rei que o permitia transformar tudo o que tocasse em ouro. Entretanto, esse dom desejado por muitos logo se mostrou uma maldição, visto que ele transformou sua própria filha numa estátua dourada e teve de abdicar de seus poderes ao espalhar os componentes do objeto em três templos distintos, para recuperar a criança. É claro que toda essa lenda é uma realidade cobiçada pelas mentes mais ambiciosas do mundo, incluindo a soturna figura de Jack Rackham, que corrobora um plano com seus comparsas para raptar a exploradora e obrigá-la a achar o colar perdido. O vilão desta vez é digno de antigas produções do espião britânico James Bond, principalmente porque sua performance não tenta fugir dessas semelhanças a todo o momento.

Quando Tadeo reencontra a moça, embarca em uma jornada para resgatá-la do vilão que a sequestrou para pegar o Papiro de Midas. Acompanhado pelo seu cão e por seu “amigo” Freddy, uma múmia muito divertida que arranca muitas risadas da galerinha, seja por sua falta de noção ou por sua irreverência histórica. A qualidade da animação não prima pelo realismo, mas sim por compilar espaços e ambientes que comportem bem a ideia proposta pelo enredo. As crianças certamente irão aprovar, mas aos adultos são guardadas também boas surpresas que compensarão o investimento de tempo e de dinheiro. E exibido num 3D bem realizado, temos um filme que pode não ser revolucionário, mas que exibe seus méritos com muito orgulho e respeito.

Em São Paulo, vale conferir em um Cinesystem, que é um cinema novinho em folha e com tudo o que há de mais moderno no mercado. Localizado no novo shopping Morumbi Town (em frente ao shopping Jardim Sul), o projeto abriga as primeiras salas da rede Cinesystem na capital paulistana. Com sistema inovador e moderno, eles oferecem serviço de bomboniere, onde você mesmo se serve como se estivesse em casa.

E também oferecem para mamães como eu, (papais também podem ir), a Cinematerna, sessões para bebês de até 18 meses,  onde o volume do som é mais baixo, o ar-condicionado é ameno, as luzes ficam ligeiramente acesas, com todo conforto para os bebês.

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