As aventuras de Bibi Tatto – “Um Novo Mundo” e “Isolados – O Enigma”

Novas profissões vêm surgindo por causa das redes sociais, uma delas são os influenciadores digitais. Há um ramo bem específico em que se encaixa a jovem Bibi Tatto, a dos youtubers gamers.

O que é isso? Participantes de jogos online que compartilham conhecimento sobre esse assunto pelo YouTube. No caso de Bibi é o Minecraft.

Bibi Tatto tinha seus 16 anos, mais ou menos, quando decidiu compartilhar algumas de suas aventuras da vida real usando o escapismo do mundo que inventou no Minecraft, surgindo assim, “Um Novo Mundo – Gagui joined the game”, em 2016, e “Isolados – O Enigma”, em 2017.

No primeiro livro o pano de fundo é uma aposta feita entre ela e Gagui, seu irmão mais novo, e ela dentro do novo mundo que ela acabara de criar no jogo. Ela ainda estava explorando suas possibilidades quando ele apareceu, falando que se esconderia dentro desse mundo e que ela deveria o encontrar, os avatares no jogo deveriam se tocar, e ela teria dois dias (do jogo) para fazer isso.

A prenda do perdedor é algo bem familiar para quem tem irmão com idade próxima, como eles, essa pessoa deveria servir de “mordomo” para o outro durante uma semana (nunca deu certo aqui em casa, mas fico feliz de conhecer a técnica rsrsrsrs).

Durante o tempo que Bibi vai desvendando o mundo e as pistas de Gagui ela vai contando momentos da vida dela, seu medo por aranhas, seu jeito moleca de ser desde pequena, seu amor e talento para a música.

A música é um dos grandes elementos do sucesso de Bibi, ela conta isso nos dois livros. Ela gravava vídeos mostrando suas estratégias de jogo desde que tinha 12 anos e tinha um ídolo, Rezende. Um dia ela compôs uma música de forma bem espontânea, inspirada em um vídeo dele, em homenagem a ele, gravou um vídeo cantando e publicou.

O vídeo chegou até Rezende, que compartilhou, fazendo que muitos de seus seguidores passassem a seguir Bibi. Tempos depois, quando já poderia se dizer amiga de Rezende (que escreve o prefácio do primeiro livro e com quem tem amizade até hoje), ela escreve outra música, inspirada em uma série que ele faz no Minecraft, “Isolados”.

Essa música atingiu recordes de visualizações nos respectivos canais.

No segundo livro Bibi volta ao tal mundo que havia criado, o que Gagui tinha se escondido (e que ela consegue encontrar), mas ela percebe que ele foi capturado por um impostor, alguém que entrou no jogo sem ser convidado e ameaça destruir o que ela construiu (no jogo).

Mais uma vez Bibi tem que desvendar pistas e correr atrás de Gagui, o que é uma excelente deixa para contar mais histórias, agora mais voltadas para a carreira de youtuber gamer.

A passagem mais interessante, que pode ficar como alerta para aspirantes a youtubers e influenciadores digitais, é quando ela conta como ela perdeu o primeiro canal. Ela queria fazer algumas séries do Minecraft e queria uma vinheta diferente, alguém a ofereceu os serviços de designer gráfico, fez a vinheta e enviou para ela.

https://noset.com.br/podcast/setcast-papo-no-set-com-bibi-tatto/

O problema é que não havia nada provando que a vinheta foi feita para aquele canal e a pessoa que fez começou a denunciar o canal de Bibi para o YouTube, o que fez a plataforma desativar o canal. Provavelmente a pessoa já fez de má fé, mas fica ao alerta para cuidar das parcerias.

Ambos os livros foram publicados pela editora Novo Conceito, selo Novas Páginas, e conta com fotos da própria Bibi com sua família, além de ilustradas com figuras marcantes para o jogo, acredito eu.

A leitura é bem voltada para adolescente mesmo, por isso é rápida e fácil de ser feita, mesmo para quem não conhece o jogo, como eu. As aventuras no Minecraft são bem detalhadas pela autora e são bem usadas como alegorias dos momentos narrados por ela.

Até mais!

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