Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar um pouco dessa chuva de remakes da Disney, tão sufocantes e sem nem um pouquinho da verdadeira magia dos anos 70 e 80, substituídas por tecnologia e Live Actions sem graça e com fins estreitamente comerciais.
Mary Poppins (1964):
Direção Robert Stevenson, produção Walt Disney, roteiro Bill Walsh e Don DaGradi, baseado em Mary Poppins, de P. L. Travers. Elenco Julie Andrews, Dick Van Dyke, Karen Dotrice, Matthew Garber, David Tomlinson, Glynis Johns, Hermione Baddeley e Ed Wynn, música Richard M. Sherman, Robert B. Sherman e Irwin Kostal, companhias produtoras Walt Disney Pictures e distribuição Buena Vista Distribution. Mary Poppins é um filme norte-americano de 1964, dos gêneros fantasia, comédia musical e infantil, e ocupa a 6.ª colocação na Lista dos 25 maiores musicais americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI), divulgada em 2006.
Sinopse: Em 1910, em Londres, o banqueiro Mr. Banks, um homem frio que trata com rigidez Jane e Michael, seus filhos sapecas, não consegue contratar uma babá, pois elas desistem facilmente do emprego. Numa noite, enquanto redige com sua esposa um anúncio de jornal procurando uma babá, sua filha Jane aparece com uma carta mostrando como seria uma babá perfeita. Esta carta acaba chegando nas mãos de Mary Poppins, que é tudo aquilo que está descrito na carta. Mary Poppins possui poderes mágicos e, com seu amigo faz-tudo Bert, transforma a vida daquela família, com muita música, magia e diversão.
Julie Andrews – Mary Poppins – babá com poderes mágicos, que vai trabalhar na casa do Sr. Banks para cuidar de seus filhos; ela chega na casa do patrão voando e usando um guarda-chuva como pára-quedas e traz consigo diversas brincadeiras que mudam a vida daquela família. Dick Van Dyke – Bert – animado e prestativo, Bert é um velho amigo de Mary Poppins, que abre o filme tocando vários instrumentos sozinho para ganhar dinheiro das pessoas que assistem; além disso, ele também faz pinturas na calçada e limpa chaminés. David Tomlinson – Sr. Banks (George W. Banks) – um homem frio e rígido que tenta manter ordem na casa, é o patrão de Mary Poppins; trabalha no banco Dawes Tomes Mousley Grubbs Fidelity Fiduciary Bank. Glynis Johns – Sr.ª Banks (Winifred Banks) – é a esposa maluca de George Banks; parece ser uma mulher calma e pacata, mas na verdade é uma ativista que quer garantir o direito do voto às mulheres. Karen Dotrice e Matthew Garber – Jane e Michael Banks – os filhos sapecas dos Banks, que fazem as babás desistirem muito rápido de trabalhar em sua casa, até que Mary Poppins chega e elas, além de se divertirem muito, viajam a lugares além da imaginação.
Principais prêmios e indicações: No Oscar de 1965 (EUA) venceu nas categorias de melhor atriz (Julie Andrews), melhores efeitos visuais, melhor edição, melhor canção originale melhor trilha sonora substancialmente original, Indicado nas categorias de melhor direção de arte – colorido, melhor fotografia – colorido, melhor figurino – colorido, melhor diretor, melhor filme, melhor som, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora adaptada. No BAFTA 1965 (Reino Unido) venceu na categoria de melhor revelação em papel principal no cinema para Julie Andrews. No Globo de Ouro 1965 (EUA) venceu na categoria de melhor atriz – musical / comédia (Julie Andrews). Indicado nas categorias de melhor filme – musical / comédia, melhor ator – musical / comédia e melhor trilha sonora original. No Grammy Awards 1965 (EUA) venceu na categoria de melhor trilha sonora para filme ou programa de televisão. No Prêmio Eddie 1965 (American Cinema Editors, EUA) venceu na categoria de filme melhor editado.
Curiosidades: Mary Poppins foi a maior bilheteria mundial no ano de seu lançamento original, arrecadando 28.500.000 dólares. Goldfinger foi o segundo, com 19.700.000 dólares; e My Fair Lady foi o terceiro, com arrecadação de 19 000 000 dólares. O filme obteve uma crítica extremamente positiva, com 100% de aprovação no site especializado Rotten Tomatoes. Foi feito um musical baseado no filme Mary Poppins. Ele estreou nos palcos em 2004 em Londres. Laura Michelle Kelly, conhecida cantora e atriz britânica, fez o papel da personagem principal, e o ator Gavin Lee fez o papel de Bert/Sr. Dawes. A produção foi um sucesso tão grande que foi parar na Broadway, em Nova Iorque, em 2006. Dessa vez, quem fez Mary Poppins foi a atriz Ashley Brown, e a personagem foi sua primeira protagonista oficial, mas ela já havia participado de outras produções da Disney, como o musical A Bela e a Fera e Disney on the Record. Gavin Lee continuou no papel de Bert/Sr. Dawes. A peça continuou em cartaz até 2010.
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Mary Poppins Returns (2019):
Direção Rob Marshall, produção Rob Marshall, John DeLuca e Marc Platt, roteiro David Magee, baseado em Mary Poppins de P.L. Travers. Elenco Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Meryl Streep, Ben Whishaw, Emily Mortimer, Pixie Davies, Joel Dawson, Nathanael Saleh, Julie Walters, Colin Firth e Angela Lansbury. Música Marc Shaiman, Scott Wittman e Lin-Manuel Miranda, companhias produtoras Walt Disney Pictures, Lucamar Productions e Marc Platt Productions e distribuição Walt Disney Studios Motion Pictures. Lançamento nos Estados Unidos em 19 de dezembro de 2018 e Brasil em 20 de dezembro de 2018. Com um orçamento de US$ 130 milhões e uma receita em US$ 210 milhões, O Retorno de Mary Poppins é um filme americano da Walt Disney Pictures e uma continuação do filme Mary Poppins de 1964. O filme foi divulgado no D23 Expo (um evento onde ocorre a divulgação de novos filmes e projetos da Disney). Em 15 de julho de 2017, a Disney posta em sua conta no Twitter um cartaz animado de Mary Poppins Returns.
Sinopse: Situado na década de 1930 em Londres, que é o período dos romances originais de P. L. Travers, a história segue Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer), que agora estão crescidas. Michael está morando com seus três filhos (Pixie Davies, Nathanael Saleh e Joel Dawson) e a governanta Ellen (Julie Walters), na casa de Cherry Tree Lane. Depois que Michael tem uma perda pessoal, Mary Poppins (Emily Blunt) volta para a vida da família Banks. Ela é acompanhada por um acendedor de rua chamado Jack (Lin-Manuel Miranda), e uma prima excêntrica chamado Topsy (Meryl Streep).”
Crítica: Sem muitos mimimis ou comparações de elenco e direção, vamos direto ao ponto, o filme é bem feito, com um elenco grandioso, efeitos especiais de primeira, assim como a adaptação visual e trabalho musical. Há um cuidado para se voltar aos anos clássicos da Disneys (70 e 80) com todo aquele trabalho original de se misturar animação e pessoas reais, mas é só isso. A sensação que tive é que o filme não se levava a sério, como se o próprio roteiro fosse resolver os problemas de atuação teatral e musical que criava no andar da carruagem, e eu já tive essa mesma sensação quando vi Mamma Mia (2008) e sua continuação (2018), mas aí é um outro musical de época do ABBA sem o glamour de Poppins. Algumas vezes esse problema até que passa tranqüilo, mas em outras não, como em filmes como Peter Pan e outros onde a imaginação é mais importante que a história. Esse gênero de inocência, leveza e despreocupação de atuação ou roteiro foi muito utilizado no século passado em musicais e filmes da própria Disney, mas foi esquecido no nosso século após gerar alguns fracassos cinematográficos como Tomorrowland, O Cavaleiro Solitário e A Volta ao Mundo em 80 Dias.
Seguindo esta linha O Retorno de Mary Poppins tenta fazer um musical inocente, divertido e encantador, não há uma preocupação em atuar sério ou mesmo em fazer um filme convincente. Não sei se a Casa do Mickey quer lançar uma nova franquia com a Mary Poppins mas talvez pudesse entender melhor esta mudança de geração se assistisse a um concorrente de bom nível do reino Unido, a Babá McPhee de 2005, dirigido por Kirk Jones e com a mega atriz e produtora do filme Emma Thompson. Mcphee é um filme divertido, de baixíssimo custo, com um orçamento de US$ 25 milhões e um resultado ótimo caseiro de US$ 123 milhões, gerando uma continuação de orçamento de US$ 35 milhões e uma bilheteria mais baixa com US$ 94 milhões, mas mesmo assim, um ótimo entretenimento. É fácil ver que McPhee bebe das águas de Poppins, mas ainda assim evolui em vários pontos no roteiro. Meu medo é agora ter que assistir uma Noviça Rebelde 2020, imagina só como seria.
Curiosidades: O desenvolvimento de uma sequência de Mary Poppins há muito tempo vinha sendo um inferno no desenvolvimento desde o lançamento do filme de 1964. Walt Disney tentou produzir uma seqüência um ano depois do lançamento do filme, mas foi rejeitada pelo autor P. L. Travers, que havia rejeitado abertamente a adaptação para o cinema da Disney. No final dos anos 80, o então presidente dos estúdios Walt Disney, Jeffrey Katzenberg, e o vice-presidente de produção ao vivo Martin Kaplan abordaram Travers com a idéia de uma seqüência definida anos depois do primeiro filme, com as crianças Banks agora adultas e mais velhas. Mary Poppins com Julie Andrews reprisando o papel. Travers novamente rejeitou o conceito proposto, com exceção do retorno de Andrews. O estúdio logo abandonou o esforço.
Como o filme original, este filme inclui uma seqüência que combina ação ao vivo e animação tradicional desenhada à mão. A animação foi supervisionada por Ken Duncan e James Baxter. Mais de 70 animadores especializados em animação 2D desenhados à mão da Walt Disney Animation Studios e da Pixar Animation Studios foram recrutados para a sequência. Duncan e Baxter também ajudaram a redesenhar os pingüins do primeiro filme. Toda a animação desenhada à mão foi criada pelo estúdio de animação de Duncan, Duncan Studio, em Pasadena, Califórnia.
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